Carol Castro gosta de desafios. Depois de ser campeã na “Dança dos Famosos”, quadro do programa “Domingão do Faustão”, a atriz tomou gosto pela música e, a partir desta sexta-feira poderá ser vista nos palcos do Rio de Janeiro. A curta temporada do musical “Nine”, da talentosa dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, chega à cidade maravilhosa, no Teatro Clara Nunes, no shopping da Gávea, depois do sucesso em São Paulo. No espetáculo, Carol é responsável por dar vida à Luisa, mulher do protagonista, Guido Contini. “Ela é o lado real do espetáculo, que se passa no sonho de Guido. Luisa era atriz e abandonou a carreira para ser mulher dele. Ela é o pé no chão, que tenta trazê-lo de volta sempre”, definiu. Como o próprio título sugere, o protagonista vê-se no meio de nove das principais mulheres de sua vida. Inspirada pela obra autobiográfica de Federico Fellini e o filme “8 e 1/2”, a montagem conta a história do produtor e diretor de cinema que entra em uma grande crise criativa aos 40 anos e delira em memórias de mulheres marcantes de sua trajetória.
Enquanto Luisa disputa as atenções com a amante, Carla, Carol acredita que não teria a mesma posição, mas afirmou que não gosta de fechar conceitos e defende sua personagem. “A Luisa não é só submissa, ela tem um lado forte, é o braço direto e esquerdo dele. Ele não se vê separado dela e eu a admiro. Não diria que jamais seria igual, mas ser muito permissiva e abandonar a carreira realmente não combinam muito comigo”, falou ela, solteira após o fim da relação com Raphael Sander, que interpretou o modelo Leo em “Verdades Secretas”. “Meu coração está em paz. Estou muito bem sozinha, há muito tempo eu não ficava comigo mesma. Estou em um momento ótimo”, disse.
A paz de espírito fez bem a Carol. Prova disso é a sabedoria com a qual deu mais um grande passo na carreira. Ela, que nunca havia pensado na possibilidade de trabalhar em um musical, contou que começou a fazer aulas de canto e voz após o “Dança”. “Eu recebi alguns convites para esse tipo de trabalho depois do quadro, mas nunca pensei efetivamente na possibilidade, porque sou muito tímida. A Fernanda Chamma (jurada e bailarina) me olhou na final e disse que eu tinha que cantar e fazer musical, super me incentivou. Comecei a pensar nisso e decidi fazer aulas para me sentir completa como atriz, mas não me via trabalhando com isso ainda, até que surgiu o teste”, disse. Charles Möeller e Claudio Botelho acreditaram na atriz e o sucesso em São Paulo comprovou que estavam certos. “Eu amei a maneira como eles trabalham. Quando fiz a audição eu cantava há poucos meses só, e não é quase nada, né? Mas eles confiaram em mim e eu, neles. A temporada paulista foi tão bacana que eu ganhei anda mais segurança, mas é um degrau por dia”, sintetizou.
A peça, que foi montada em apenas cinco semanas, coincidiu com as gravações de “O herdeiro”, longa ainda sem data prevista de estreia. “Em três das cinco semanas eu me dividia entre o cinema e os ensaios. Para quem nunca tinha feito um musical foi bem desafiador”, confessou ela, que, mesmo após o fim das filmagens, ainda tem uma rotina puxada. “Hoje, por exemplo, já fiz aula de canto as 9h, fonoaudiólogo 11h30 e cheguei aqui às 13h para me arrumar. A rotina é corrida. Quando dá faço aulas, antes aqueço a voz e sempre procuro me concentrar, me familiarizar com o palco e arrumar minhas coisas sozinha”, explicou Carol, que desde “Dona Flor e seus dois maridos”, em 2010, não tinha um projeto no teatro. “É uma delícia voltar”, declarou.
Perguntada se tem alguma cena que mais gosta, é enfática: “Sim! A alforria da Luisa, confesso que amo. Tem uma frase que falo para o Guido que sai do esfíncter, compro a briga dela e me alivio junto. Não posso contar, mas é quase um palavrãozinho. É o momento que eu me divirto mais”, disse. Se cantar nos palcos e aprender observando com dedicação são grandes desafios, Carol destacou outro grande marco. “Colar cílios. Eu não sabia, porque não sou de andar maquiada. Tem dias que fica lindo, outros fica esquisito. Já joguei muitos fora até aprender”, brincou, com a make impecável.
Os próximos projetos já estão definidos. Além de “O herdeiro”, o longa de ação “Esquadrão anti-sequestro” já foi rodado ao lado de nomes como Humberto Martins e Murilo Rosa, mas, assim como o primeiro, ainda não tem data para ser lançado. “Talvez seja depois, porque apesar de já estar pronto é um filme independente”, explicou ela, que também fará uma participação logo nos primeiros capítulos de “Totalmente Demais”, próxima novela das 19h. “Fiz eu mesma, foi bem engraçado. A personagem da Juliana Paiva é uma aspirante à atriz e me encontra na praia, tropeça em mim para aparecer para os paparazzis. Rimos muito. Eles chamaram outras pessoas também”, adiantou, antes de voltar a ensaiar no palco do Clara Nunes. Tem Carol em todas as plataformas.
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