Os últimos dias de 2017 foram intensos para Juliana Paes. Desde quando ocorreu a cerimônia de premiação dos Melhores do Ano, do Domingão do Faustão, a atriz tem vivido uma montanha russa de emoções graças à Bibi, sua personagem em “A Força do Querer”. Primeiro, Juliana não levou o prêmio de Melhor Atriz na premiação da Globo, que ficou com Paolla Oliveira, a Jeiza da mesa novela, e depois lamentou o ocorrido nas redes sociais. No entanto, no dia seguinte, Juliana Paes teve seu trabalho reconhecido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) que, desta vez, lhe deu o prêmio de Melhor Atriz pela atuação na última novela das 21h.
O fato é que, entre lágrimas de alegria e frustração, a Bibi ainda é uma realidade muito intensa na vida da atriz. Desde quando a personagem caiu no gosto do público e ganhou ainda mais espaço na trama de Gloria Perez, Juliana a possui como uma extensão de sua personalidade e, mesmo após o fim, ela confessou que esta sombra da ficção ainda não foi embora. “É difícil abandonar alguns personagens. Eu sinto uma saudade gostosa dela porque foi uma relação de muito tempo. Então, eu ainda acordo preocupada com gravação, falas etc. Fico meio perdida, aí lembro que já acabou a novela”, contou.
E todo esse burburinho que ainda existe em volta de Juliana Paes e a Bibi Perigosa de “A Força do Querer” ilustra o sucesso que foi a personagem. No entanto, até para a atriz, a boa repercussão de seu último trabalho foi uma surpresa. “Eu já imaginava que a Bibi seria uma personagem com muita discussão e, talvez, polêmica. Porém, nunca imaginei que as pessoas fossem gostar dela e foi isso o que aconteceu. Então, para mim, isso mostra que não importa se ela é boa ou ruim. As pessoas querem se identificar”, analisou Juliana sobre a personagem que ganhou destaque, inclusive, pelo figurino e expressões. “O público de novela sabe separar bem o que toca de verdade do que é superficial. Quando a gente humaniza muito os personagens, não tem como não se identificar de alguma forma”, comentou. E nada mais humano do que uma boa história de amor. “O que a gente não faz por amor? Este sentimento ainda é o combustível para muita história, seja boa ou ruim”, completou.
Mas, mesmo com esta dobradinha de Juliana e Bibi ainda tão presente no imaginário do público, agora a atriz vive um novo momento. Depois de brilhar na televisão, agora Juliana Paes está nos cinemas como Dona Flor no longa inspirado na obra de Jorge Amado. Em “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, a atriz divide as telonas com Marcelo Faria e Leandro Hassum. “O filme acabou estreando em um momento muito importante. Enquanto em 1960, quando lançaram a primeira versão, a liberação feminina era um tabu, hoje parece que retrocedemos de alguma forma”, analisou Juliana que apontou que sua personagem acumula os principais ingredientes do movimento contemporâneo. “A Dona Flor é uma mulher muito empoderada e dona de si, de seus sentimentos, libido e sexualidade. Por isso, eu acho que é muito importante a gente trazer essa figura para uma geração que às vezes não conhece a história”, disse a atriz que confessou agregar um pouco de Dona Flor a sua personalidade. “Eu tento”, resumiu.
Com este filme, Juliana Paes mergulha mais uma vez na obra literária de Jorge Amado. Antes de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” no cinema, a atriz fez “Gabriela” na televisão, em 2012. “Tem gente que até sabe o que essas histórias contam, mas não conhece de fato a obra de Jorge Amado. Então, trazer a literatura para o cinema e para a televisão também é muito importante”, ressaltou a atriz que, neste momento, está curtindo suas férias. “Os meus projetos para o cinema são para este ano e, em relação às novelas, nada em vista. Pretendo ficar assim por enquanto, é uma escolha minha”, disse Juliana Paes.
Artigos relacionados