“Criança Esperança” reúne artistas no Projac e promete emocionar o público em edição comemorativa de 30 anos

O ensaio geral do “Criança Esperança”, que completa 30 anos em 2015, movimentou o PROJAC na tarde desta sexta-feira (14), e HT esteve lá para saber de tudo. Para a edição comemorativa, Otaviano Costa, Thiago Martins, Thiago Fragoso, Letícia Colin e Dudu Azevedo formaram uma banda e, durante o programa, apresentarão números que prometem emocionar o telespectador. Entre um ensaio e outro, era possível ver a empolgação dos atores para o grande dia. Letícia Colin, que soltou a doce voz em músicas como “Ciranda da Bailarina”, de Adriana Calcanhoto, e “Imagine”, de John Lennon, era pura emoção, como contou ao Site HT.

“Fico arrepiada nos ensaios e é uma delícia, porque tem aquela coisa de clima de estreia e vamos fazer tudo isso ao vivo amanhã”, comentou, visivelmente empolgada. Aos 25 anos, atriz contou ainda que o “Criança Esperança” faz parte de sua memória afetiva. “É incrível participar disso. Eu me lembro de ver meus ídolos cantando no programa – a Sandy, a Xuxa… Hoje sou eu que estou aqui”, comemorou. Lázaro Ramos, um dos mobilizadores do projeto em 2015, concorda com Letícia, afirmando que as novidades desse ano foram essenciais para que o doador se sentisse ainda mais como parte da iniciativa. “Doar é muito importante, mas mais importante que isso é a cultura de participação, de mobilização que o ‘Criança Esperança’ proporciona”, afirmou. O ator conviveu por três dias com as crianças do Projeto Axé, na Bahia, para um dos episódios do documentário do “Criança Esperança”, exibido pelo “Fantástico”, e contou que aprendeu muito com essa experiência. “Tivemos aulas sobre os direitos infantis, mas poder conviver com essas crianças foi a maior aula de todas. Ali, na minha frente, estavam as carinhas do projeto”, comentou, lembrando ainda de como é importante mostrar um bom exemplo para os filhos.

Dira Paes, grávida de sete meses de seu segundo filho, tem a mesma opinião de Lázaro. “Só passamos valores para os nossos filhos através do exemplo, isso vale mais do que qualquer palavra”. A atriz contou que é uma responsabilidade enorme representar o elenco da Rede Globo em uma campanha tão ampla e que alcança tantas pessoas. Ela, que é também uma das mobilizadoras do projeto, disse que nos últimos cinco meses pôde ver verdadeiras transformações. “Eu fiquei muito feliz com tudo. Vi até professores que ficaram mais gentis durante esse tempo. O objetivo é muito maior do que arrecadar doações, é transformar. O Criança Esperança serve para tocar mentes e corações e recuperar a mobilização social”, disse a atriz, que acredita veementemente que a educação é o motor que formará uma geração melhor. “O meu filho já faz parte de uma geração muito mais consciente, de crianças que cuidam do meio ambiente, que policiam os pais. As crianças aprendem isso nas escolas”, apontou.

Flávio Canto, criador do Instituto Reação, projeto que existe há mais de dez anos com o objetivo de estimular crianças a utilizarem o esporte como instrumento educacional e de transformação social, conta que participar do programa tem um gosto especial. “O “Criança Esperança” foi nosso parceiro e foi um divisor de águas na história do instituto. Eu sei exatamente o que é ser contemplado pelo programa, porque já passei por isso”, contou o medalhista olímpico, ressaltando a missão diferente da iniciativa, na qual ele sempre acreditou: a de tirar a cultura de salvacionismo das doações. Tanto que a palavra “ajudar” não existe mais na campanha. “Não é ser bonzinho, é olhar para quem está atrás e trazer junto”, acredita.

Thiago Martins, por sua vez, faz parte da banda oficial do programa e lembrou da época em que participava do projeto com o grupo Nós do Morro, dizendo que se sente honrado em poder contribuir com seu lado artístico nessa causa nobre. “Minha primeira lembrança do “Criança Esperança” é do ônibus com o pessoal do Nós do Morro, íamos do Vidigal até São Paulo, onde eram as gravações, fazendo a maior festa. A gente ensaiava quase um mês e ficávamos muito ansiosos para o número”, recordou.

Quem comanda o show esse ano é o diretor Rafael Dragaud. Além de Dira Paes, Lázaro Ramos, Flávio Canto e Leandra Leal como mobilizadores do projeto, as cantoras Anitta, Valesca, Ludmilla e Paula Fernandes, assim como atores da casa também participam do “Criança Esperança”. Renato Aragão, que já não é o mestre de cerimônias há alguns anos, mas ainda está diretamente envolvido no projeto, é lembrado por todos os participantes com muito carinho. “A gente se fala todos os dias. O Renato sabe muito sobre a campanha, tanto a parte de arrecadação como a de mobilização. Ele tem tudo a ver com o Criança Esperança. Ele é o símbolo do projeto e um símbolo nunca muda”, disse o diretor Rafael Dragaud, garantindo que a homenagem será inesquecível. “Renato já sabe que vai se emocionar e pediu para disponibilizarmos uma ambulância”.

Dragaud é o nome à frente de vários dos eventos celebrativos da Rede Globo e contou que a ideia para esse ano era trazer o coração da campanha para o palco. “O coração da campanha é o doador, por isso resolvemos colocar o mesão de doações no palco. O mesão é o protagonista de tudo, é como se o doador estivesse ao vivo no palco conosco”, explicou. A tarefa não foi fácil, já que demandou diversas outras decisões, como um superelenco de trinta pessoas atendendo às ligações e um programa ao vivo – a maior mudança de todas. “Foi uma decisão que fez com que mudássemos muita coisa. O lado operacional é complexo, mas vale a pena quando vemos o programa”, disse Dragaud.

O cenário, idealizado por Vik Muniz e Gringo Cardia, conta com quatro palcos, o primeiro exclusivamente para os mesões. Já os outros três são enfeitados com pipas feitas por crianças de todo o Brasil, passando ainda mais a ideia de colaboração que o “Criança Esperança” prega. E a festa não acaba no palco. “O Criança Esperança esteve em debates na Globo News, em quatro domingos no Fantástico e vai continuar em muitos outros programas depois que o show for ao ar”, garante Rafael Dragaud. “O show que eu quero ver é o show da participação”.