Paulo Fontenele acabou de lançar seu “Apaixonados, o filme”, em que assinou direção e roteiro e já está mergulhado em outro grande projeto: um longa sobre uma história real, mais precisamente sobre seu irmão. Enquanto em “Apaixonados” o que atraiu foi “a quase antítese de poder contar três histórias de amor diferentes entre si, mas reais e possíveis, num clima de carnaval, felicidade e loucura” em um filme que mostra facetas da folia que vão além da Avenida, o próximo, que começará a ser rodado no segundo semestre, tem um gostinho especial. “É baseado em uma história do meu irmão e vai chamar ‘Casar pra quê?’. Ele conheceu uma menina na internet, do Acre, resolveu casar, eu achei que ele estava maluco e eles estão casados até hoje. Todo mundo se surpreende quando eu conto. Aí, eu vi que isso rendia um filme”, disse.
Escrever seus próprios roteiros sempre o encantou e unir esse talento com a direção o faz sentir a imaginação tomando forma. “Por coincidência, a maioria dos filmes eu escrevo e dirijo. O diretor na verdade dá a sua visão sobre o roteiro, então tudo se mistura. Quando escrevo, eu já sei para onde vai e a facilidade é mais na hora de redigir do que dirigir. Quando é de outro roteirista, a história está ali e você cria em cima”, explicou ele, o responsável por assinar a direção de “Divã a 2”, inspirado no livro de Martha Medeiros e com nomes como Lília Cabral, Vanessa Giácomo e outros no elenco.
A paixão por cinema, aliás, é antiga. Paulo, que se formou em publicidade, gostava dos filmes bem antes disso. “Aos 13 anos, eu fui trabalhar em uma locadora para poder ver filme de graça de noite em casa. Via quatro ou cinco por noite e isso só foi crescendo. Me formei em publicidade, mas já comecei a fazer filme na faculdade e nunca parei. Então, nunca cheguei a atuar na área publicitária mesmo”, contou.
E quem pensa que “Apaixonados” e o novo projeto “Casar pra quê?” lhe tomaram todas as atenções nesse começo de ano está enganado. “Acabei de finalizar um filme que eu fiz com R$ 10 mil. É suspense com terror e tem no elenco Eriberto Leão, Danton Mello, Lu Grimaldi e Juliana Knust. O nome é ‘Intruso’”, adiantou ele, que gosta das produções pequenas: “Foi bom, porque todo mundo fez no amor. Os atores gostaram do roteiro. No amor que é arte mesmo, fizemos na guerrilha. Era prazeroso. Fazíamos por que estávamos afim”, destacou. E quando teremos a chance de ver ‘Intruso’ nas telonas, Paulo? “Ainda não sabemos se ele tem tamanho para ir para o cinema, mas estamos vendo com distribuidoras. Depende só disso”, disse. Nós esperamos ansiosos.
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