Carnaval :”Amo a folia!”, dispara Letícia Lima, que está batendo recorde de presença em blocos


No ar como a passional Estela, em “Amor de Mãe”, a atriz fala do papel social das recentes cenas que protagonizou, de como vai curtir os dias de festa, e também, da boa relação que mantém com Ana Carolina: “Está tudo bem entre a gente. Nos respeitamos e torcemos uma pela outra”

*Por Brunna Condini

O ziriguidum do carnaval, que Letícia Lima, aliás, adora, não é nada perto do ziriguidum que Estela tem aprontado em “Amor de Mãe”, novela do horário nobre da Globo. A intérprete da pilota na novela das 21h, nos conta, com exclusividade, curiosidades sobre a trama e a personagem, fala de relacionamentos, e também da sua relação com a folia. “Amo o Carnaval! Vou ficar muito no Rio e curtir tudo por aqui, principalmente os blocos!”, diz a atriz, que já marcou presença no baile da Vogue, no Bloco da Favorita, em São Paulo, e no da Preta, que saiu no último domingo, em Salvador.

“Amo Carnaval! Vou ficar mais no Rio e curtir tudo por aqui, principalmente os blocos!” (AGNews)

Mesmo no meio da folia, a atriz está totalmente envolvida com o trabalho, e aproveita para comentar as cenas impactantes que viveu a poucos capítulos na pele de Estela, ex-amante de Álvaro (Irandhir Santos), que implorou para não morrer, porque Belizário (Tuca Andrada), a mando de Álvaro, fez uma tocaia para ela. “Encarei a cena como um feminicídio. É o que de fato é. Então, me senti muito abalada e chorei muito depois de tudo. É preciso falar sobre isso. Entre 2017 e 2018, foram registrados 2.357 feminicídios, o que significa uma vítima morta por ser mulher a cada oito horas, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública”, alerta.

“Me senti muito abalada e chorei muito depois de tudo. É preciso falar sobre feminicídio” (Divulgação Globo)

Conferindo a cena vem a referência forte da performance de Glenn Close em “Atração Fatal” (filme de Adrian Lyne,1998). Ela fez parte das suas inspirações? “Adoro do trabalho da Glenn Close nesse filme. Mas não usei como referência para Estela. Na verdade, não usei nenhum personagem de ficção. Usei histórias de mulheres reais”.

“Usei histórias de mulheres reais para viver a Estela” (Foto: Globo/Estevam Avellar)

A Estela é obsessiva ou realmente se apaixona? Ou as duas coisas? “ Ela é uma pessoa que se apaixona e fica obcecada pelo objeto da afeição dela. É algo realmente maior. É algo desmedido: ela faz o que for preciso para ficar com a pessoa que ela ama. Inclusive, se arrisca, como aconteceu com Álvaro, quando começou a ameaçar contar do envolvimento deles para Verena (Maria). Ela quer estar com aquela pessoa e vai fazer de tudo conseguir isso”.

Sobre as cenas quentes protagonizadas com Irandhir Santos, Letícia conta que a boa relação deles vai muito além disso: “Temos uma dinâmica muito boa, de parceria para criação do melhor resultado em cena. A lambida na careca, que gerou uma grande repercussão, por exemplo, foi um trabalho em conjunto. Tive a ideia, conversei com Irandhir e ele topou, também entendeu que nesse casal cabe muita coisa. Temos uma troca muito grande nos bastidores. E o Irandhir é um grande ator. Aprendo muito com ele em cena, tanto tecnicamente quanto nessa generosidade de ouvir o outro. Estou atenta à pessoa que está ali contracenando comigo e, assim, dou o nosso melhor para a cena acontecer”.

“Eu e Irandhir temos uma dinâmica muito boa, de parceria para criação do melhor resultado em cena” (Divulgação Globo)

Quase dois anos após a separação da cantora Ana Carolina, Letícia comenta sobre o romance. Te incomodou a exposição e a curiosidade das pessoas sobre sua vida enquanto estava com a Ana Carolina? Se arrependeu de ter tornado a relação pública?Não me arrependi. Foi algo natural. Eu estava feliz e nunca quis esconder aquilo. Tratei como tratei as minhas outras relações também, com naturalidade”.

Vocês são amigas? Mantém contato?Está tudo bem entre a gente. Nos respeitamos e torcemos uma pela outra”, garante a atriz, que diz estar solteira no momento.

“Acho que as pessoas querem encaixar as outras em uma definição, porque talvez seja assim que faz sentido para elas” (Foto: Vinicius Mochizuki)

Recentemente, Letícia declarou também que não quer rotular suas escolhas. Por que acha que as pessoas querem tanto encaixar as outras em uma definição? “Acho que é uma necessidade que as pessoas têm porque talvez seja assim que faz sentido para elas. Eu não tenho essa necessidade de rotular. Eu me apaixono pela pessoa”.

A atriz de 35 anos, que ficou conhecida do público através do “Porta dos Fundos”, gosta mesmo é de falar de trabalho, e embora esteja produzindo como nunca, diz que “chega a ficar ansiosa pelos personagens que estão por vir”, e que 2020 vai trazê-la em muitos produtos. “Tenho quatro filmes para estrear. Tem “O pulo do gato“, que protagonizo com Marcelo Adnet. A comédia “Cabras da peste“, em que trabalhei pela primeira vez com o Matheus Nachtergaele e foi muito divertido e para cima. A gente se deu bem de cara. E também, “Quem vai ficar com Mario?”, outra comédia. E ainda tem um longa que rodei com Porchat”.

E os papéis dos sonhos? “Na TV, eu gostaria de fazer algum remake que marcou minha infância, como “Tieta“. E no teatro, gostaria de fazer “Um bonde chamado desejo“, como Blanche DuBois”, determina a camaleoa Letícia.

“Gostaria de fazer algum remake, que me marcou como “Tieta”. E no teatro, gostaria de fazer “Um bonde chamado desejo”, como Blanche DuBois”, (Foto: Vinicius Mochizuki)