Claudio Assis começa a rodar seu novo longa que promete dar o que falar com Fernanda Montenegro e Cauã Reymond interpretando um gay dono de cine pornô

Pernambuco cada dia se consolida mais como a Hollywood brasileira. Além das dezenas de filmes que estão planejados para serem rodados no estado, um em especial promete ficar no centro dos holofotes por algum tempo. Trata-se de “Piedade“, novo longa de Cláudio Assis (De “Amarelo Manga” e “Baixio das Bestas“) com roteiro de Anna Muylaert (De “Que Horas Ela Volta?“), que já está com tudo pronto para dar inícios às filmagens ainda nesta semana em Recife. Na trama, os tubarões das praias da região servem de metáfora para o poder político dos grandes empresários por trás de desastres ambientais da cidade fictícia que dá nome ao longa, onde, de acordo com Claudio, “todo mundo ferra um ao outro”. “Piedade é mais do que uma cidade: é o lugar para a construção de um sonho. Um lugar de expressão. O que o meu cinema faz é mostrar para quem não nasceu em berço de ouro que é possível se expressar. Não é só a burguesia que tem direito a voz, mesmo agora em que o Brasil virou um país da direita, à base de muita mentira. O mundo hoje é da direita. Basta ver o Donald Trump, que se encaminha para liderar a nação mais colonizadora do planeta”, sentenciou Claudio em sua página no Facebook.

Mariana Ruggiero, Irandhir Santos, Gabriel Leone, Claudio Assis, Matheus Nachtergaele, Cauã Reymond e Fernanda Montenegro

No elenco, Fernanda Montenegro interpreta Carminha, uma mulher batalhadora que sustenta a família com o dinheiro que consegue no seu bar e restaurante à beira-mar. Já Cauã Reymond vive um gay, filho perdido de Carminha, e dono de um cinema pornô. A personagem de Fernanda Montenegro ainda é mãe de outro filho, interpretado por Irandhir Santos. Matheus Nacthergaele dá vida a um empresário do petróleo. No elenco, ainda tem a mineira Mariana Ruggiero, Gabriel Leone e o filho de Claudio, Francisco Assis. “Esse filme traz rasgos da minhas história familiar e aborda, como eu sempre faço, a questão das relações humanas, tendo como foco o fato de que, mesmo numa cidade onde todo mundo explora alguém, é possível se apaixonar”, explicou o diretor.