*Por João Ker
Deborah Secco foi, sem dúvida alguma, a estrela principal nesta terceira noite (24/7) do Paulínia Film Festival. Depois de receber a presença ilustre de Danny Glover, Abel Ferrara e Jacqueline Bisset, o festival contou a presença da bombshell global e aidna exibiu em primeira-mão o mais novo filme protagonizado pela atriz, “Boa Sorte”, um drama escrito por Jorge Furtado, dirigido por Carolina Jabor e que ainda conta com Cássia Kiss e Fernanda Montenegro no elenco.
Ovacionada pelo público quando subiu ao palco para apresentar o filme, Deborah, emocionada, agradeceu a oportunidade de fazer parte dessa produção: “Quero agradecer a presença de todo mundo. É maravilhoso ter todo esse público para ver o nosso filme. Este é sem dúvida o trabalho mais importante da minha vida. É o trabalho para o qual eu mais me dediquei, dei minha saúde, minha essência. É o trabalho de um ano. A Judite é meu primeiro passo rumo à artista que eu quero ser para sempre. Espero que vocês gostem desse primeiro passo”.
O fato de a atriz dizer que este é o trabalho ao qual ela mais se dedicou até chama atenção. Apesar da pecha de sedutora devoradora de homens, a estrela é dedicadíssima e não deita na fama. Apenas três anos atrás, Deborah chocou o público brasileiro com seu trabalho como a ex-prostitua Bruna Surfistinha, no filme de mesmo nome e no qual ela não só apresentou mudanças físicas – teve que engordar oito quilos – como também protagonizou cenas fortes de sexo e abuso de drogas. Agora, em “Boa Sorte”, a atriz vive Judite, uma portadora de HIV em estado terminal que encontra o seu grande amor, João (João Pedro Zappa), enquanto está internada em uma clínica psiquiátrica. O filme aparentemente marca uma nova trajetória na carreira de Deborah Seco que, agora, pretende ser vista como uma atriz séria e não apenas um rostinho bonito (de corpaço desejável!) nas telas de tevê.
Na cerimônia apresentada por Nathália Lage e Rubens Eswald Filho, a diretora Carolina Jabor – filha do jornalista Arnaldo Jabor e esposa do também diretor Guel Arraes – também agradeceu a oportunidade de apresentar seu trabalho no festival: “É uma honra estar aqui para mostrar pela primeira vez este filme. Este é meu primeiro filme de ficção, e vocês são meu primeiro público”, comentou, embora não tenha se dado conta que “Bruna Surfistinha”, embora baseado no livro autobiográfico da ex-prostituta, também é igualmente uma ficção.
“Boa Sorte” provavelmente deve atrair um grande público quando atingir o circuito nacional: sua mistura de romance e tragédia lembra um dos maiores sucessos recentes deste ano, “A Culpa É Das Estrelas” (“The Fault In Our Stars”, Josh Boone) com uma pitada insana de “Garota Interrompida” (“Girl, Interrupted”, James Mangold, 1999); é visível sua função social ao tratar abertamente sobre o HIV, um tema que está em voga e que tem sido ultimamente abordado em vários longas,desde o premiado “Clube de Compras Dallas” (“Dallas Buyers Club”, Jean-Marc Vallée, 2013) até o filme para TV “The Normal Heart” (Ryan Murphy, 2014). A estreia está prevista para outubro deste ano.
Fotos: Divulgação
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