“Ele é um bonitão da roça, toma banho no rio, vai ter muita cena sem camisa”, entrega João Baldasserini


No ar em mais uma novela das 19h, desta vez vivendo um “personagem dos sonhos”, o ator afirma que nunca esteve tão feliz: “Estou em um momento mulher, filho, família, sabe? Adotei um cachorrinho. É uma fase de muito amor na minha vida. A família está completa agora”

*Por Brunna Condini

O ator João Baldasserini cresceu em Indaiatuba, São Paulo, e carregou o interior no sotaque, até começar a carreira de ator, aos 17 anos, quando procurou “suavizar” a fala para os personagens que viriam. Mas, agora, em “Salve-se quem puder”, na pele do ingênuo Zezinho, ele não só pode deixar o sotaque rolar, como tem que caprichar. “Acho que também por isso, o Daniel (Ortiz, autor), disse que escreveu esse personagem para mim. Nossa parceria vem desde “Haja Coração” (2016), que foi um sucesso. Nos personagens anteriores, dava uma neutralizada, mas para esse tive que pisar na roça. E é uma delícia, porque pega mesmo”, conta. “Sempre sonhei em fazer um papel assim, uma coisa meio “Auto da Compadecida” (obra de Ariano Suassuna), fazer um caipira. Estou degustando o Zezinho com farofa”, diverte-se.

“Sonhei em fazer um papel assim, uma coisa meio “Auto da Compadecida”, fazer um caipira” (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Ele está mesmo empolgado com o personagem, tanto, que durante a entrevista, João “evocou” Zezinho no tom e no sotaque a todo tempo. O ator também destaca o caráter e a personalidade do filho de Ermelinda, vivida por Grace Gianoukas, que mora em um sítio com a mãe, e se envolve no Programa de Proteção à Testemunha, ajudando a esconder o trio de protagonistas. “Acho que esse personagem vai fazer história. Escuto nos bastidores isso, não sou o único  que me divirto fazendo. Ele e mãe, Ermelinda, representam a essência do ser humano bom. E, hoje em dia, é tanta gente fake, tanta fake news, que é bom viver isso. É uma coisa que o país precisa ver mesmo que na ficção, gente de boa índole, bom coração”, observa.

Em cena, ao lado de Grace Gianoukas, Deborah Secco, Juliana Paiva e Vitória Strada (Foto: Globo/ João Miguel Júnior)

Mas será que Zezinho é mesmo tão bom ou vem alguma surpresa aí? “Ah, não acho que em algum momento ele vá demonstrar ser outra coisa, não. Ser um vilão, por exemplo. Acho que não combina. Zezinho é fofo, vai”.

Em sua quarta novela das 19h consecutiva, o ator tem reinado no horário, e parece que isso vai continuar, já que na pele do produtor rural de Judas do Norte, ele tem vivido ótimas cenas, como as calientes que tem protagonizado com Alexia/Josimara, interpretada por Deborah Secco. “Zezinho se apaixona e tem uma relação de gato e rato com a Alexia. Mas é divertido, porque ele faz um homem bronco que não pode se apaixonar, e apesar da responsabilidade de não poder se envolver com ela, o amor acontece, rola uma faísca”, torce. “Esse jogo entre os dois é muito gostoso. Me lembra muito o Petruchio e a Catarina, da novela “O Cravo e a Rosa” (2000). Ele também vai ser disputado pelo personagem da Dandara Mariana, a Bel. Só que até então, ele será alucinado pela Alexia, mas deve rolar algo que o afasta dela, e ele se aproxima da Bel, daí vai rolar aquele momento, de com quem vai ficar”.

“Apesar da responsabilidade de não poder se envolver com ela, o amor acontece, rola uma faísca” (Foto: Globo/Camilla Maia)

João revela também, que voltou a malhar para o novo trabalho. “Quando o Daniel Ortiz me disse: “O Zezinho vai aparecer de sunga com a Deborah Secco. Lá fui eu me inscrever na academia, né? ”, brinca. “Ele é um bonitão da roça, toma banho no rio, vai ter muita cena sem camisa. Fui malhar, me cuidar, fiz uns tratamentos estéticos. Senti diferença, cheguei a emagrecer. Mas tudo porque quis, ninguém me pediu. Gosto de estar bem”.

“Ele é um bonitão da roça, toma banho no rio, vai ter muita cena sem camisa” (Foto: Globo/João Miguel Júnior)

Gosta e está mesmo tudo indo muito bem para ele. “Estou em um momento pessoal muito feliz. Casei (com a psicóloga Erica Lopes, há um ano), tivemos nosso filho, Heleno, que está com dois meses. Sinto coisas que nunca senti antes, vivendo com eles”, revela João. “Estou em um momento mulher, filho, família, sabe? Adotei um cachorrinho, o Chaplin. É uma fase de muito amor na minha vida. Adotamos o Chaplin antes de termos nosso filho. Acho que foi uma preparação, instinto. A família está completa agora”.

Em família: com o cachorro Chaplin, o filho Heleno e a mulher, Erica (Reprodução Instagram)