Ambição e vingança serão os dois sentimentos que dão o norte ao enredo da nova novela das 9, que tem a dura tarefa de substituir o sucesso A Força do Querer, de Gloria Perez. Em O Outro Lado do Paraíso, o público irá acompanhar de perto o casamento de um casal de apaixonados que foi intensamente criticado pela mãe. A celebração só se tornou possível devido a interesses financeiros que a mais velha enxergava como fruto daquela união. A mocinha Clara, vivida por Bianca Bin, sofrerá com os maus tratos do marido, ficará grávida e, ainda, será obrigada a se isolar em uma ilha por dez anos. No final de sua odisséia, a protagonista planeja se vingar de todos aqueles que lhe fizeram mal. Violência contra a mulher, racismo, nanismo e a homofobia são os temas abraçados pelo autor Walcyr Carrasco na criação deste novo folhetim do horário nobre da Rede Globo. Além de Bianca, o elenco conta com Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Marieta Severo, Sergio Guizé, Grazi Massafera e muitos outros grandes atores nacionais. Com estreia prevista para dia 23 de outubro, a trama começará com dezoito capítulos prontos e trinta e oito escritos.
“Queremos continuar segurando essa audiência, esse grande sucesso, da Força do Querer. É muito melhor começar uma novela depois de um sucesso e a responsabilidade acaba se tornando mais pessoal, só temos a agradecer por isso. Se eu conseguir ser o caminho, já estou realizado. É muito além do previsto”, afirmou o diretor artístico Mauro Mendonça Filho. Para Marieta Severo, o sucesso ou fracasso de uma produção televisiva não se mede pela audiência, porque existem novelas de alta qualidade artística que não caíram no gosto do público. “Sei que a Globo não deixa de ser uma empresa e, logo, este dado é importante. Mas não deve ser uma lei para os atores. É uma grande responsabilidade entrar depois de um grande sucesso como está sendo a novela da Glória Perez. Mas, ao mesmo tempo, o nosso público já começa aquecido e voltado para o horário. Estamos fazendo de tudo para honrar isto”, informou a atriz que afirmou ter um particular carinho pro Glória Perez. O escritor Walcyr Carrasco afirmou, também, que não acompanha os números de audiência. “Não tenho preocupação com a audiência, porque se tiver não vou escrever a novela. Só vejo os números no final para saber como foi o desenrolar da trama”, afirmou.
Um dos maiores destaques da trama é a sua locação. Saindo do eixo Rio-São Paulo, a trama se passará em Palmas e em Jalapão, ambas as cidades são de Tocantins, no Norte do país. O local foi a grande inspiração de Walcyr para este enredo. “Acho que nunca criei uma novela desta forma, porque surgiu de uma viagem. Entreguei um prêmio no Ministério da Cultura para bibliotecárias que se destacaram ao fazer salas de leitura pelo Brasil, um dia antes do impeachment da Dilma. Uma destas mulheres me contou que havia começado a ler por minha causa e que foi voluntária no Jalapão. Naquele mesmo dia, conheci outra que era responsável por uma ONG contra a violência feminina. A história começou a surgir naquele momento. Decidi viajar para o quilombo, porque sabia que o Jalapão era bonito e quando cheguei lá, o enredo foi brotando do chão. Fui a mina de esmeraldas, ao canyon, a pedra furada e outros lugares que iam acrescentando algo para a novela”, relembrou o escritor.
Será naquele cenário maravilhoso que a vingança começará a surgir. Quando a personagem de Bianca Bin retorna de seu isolamento, ela se dedicará a trazer sofrimento a todos os envolvidos naquela prisão. Para a criação desta trama, Walcyr trouxe alguns elementos de obras clássicas da literatura como O Conde Monte Cristo, de Alexandre Dumas. “São tramas modernas. O romance é uma grande fonte de inspiração para a novela na sua estrutura clássica. Existem livros que são sempre revisitados pelos autores, porque afinal de contas estamos apenas recontando as mesmas histórias”, destacou.
Além da vingança, um dos grande pilares da novela é o protagonismo feminino, personalizado na figura da Bianca. “É uma homenagem às mulheres trazendo não somente o machismo como o lugar delas, a agressão, o assédio sexual e outros. São coisas sérias e muito difíceis. Fala sobre a força que precisam ter para superar a opressão e virar este jogo, contando com a ajuda da inteligência e da criatividade. Além disso, a novela questiona a figura do homem como progenitor”, destacou o ator Thiago Fragoso. Mas a importância deste gênero não se restringe unicamente ao enredo. O feminino ultrapassa o nível superficial e adentra no que o diretor Mauro Mendonça Filho considera importante como criador de conteúdo. “Tentei contar esta novela sobre a ótica feminina, é uma história de um mundo masculino, mas que dever ser conduzida de forma mais suave e sentimental”, destacou o diretor artístico.
A mulher vingativa e amorosa
Além de protagonista, Bianca Bin precisa lidar com uma grande cobrança que este papel acarreta. A personagem de Clara não é apenas uma mocinha como uma mulher que rege a sua própria história depois de conhecer o lado mais sombrio das pessoas e de si mesma. No início da trama, é uma jovem simples e bonita que descobriu o amor nos olhos de um rico rapaz da cidade. A mocinha vivia, com o avô, no Jalapão e dava aulas para crianças em um quilombo em Pedra Santa. Ao se casar, muda-se para Palmas onde sofrerá com os maus tratos do marido e com ódio da sogra. A única pessoa que pode contar neste tempo será um médico com quem se consulta devido as marcas que o marido deixa em seu corpo. “Para mim é um grande desafio falar de um tema como a violência doméstica contra a mulher. Esta novela tem um papel social muito grande. Não estou na minha zona de conforto, porque estou lidando com um tema que nunca mexi antes. A temática me toca muito e me sinto honrada de poder dar a voz a este discurso. Está sendo difícil distanciar a Bianca empoderada e feminista”, contou a atriz.
Após sua personagem dar à luz a um menino, Clara sofre uma armação que a faz desaparecer por dez anos. O plano foi criado pela sogra que a levou para uma espécie de manicômio estabelecido em uma ilha. Somente dez anos depois, ela consegue fugir e começar sua vingança.
A sogra
Sophia significa sabedoria e isto esta personagem possui de sobra, para o mal. A vilã é mãe de três filhos, sendo que uma delas é anã, renegada que se vê obrigada a ir morar no exterior. Marieta Severo fará, desta forma, a mãe de Gael e ao ver que o filho irá se casar com uma jovem humilde, vai contra esta união. No entanto, ao descobrir que as terras de Clara possuem jazidas de esmeralda acaba permitindo o casamento. Ao longo da trama, tenta convencer a nora a explorar o local. “Não consigo fazer uma personagem pensando que ela possui a responsabilidade de ser uma grande vilã, não penso nisso em nenhum minuto. Para mim é importante entender que mulher é essa, como ela pensa e quais são os seus valores. Neste caso, é uma pessoa sem escrúpulos, com valores em função do poder financeiro. Está disposta a fazer qualquer coisa pelo o que almeja. Veio de uma família rica e exerce comando sobre aquela região do nordeste. Não sei se é uma vilã, mas com certeza não é uma mocinha”, contou Marieta Severo.
Durante a entrevista, a atriz relembrou sua última personagem em Verdades Secretas e garantiu que ao lado de Sophia, a Fani era uma santa. “A única coisa que a Fani fazia era prostituir aquelas meninas, perto desta parece ser um anjo”, brincou a atriz. Mas a atriz defende sua atual personagem. “Dentro dos seus valores, ela acha que está fazendo o melhor para os seus filhos. E estes também não são os personagens mais fofos do mundo. É uma família um tanto disfuncional”, garantiu.
O mocinho que pode ser vilão
O filho mais velho de Sophia está enquadrado dentro desta família disfuncional, como Marieta Severo adiantou. Gael se apaixona à primeira vista por Clara e decide se casar com ela. No entanto, possui um temperamento instável que oscila com momentos de agressividade, o que o leva a bater em mulheres. Sua mãe sempre soube desta característica e o encobertava todas as vezes. Por não simpatizar com Clara, acaba incentivando o comportamento.
Apesar de seu personagem ter um caráter dúbio, o ator Sergio Guizé afirmou que não quer ser odiado pelo público e acredita no viés romântico do papel. “Ele tem estes surtos, porque acho que foi criado para ser o provedor. Mas quando conhece o amor percebe que não está relacionado à posse. É difícil para ele se controlar porque existe muita mágoa. Ama esta mulher, mas faz ela sofrer e acho que isto tem relação com a forma que lida com o mundo”, defendeu. O ator contou que, até o momento, não havia feito nenhuma cena onde bate na Clara, mas existem algumas onde perde a cabeça com os homens. “Acho que ele é um cara refém de sua cultura”, lamentou.
O médico
Clara terá poucas pessoas com quem poderá contar, uma delas é o médico Renato. O rapaz se mudou do Rio Grande do Sul para Tocantins em busca de melhor qualidade de vida. Acaba se apaixonando pela mocinha no início da trama. “Ele se apaixonou pela Clara, mas ela preferiu o Gael e o personagem seguiu em frente. Óbvio que resta uma fagulha e um carinho mais elevado”, contou o ator Rafael Cardoso, que fará o personagem.
O rapaz acaba se relacionando com uma das filhas de Sophia, Lívia, que possui uma personalidade questionável. No entanto, o ator acredita que seu personagem é um homem bom, até mesmo por prestar trabalho voluntário no quilombo. O médico será um dos confidentes de Clara, saberá dos maus tratos que sofre e incentivará a menina a denunciar. “Acho que o Walcyr deve saber quase tudo o que vai acontecer, no entanto, são muitas as possibilidades que existem dentro da história. E o nosso autor sabe trabalhar muito bem com qualquer uma delas, existem várias viradas que ele dá na sua narrativa. Temos que esperar tudo e ter uma boa base de personagem é essencial. Precisamos ver o que esta primeira fase vai originar para continuar a narrativa”, afirmou o ator.
Uma das filhas de Sophia
Bonita e sofisticada, Lívia é uma das responsáveis pelo o isolamento de Clara. A mulher é filha de Sophia e é apaixonada pelo médico Renato. Seu grande sonho é ser mãe, mas não consegue ter filhos o que a faz ser muito próxima do sobrinho, filho da protagonista. “Não sei se ela é vilã, depende do ponto de vista. Algumas pessoas têm certas atitudes que para uns não é considerado algo ruim. No nosso cotidiano passamos por estes julgamentos internos todos os dias. O fato é que o verdadeiro mau dessa história é a minha mãe e filha de peixe, peixinho é. Mas quero que as pessoas tirem suas próprias conclusões”, afirmou a atriz que fará o papel de Lívia, Grazi Massafera.
A vida vai além do preconceito
Quando Clara voltar de seu exílio, será a primeira grande reviravolta da história. Neste momento, alguns personagens que ainda não haviam aparecido irão surgir. “Geralmente, o primeiro capítulo de uma novela mostra todos os personagens. Vou fazer diferente. A ideia é falar sobre a história e os papéis vão aparecendo conforme forem necessários para o desenrolar da trama, como aconteceria em um folhetim. Tem alguns que ainda não escrevi nenhuma frase, mas eles vão entrar e quando isto acontecer terão uma grande importância”, explicou Walcyr.
Nick é um dos grandes personagens que irão aparecer nesta segunda fase da novela. O papel será feito por Fábio Lago que terá a responsabilidade de comandar o núcleo humorístico. Nicácio é o dono do salão de beleza mais famoso de Palmas e, por isso, sabe todas as fofocas da cidade. Apesar disso, Nick não deixa de possuir nuances e amarguras: é um rapaz sozinho que sofre com a homofobia. “Ele não tem uma questão pessoal acerca da sua sexualidade, trabalha bem com isso porque se assumiu desde muito pequeno. Ele já era o que é, para ele não interessa entrar no setor se é lésbica, heterossexual, gay ou pan”, garantiu o ator Fábio Lago. No entanto, seu personagem vai muito além do nicho LGBT. “Ele defende a todos que estão ao seu redor e não tolera o preconceito. Em uma cena, uma personagem está sendo racista e o Nick tão tolera aquela situação. A mulher em questão também era negra e ele fala ‘Você também é negra, se olhe no espelhoo. Pare com isso porque esta cor é linda’. Este papel traz uma oportunidade de solidarizar com a causa dos outros e ir contra a injustiça. É muito mais importante do que eu imaginava. Não quero trazer um olhar de ódio e revanchismo, espero mostrar a compaixão e virtudes nobres”, afirmou o ator. No enredo, ele será uma das poucas pessoas com quem Clara poderá contar e, por possuir esta nobreza, abraça a causa dela.
A responsabilidade de Fábio vai muito além do lado humorístico. A ideia é que seu personagem possa explicar às pessoas que ser homossexual não é uma escolha e é algo normal. De acordo com o ator, o público pode julgar por não conhecer e a sua esperança é conseguir transformar a visão dos espectadores mostrando que não é nada demais. “Este momento atual é maravilhoso para trazer isto, porque estamos vivendo no olho do furacão e estamos discutindo as coisas que nunca foram faladas. Vai um abestalhado deste e leva uma bíblia para o congresso ou senado falando que é cristão. Mas quem disse que um gay não pode ser da mesma religião que ele. Como faz estas pessoas entenderem que não tem nada demais isto? Até porque dentro de quatro paredes, ninguém sabe o que acontece. Se eu quisesse me assumir gay agora, não poderiam me impedir. O ser humano é uma máquina tão poderosa que as possibilidades são infinitas”, defendeu Fábio Lago fazendo paralelo com as propostas de cura gay e outros debates sobre a sexualidade que existem atualmente no Brasil.
O homem que não assume quem é
Em contraponto com o personagem de Fábio Lago, o psiquiatra Samuel nunca mostrou quem realmente gostaria de ser. O personagem leva uma vida dupla, ele namora com a enfermeira vivida por Ellen Roche na busca de esconder que é homossexual. Possui atitudes homofóbicas por não aceitar sua orientação sexual. “Esse personagem me desafia porque é diferente de tudo o que eu já fiz, por isso é importante mergulhar no texto. Já tinha feito em um episódio de As cariocas o papel de um homossexual, mas é muito diferente de novela. Não existe diferença nenhuma para um ator expressar o amor por alguém do mesmo sexo, nós somos interpretes e recebemos a alma de outra pessoa. É amor de qualquer forma”, contou o ator Eriberto Leão, que viverá o personagem.
A verdade sobre o racismo
Assim como as mulheres e o grupo LGBT, outra minoria será exposta nesta trama através do personagem de Erika Januza. A Raquel também será amiga de Clara e vive no quilombo, mas um de seus sonhos sempre foi se mudar para Palmas. Acaba se apaixonando pelo filho do juiz Gustavo, vivido por Luis Mello, o que a fará enfrentar o preconceito racial e social. “Vamos tratar o racismo de uma maneira real, não é algo inventado que tenho dificuldade de me identificar. Fiquei pensando quantas empregadas domésticas escutam coisas e não tem como se defender, seja porque não tem consciência ou tem medo de perder o trabalho”, contou a atriz.
A atriz revelou que já enfrentou este preconceito ao namorar um rapaz que a escondia de sua família e amigos. “Na época, eu era inocente, só fui entender o que estava acontecendo mais tarde. Acabou não dando certo o nosso relacionamento exatamente por causa disso”, explicou a atriz. Por isso, Erika parabenizou o enredo de Walcyr, pois, para ela, é necessário que o racismo seja exibido da forma como ele acontece. “Me inspirei nas pessoas. O Brasil é um país extremamente racista que finge não ser, por causa disso achei que era a hora de mostrar que aqui existe esse preconceito. A população tem que saber que é crime, podendo gerar a prisão, e mesmo assim continuamos praticando. Um exemplo disto é o elevador de serviço, um médico não vai subir por ali. Além disso, porque a empregada não pode usar o banheiro comum da casa?”, criticou Walcyr Carrasco.
O romântico
A grande paixão de Raquel é Bruno, o filho mais velho de um juiz de Palmas. O rapaz estuda direito e pretende seguir os passos do pai. No entanto, ao se apaixonar pela personagem de Erika, o rapaz é intensamente criticado pela família. “Sou romântico com a vida, o Bruno só foi quando se apaixonou, mas somos parecidos nesta característica. Vejo poesia em tudo. Gosto de ler, sou nerd como o meu personagem. Mas acho que responderia mais forte a minha mãe, a Nádia fala coisas muito horríveis que nunca aguentaria ouvir. Ele ainda abaixa muito a cabeça, é comedido. Não sei lidar com o preconceito, é muito difícil encarar gente que tem este tipo de mentalidade. Cresci numa família italiana muito amorosa e quando vejo coisas fortes assim me choca muito, fico nervoso”, contou o ator Caio Paduan que fará o personagem.
O advogado
As gravações do personagem de Thiago Fragoso ainda nem começaram, porque ele fará parte da reviravolta da trama. O advogado Patrick é um cara do bem e enfrentará alguns apuros por ajudar Clara em sua vingança. Neste contraponto entre vilões, mocinhos e personagens ambíguos, garante que seu personagem tem um lugar no céu. “Acho que esta novela está falando um pouco do inferno, que é o que eu acho que tem do outro lado do paraíso. Existe um contraponto com isto que é a personagem angelical da Bianca Bin. Walcyr é muito bom em construir metáforas que tem muito a dizer. Acho que fala sobre o mundo que nós vivemos. Essa história é quase irônica”, afirmou Thiago Fragoso. O ator não sabe ainda se precisará mudar alguma coisa em seu visual para as filmagens.
A experiência de Beatriz
Assim como Thiago, Nathalia Timberg ainda não começou a gravar suas cenas. O talento da atriz dará vida à mulher fina e rica que ajudará Clara a enfrentar os longos anos na clínica psiquiátrica. Beatriz faz parte da alta sociedade e foi internada pela neta Fabiana, interpretada por Fernanda Rodrigues. Durante o tempo juntas, ela se tornará a mentora e amiga de Clara. Ajudará a mesma a fugir e dará parte de sua fortuna a ela. Com 88 anos de carreira, prova que é possível continuar exercendo o que ama. “Todas as histórias que se desenvolvem, neste momento, são um retrato desta vida e de cada um. Quando se quer conhecer uma época, basta procurar a arte que ela produzia. Dessa forma, as novelas buscam traduzir a nossa realidade, seja de forma crítica sobre o cotidiano imediato ou sobre a mentalidade do povo, de como somos e como nos comportamos. No caso dos folhetins de época, eles estão mostrando as nossas raízes. Às vezes, isto acontece na forma de comédias que nos criticam e os dramas que ficam nas nossas almas”, afirmou a atriz que garantiu que, em sua longa carreira, o teatro acabou se tornando uma ação imperativa em sua vida.
O misticismo de Mercedes
Em uma região repleta de misticismo e cultura como o norte do país, não poderia faltar uma personagem que prestigiasse isto. Esta tarefa está nas mãos da maravilhosa Fernanda Montenegro. A atriz fará uma curandeira, tanto física quanto espiritual, que escuta vozes. “Ela é à frente de seu tempo porque nela impera o misticismo antigo, ela é muito pura e possui sentimentos do passado. É um papel difícil e espero dar conta”, afirmou Fernanda Montenegro. Mercedes transformou sua casa em um abrigo para acolher as pessoas quando chegar o fim do mundo.
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