Com problemas no aplicativo de votação, o reality musical “Superstar” faz estreia morna e bom mocismo dos jurados

Depois de uma estreia de sucesso em 2014, o “Superstar” voltou ao ar nesse domingo (12/04) para mais uma temporada e com a expectativa de revelar mais uma banda, como a superestourada Malta, da edição passada. O cenário mudou um pouco, André Marques foi promovido e agora participa de forma mais efetiva no comando do programa ao lado da sempre linda Fernanda Lima. Já Rafa Brites, que era repórter do “Mais Você”, entrou no lugar que já foi ocupado por Fernanda Paes Leme (#voltaFernanda) na cobertura do que rola nos bastidores do programa.

André e Fernanda deram liga, e a gaúcha, que a gente aprendeu a amar no “Amor & Sexo”, reafirmou sua segurança no cargo, mostrou que ganhou jogo de cintura com o tempo e que não tem medo – ou pelo menos é mestre em esconder o nervosismo – de encarar o ao vivo. Rafa, a estreante da noite, parecia à vontade, fez algumas piadas politicamente incorretas, mostrou que estava se divertindo, mas pouco acrescentou ao andamento do programa.

André Marques, Thiaguinho, Paulo Ricardo, Rafa Brites, Fernanda Lima e Sandy: nova formação, velhos problemas (Foto: Divulgação)

Outra mudança significativa – não no bom sentido – foi a bancada de jurados. Sai Ivete Sangalo, Fábio Jr. e Dinho Ouro Preto da primeira edição e entram Sandy, Thiaguinho e Paulo Ricardo. Sandy, que prometeu ser uma jurada exigente em todas as entrevistas pré-estreia, se mostrou bem complacente e boazinha, aprovando quase todas as bandas e repetindo o mesmo discurso positivo. A única banda, aliás, que recebeu uma luz vermelha da cantora não foi bem uma reprovação. Quando a Stellabella, a primeira a se apresentar, terminou de cantar sua música, Sandy esqueceu de dar o seu voto, o que, automaticamente, é entendido pela produção como uma negativa.

A cantora ainda deu dicas de posicionamento para o vocalista da Wannaba Jalva, avisou que já conhecia o grupo de meninas que cantam forró pé de serra, batizado Trio Sinhá Flor, de uma apresentação em “um canal lado B” e elogiou todo mundo. Sem exceção. Paulo Ricardo aproveitou suas falas para dizer que não é um bom momento para o rock nas rádios e se empolgou com o ressurgimento da Tianastácia no palco do Superstar. Apresentação, aliás, que virou assunto nas redes sociais por se tratar um grupo que fez um certo sucesso – com direito ao hit “Cabroró” – ocupando espaço de artistas que estão, de fato, começando a trilhar o caminho da fama. Tianastácia, entretanto, foi aprovada para seguir para a próxima fase, mesmo tendo 18 anos de estrada.

Outro assunto que ganhou as redes sociais foi um dejà vu da edição passada: a dificuldade de se votar no aplicativo do “Superstar”. Para quem não sabe, o programa funciona da seguinte forma: uma banda se apresenta atrás de um telão, enquanto as pessoas de casa vão votando se querem ou não que aquele grupo passe para a próxima fase. Quando o medidor chega a 70% o telão sobe, os músicos são revelados à plateia e os mais bem votados do dia passam para a segunda fase. Portanto, se o aplicativo que permite a participação do público não funciona, o processo acaba sendo prejudicado. Será coincidência, por exemplo, que só as duas primeiras bandas não tenham sido aprovadas pelo público, exatamente durante o pico de reclamações de que o aplicativo de votação não estava funcionado de forma efetiva?

Pelo sim ou pelo não, o que se conclui deste primeiro episódio da segunda temporada de Superstar é que vai precisar de muito talento no palco para que o público não se canse de tentar participar e que tenha paciência para aturar mais uma leva de um júri de bons mocinhos.

Relação de bandas aprovadas e os padrinhos de cada uma que foi pra segunda fase (Reprodução GShow)