Do sucesso no Tik Tok a ator do remake de “Elas por Elas”, Diego Cruz fala como conquistou a geração Z com a estética Y2K

De curtas atuações gravadas, publicadas e assistidas por smartphones para as telas da TV brasileira. Este foi o caminho trilhado pelo ator Diego Cruz durante os últimos meses, ao conquistar seu segundo papel em uma novela da Rede Globo. O rapaz dá vida ao personagem Aramis no remake de “Elas por Elas“, que estreia na próxima segunda-feira, 25. Ao se apropriar de comportamentos e falas clássicas de professores em sala de aula, protagonistas de filmes de romance e de respostas da juventude a situações do dia a dia, o artista carioca conquistou o carinho do público no Instagram e no Tik Tok desde 2020. Juntando as duas redes, ele conta com cerca de 12 milhões de seguidores – além de acumular 320,6 milhões de curtidas no app chinês.

Não é de hoje que Cruz atrai fãs no mercado televisivo do país. Isso porque a notoriedade do trabalho do artista nas redes sociais lhe rendeu um papel na novela “Quanto Mais Vida, Melhor!“, exibida entre novembro de 2021 a maio de 2022, na mesma emissora. Ele interpretou Zezinho da Van, um personagem que se vestia como São Judas Tadeu e distribuía santinhos pela rua. Além de atuar, ele tem experiências como cantor, compositor e publicitário.

Ele é sinônimo de mega sucesso nos feeds das gerações Y e Z. Carrega os códigos que trazem fortes referências ao estilo Y2K. Um adendo: tem sido interessante sentir a forma de consumo, moda e design da geração zennial voltada justamente para este olhar. As principais tendências das passarelas e street style corroboram que as inspirações dos anos 2000 ganharam o coração da geração zennial.

Sem deixar de destacar o amor pela carreira artística, o ator revelou a fórmula para o sucesso na carreira nas redes e na televisão. “Acho que é o olhar minucioso para situações específicas que a gente não se dá conta no dia a dia. Quando uma pessoa, um criador de conteúdo como eu, coloca uma lente de aumento e traz a comédia por trás dessas situações. Ali, as pessoas têm uma empatia diferenciada. Acho que foi isso que me conectou com a minha audiência”, ressaltou Diego em papo com o site Heloisa Tolipan, nos Estúdios Globo.

Nas redes sociais, Diego carrega os códigos que trazem fortes referências ao estilo Y2K (Foto: Divulgação/Globo)

Ainda segundo o influencer, a criatividade por trás de todas as narrativas compartilhadas e roteirizadas por ele através das redes vêm de suas próprias vivências pessoais. Conhecido pelos personagens “Tracy” e “Josh” no mundo digital, o rapaz disse ter desenvolvido um “olhar atento para o outro” durante a vida, fruto de uma característica que assumiu ter: ser observador.

Eu sempre fui uma criança observadora, um adolescente observador e me tornei um adulto assim. Sempre busquei ter um olhar atento para o outro. A partir do momento que eu decidi trabalhar com a arte, esse olhar ficou ainda mais aguçado. Por isso, eu procuro criar histórias baseadas no que eu vivo, no que as pessoas me contam e no que eu observo – Diego Cruz

Diego garantiu já ser ator antes de começar a produzir conteúdo e bombar nas redes sociais durante a pandemia da Covid-19. Como a carreira artística estava se mostrando “muito difícil”, ele buscou alternativas trabalhando no mercado de vendas. Nas primeiras semanas do isolamento social, a empresa em que o rapaz tentava uma carreira o colocou de férias, o que deu a ele a oportunidade de voltar para a atuação novamente.

“Quando entrei de férias da empresa, eu pensei: ‘é o momento de me reconectar com a arte’, que estava ficando de lado por conta do trabalho de vendas. É a hora de me reconectar de alguma forma’. Então, eu comecei a postar e, quatro meses depois, já estava na primeira casa do milhão de seguidores, com assessoria e uma série de trabalhos surgindo. Foi muito repentino, mas prazeroso. Eu acredito que tenha sido em um momento em que eu estava bem preparado para o que aconteceu”, admitiu o ator.