Dalton Vigh se prepara para lançar o longa “A Comédia Divina” e fala sobre os gêmeos: “A rotina agora é toda em função das mamadas de três em três horas”


O ator, que acaba de completar 52 anos, aproveitou para falar sobre a fama de galã: “Beleza só me ajuda a ser convidado pra fazer os papéis do macinho, que na verdade, são os mais difíceis. O tempo que gasto na frente do espelho é o suficiente pra escovar os dentes, pentear o cabelo e ajeitar a roupa”

Dalton Vigh brilhou na telinha da Globo ao interpretar o justo e valente Raposo, de “Liberdade, Liberdade”. Agora, dando uma pequena pausa nas novelas para se dedicar aos gêmeos recém-nascidos David e Arthur, o ator se prepara para estrear o filme “A Comédia Divina”, onde dá vida a um apresentador de telejornal – no melhor estilo Willian Bonner de ser. A obra, que foi dirigida por Toni Venturi e conta com atuações de Murilo Rosa, Monica Iozzi, Thiago Mendonça e Juliana Alves, é uma sátira baseada em um dos mais famosos contos de Machado de Assis, no entanto, totalmente adaptado para a agitada rotina dos dias de hoje. Muita gente não sabe, mas Dalton, que teve sua estreia na TV em 1995, também é formado em publicidade e no passado se arriscou como apresentador do programa “Top TV”, no canal a cabo People & Arts. Resumindo: o cara é pau para toda obra. Em entrevista ao HT, ele comentou sobre os novos projetos de carreira e aproveitou para contar como tem sido o desafios de ser pai de dois meninos.

Dalton Vigh no filme "A Divina Comédia" (Foto: Divulgação)

Dalton Vigh no filme “A Divina Comédia” (Foto: Divulgação)

“Esperei a minha vida toda por isso. Um momento caseiro, de ficar ‘amassando’ filhos, trocando fralda. Planejei muito para poder ter esse tempo com eles. Por sorte, estou podendo acompanhar esses primeiros meses, esse período onde tudo muda, a rotina agora é toda em função das mamadas de três em três horas”, afirmou o ator casado com a atriz Camila Czerkes. Muito discreto nas redes sociais, Dalton prefere manter sua vida particular em privacidade. “Prefiro que a curiosidade sobre a minha vida se mantenha. A privacidade é algo muito importante”, disse ele, que não tem muito apego pelo mundo cibernético. “Sendo esquecido como eu, acho que sou um pouco distraído e às vezes deixo mensagens e e-mails pra responder depois e quando vejo, se passaram dias”, contou um reservado Dalton.

Muito diferente do seu lado ator, que mal se despediu de “Liberdade, Liberdade” e segue cheio de projetos ainda para este ano e para 2017. “Vou lançar este ano um longa-metragem ‘A Comédia Divina’ e estou com ideias de obras que pretendo produzir no cinema e no teatro. Estou pensando para o ano que vem, mas ainda é precipitado antecipar novidades. Na ‘Comedia’ eu faço um apresentador de telejornal, que se acha o Willian Bonner. Tenho muita vontade de fazer mais trabalhos no cinema, estou super aberto para isso”, avaliou o galã, que no auge dos seus 52 anos, não liga muito para vaidade. “Beleza só me ajuda a ser convidado pra fazer os papéis de galã, que na verdade, são os mais difíceis. O tempo que gasto na frente do espelho é o suficiente pra escovar os dentes, pentear o cabelo e ajeitar a roupa. Me preocupo em estar apenas apresentável e bem vestido. Além dos cabelos, eu não percebi nenhuma mudança drástica, até porque eu acredito que as mudanças vêm aos poucos, mas eu fiquei mais caseiro, mais sossegado”, ponderou.

O ator acaba de ser pai de dois meninos (Foto: Divulgação)

O ator acaba de ser pai de dois meninos (Foto: Divulgação)

No entanto, a vaidade do ator parece estar mais voltada para sua vida profissional. Ao longo de sua carreira, grandes personagens passaram por seu currículo como Tomás, de “Pérola Negra” – seu primeiro protagonista, o inesquecível Said, de “O Clone” e o controverso Marconi Ferraço, de “Duas Caras”. Apesar da longa jornada, o ator ainda pretendo alçar vôos ainda mais desafiadores. “Sou muito realizado por todos os trabalhos e personagens que já fiz. Mas tenho vontade de fazer mais cinema e teatro. Quero fazer Shakespeare, porque nunca fiz nenhum texto dele. Estou começando a sentir falta dele na minha vida. Gostaria de fazer Ricardo III ou Macbeth“, avaliou ele, que tem revelou um carinho especial por seu último trabalho na televisão. “Eleger um favorito é muito difícil e seria injusto mas posso dizer que o Raposo é um dos meus preferidos com certeza, eu adorei fazer”, disse.

E falando em “Liberdade, Liberdade”, Dalton Vigh ainda ressaltou a importância de falar em rede nacional sobre a história do nosso país, principalmente em um momento tão conturbado da nossa sociedade. “Foi maravilhoso, intenso e com certeza uma oportunidade única. Vou me lembrar pra sempre do Raposo. Acho que a novela vai ficar na memória das pessoas, pois foi um trabalho feito com muita entrega, com muita alma e isso faz a diferença. Acho sempre positivo representar a história do Brasil. Se, através de uma obra de ficção, conseguirmos atiçar a curiosidade do público e fazer com que as pessoas busquem saber mais a respeito daquela época, ou de outras, estaremos contribuindo para a formação de uma identidade brasileira, estaremos divulgando a cultura nacional”, completou ele.