*Com Maria Eugênia Gonçalves
As notícias dos últimos dias foram verdadeiros presentes para os adoradores mais saudosistas de produções audiovisuais com cunho adolescente. Após a confirmação de uma peça na Broadway para o clássico “As Patricinhas de Beverly Hills” (“Clueless”, 1995), que você já soube por aqui, chegou a vez de outra obra teen trilhar caminhos semelhantes em direção à ribalta: “The O.C.” (2003-2007), a série americana de maior sucesso da década passada, vai virar musical numa noite única em Los Angeles, marcada para o dia 30 de Agosto deste ano.
Produzida pelos mesmos autores da versão teatral de “Segundas Intenções” (“Cruel Intentions”, 1999), o espetáculo já possui atores cotados para alguns papéis, como Drew Seeley (a voz por trás de Zac Efron na trilogia “High School Musical”), para viver o playboy Luke Ward; e Christine Lakin, como a amada mamãe Kirsten Cohen; além da participação especial do próprio criador do seriado, Josh Schwartz.
O drama, ambientado no condado de Orange County na Califórnia, teve curta longevidade para uma produção consagrada do gênero, durando apenas quatro temporadas, exibidas na Fox americana dentre o segundo semestre de 2003 ao comecinho de 2007. Responsável pela carreira de Benjamin McKenzie, Adam Brody, Mischa Barton, Rachel Bilson e muitos outros, “The O.C.” deixou saudades gigantescas no público, graças a seu enredo irresistível e ao quarteto principal, formado por Ryan (McKenzie), Seth (Brody), Summer (Bilson) e Marissa (Barton) – esta última ausente no último ano da série e, segundo os fãs mais calorosos, a grande culpada por seu cancelamento prematuro.
Como relembrar também é viver, e moderadas doses de nostalgia nunca são demais, preparamos, em comemoração às boas novas, um top cinco musical contando com alguns dos momentos emblemáticos do programa. Afinal, nada mais justo, já que a série alavancou o indie rock no cenário mainstream americano, pelos pôsteres de Seth Cohen no quarto, excelentes trilhas-sonoras e a própria presença de diversas bandas em cena, como Death Cab for Cutie, Rooney, The Killers e Modest Mouse, para citar algumas que apareceram em shows fictícios por lá. Vem com a gente:
Episódio 1×12, “The Countdown” – “Dice”, de Finley Quaye:
Produzida por William Orbit (o gênio por trás do essencial álbum “Ray of Light”, da rainha do pop Madonna), “Dice” embalou a conclusão do último episódio exibido antes das comemorações de dezembro de 2003, no qual Ryan corre atrás de Marissa para declarar seu amor nos segundos finais do réveillon, em festa sediada por seu futuro-rival Oliver (Taylor Handley).
Episódio 1×27 (Final de temporada), “The Tie That Binds” – “Hallelujah”, de Jeff Buckley:
Atire a primeira pedra quem não se emocionou com Kirsten Cohen (Kelly Rowan) na despedida de Ryan durante a cena final do último episódio do primeiro ano da série. Após decidir retornar para Chino, sua terra natal, o protagonista sai da mansão dos Cohen numa rima visual relembrando a maneira como entrou, enquanto os demais personagens buscam maneiras de suportar a saudade que sua ausência deixará.
Episódio 2×14, “The Rainy Day Woman” – “Champagne Supernova” , de Matt Pond PA:
“The O.C.” nunca falhou quando o assunto era citar a cultura pop, e o auge de suas geniais referências ocorreu na metade da segunda temporada, com a encenação do famoso beijo de cabeça para baixo do “Homem-Aranha”, protagonizado aqui por Summer e Seth – que formavam um casal também fora das telinhas na época -, ao som do cover de um dos maiores sucessos do Oasis.
Episódio 2×24 (Final de Temporada), “The Dearly Beloved” – “Hide and Seek”, de Imogen Heap:
A cena em que Marissa atira no irmão de Ryan, Trey (Logan Marshall-Green), embalada pela canção “Hide and Seek”, que futuramente seria sampleada e rebaixada no primeiro single de Jason DeRulo, “Watcha Say” , repercutiu tanto nos Estados Unidos durante meados de 2005 que virou tema de uma sketch hilária do “Saturday Night Live”, conhecida como “Dear Sister”.
Episódio 3×25 (Final de Temporada), “The Graduates” – “Hallelujah”, de Imogen Heap:
“Hallelujah” foi uma das canções mais importantes dos quatro anos do seriado e mandatória em qualquer mixtape para os shippers mais entusiásticos do casal principal. Logo, mais do que honrado finalizar a trajetória da dramática e enjoada Marissa Cooper com uma versão regravada pela intérprete da música do fim da temporada passada, Imogen Heap.
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