Dona Hermínia, Nenê e Rochelle: qual mãe seria a mais “louca” nesse período de pandemia?


Sucesso de bilheteria nos cinemas, “Minha Mãe é uma Peça”, com Dona Hermínia, agora vai virar série na Globoplay (já com duas temporadas sendo preparadas) e pode seguir para a TV aberta. No final de 2020, no canal Viva, os espectadores acompanharam uma maratona com cinco episódios natalinos de A Grande Família, com a matriarca Dona Nenê, vivida por Marieta Severo, e a Globo também apresentou um especial. E “Todo mundo odeia o Chris”, que tem a atriz Tichina Arnold no papel da mãe estressada, pode ganhar novos episódios

*Por Rafael Moura

Em tempos de pandemia por conta do novo coronavírus, pensamos nas supermães das séries ‘Minha mãe é uma peça‘, ‘A grande família‘ e ‘Todo mundo odeia o Cris‘. As personagens, altamente zelozas, fazem de tudo para cuidar do bem estar e da harmonia de suas famílias. E perguntamos a você, leitor: qual delas levaria a melhor de novo na tela da sua TV?

Paulo Gustavo foi parar na TV aberta com o humorístico ‘220 Volts’ Especial Fim de Ano logo depois de ‘Roberto Carlos em Jerusalém’. Em seu Twitter, o ator comemorou comentando sobre o convite da Globo, a direção e ter novamente o prazer de contracenar com Marcus Majella. O programa foi exibido entre 2011 e 2013 e em 2016 e marcou o início da parceria de mega sucesso do artista no canal a cabo Multishow. Paulo já participou do ‘Vai Que Cola’, ‘A Vila’ e ‘Paulo Gustavo na Estrada’. A julgar pela resultado do especial, já era tempo desse fenômeno do humor ser exaltado na TV aberta, com um programa solo. Dentre sua gama de personagens o ator apresentou a Senhora dos Absurdos, a Mulher Feia, a Famosa e … Dona Hermínia, consagrada nas produções de ‘Minha Mãe É Uma Peça‘.

O humorista já é grande conhecido do público, mas acreditamos que já passou da hora de a Globo investir em um programa na sua grade aberta. Sabemos que o ator já dispensou alguns convites para novelas e, em 2021, ‘Minha Mãe É Uma Peça’ será transformada em série na Globoplay, com duas temporadas garantidas. A emissora deveria apostar em um projeto mais amplo e inédito, mostrando também para quem não é assinante a versatilidade do artista como Dona Hermínia, o que será um ótimo caminho, visto que ele consegue mesclar dois elementos de grande sucesso: audiência e faturamento.

Como será que Dona Hermínia estaria lidando com esse período, no qual várias cidades entram em bandeira vermelha para os casos de Covid-19? O grande fenômeno que já rendeu três filmes de sucesso é inspirado em Déa Lúcia, mãe do artista. Na saga essa dona de casa de Niterói é uma mulher de meia idade, divorciada do marido (Herson Capri), hiperativa, que não larga o pé de seus filhos Marcelina, papel de Mariana Xavier, e Juliano, vivido por Rodrigo Pandolfo e Garib, Bruno Bebianno, sem se dar conta que já estão bem grandinhos.

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A trilogia no cinema arrecadou um total de R$ 45,8 milhões e ‘Minha Mãe É Uma Peça 3’ foi o filme nacional com maior bilheteria da história, sendo Paulo Gustavo considerado um fenômeno. E cativa milhões de pessoas com sua marcante e hilária Dona Hermínia, a protagonista que ele vive há 12 anos, desde o teatro, mostrando que essa mãezona passou grande parte de sua vida se dedicando aos filhos e netos, protagonizando episódios cômicos, com muitas brigas de um dia-a-dia.

Essa família é muito unida

Mergulhando em uma família que é muito unida, temos Dona Nenê, uma supermãe, interpretada por Marieta Severo, que mora no subúrbio do Rio de Janeiro, com seus dois filhos, Bebel (Guta Stresser) e Tuco (Lúcio Mauro Filho), o genro Agostinho (Pedro Cardoso) e o marido Lineu (Marco Nanini). Sempre que alguém tem algum problema, Nenê não hesita em ajudar. Uma curiosidade é que a cidade cenográfica da série foi inspirada no bairro de Realengo, Zona Oeste da cidade. A protagonista de ‘A Grande Família’, adora ter a família reunida e perto dela, não suporta a ideia de ter brigas entre os seus parentes e nem de tê-los morando longe, embora ela saiba que os filhos estão crescidos e que mais cedo ou mais tarde, já não os terá por perto.

Essa dona de casa é exemplar, cozinha como ninguém, dedicada e zelosa, pronta para ouvir os problemas de todos, incluindo os de sua melhor amiga Marilda, Andrea Beltrão, mas acaba entrando em muitas confusões ao tentar resolver. Essa mãe, por amor, adora acobertar as trapalhadas dos filhos, do genro e dos amigos, o que normalmente deixa Lineu estressado, pois sempre é o último a saber dos fatos. Tem a fama de ser chorona em qualquer situação que saia de controle.

Mesmo com tantas qualidades, Nenê já mostrou, muitas vezes, que não é uma Santa Nenê (apelido sarcástico, dado pela família). Ela tem muito ciúme de seu marido Lineu (que já foi acusado de traição). Bastante religiosa, ela é capaz de cometer muitos exageros, em nome da família, e, quando tenta mentir, já que começa a ficar nervosa e gaguejar. Até quando mente sobre a verdadeira idade (ela se incomoda muito com o fato de se tornar mais velha a cada ano que passa).

Meu marido tem dois empregos

A terceira mãe dessa nossa lista vem dos Estados Unidos e diretamente dos anos 80, que vem sendo repaginado na TV e na moda. Rosalie Tingman Rock, mais conhecida como Rochelle é uma das personagens principais de ‘Todo Mundo Odeia o Chris’, interpretada por Tichina Arnold. A série é inspirada nas experiências pessoais do ator e comediante Chris Rock e narra as desventuras do adolescente Chris, Tyler James Williams. Rodeado por familiares excêntricos, incluindo seu pai Julius, Terry Crews, que tem dois empregos, a irmã mimada Tonya, Imani Hakim, e seu irmão Drew, Tequan Richmond, e seu melhor amigo  Greg, Vincent Martella. Julius e Rochelle têm muitos anos de casados, cada um com seus hábitos e uma relação muito engraçada e divertida.

A matriarca autoritária tenta manter a família toda na linha e seu maior medo é que os filhos se envolvam com drogas ou acabem no crime. Ela vive pedindo demissão de seus empregos e se gaba que seu marido tem dois empregos.

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Rochelle acha que se Chris estudar em uma escola fora de Bedford-Stuyvesan, bairro central do Brooklyn, e terá chances melhores na vida, então ele acaba sendo matriculado na Escola Secundária Corleone, onde começa a cursar o sétimo ano. O problema é que a escola é longe de sua casa e é frequentada apenas por pessoas brancas. Na produção, a família de Chris mora na região e passa por dificuldades financeiras – o que, de fato, aconteceu na infância do ator, Chris Rock passou perto de praticar atos criminosos. Em entrevista a Rolling Stones, o astro explicou que, mesmo assim, nunca usou drogas: “Nunca usei crack, mas, num verão, eu e um amigo chegamos bem próximo de traficar”.

Durante a infância e adolescência, Chris estudou em uma escola pública em uma vizinhança branca – fato que é mostrado na série. Assim como na ficção, ele sofreu diversos episódios de racismo por ser um dos únicos garotos negros, como explicou a mãe do ator em entrevista à Fox News: “Aos 17 anos, tivemos que tirá-lo de lá, senão ele seria morto”. Além disso, o nome verdadeiro da escola era James Madison. Na série, ela foi chamada de Corleone como uma referência de Dom Vito Corleone do filme ‘O Poderoso Chefão’.

Na vida real a intérprete é uma mulher multitalentosa, afinal, além de atriz, é cantora, compositora, empresária e estilista norte-americana.