*Por Brunna Condini
Se neste pouco mais de um mês o Big Brother Brasil 23 estava custando a empolgar, fato refletido na audiência abaixo do esperado, talvez agora a atração deslanche. Se era por falta de conflitos que a ‘temperatura’ e os índices não estavam subindo no reality, isso pode mudar e na velocidade ‘turbo’, como foi nomeada a semana cheia de dinâmicas surpresas que culminou no momento atual. E esta segunda-feira (27) pôde provar isso. Começou com uma treta daquelas entre Bruna Griphao e Ricardo (Alface), que se transformou em briga entre vários participantes. Depois dos conflitos, ficou uma ‘ressaca’ e uma tensão no ar que se estendeu até o Jogo da Discórdia. Aliás, na dinâmica que serve para movimentar o programa e como o próprio nome já diz, causar a confronto entre os participantes, quem vinha ‘escorregando’ para tomar posição, teve que se expor mais e se ‘empurrar’ para o embate. E aí, além das estratégias de jogo, falam alto os temperamentos humanos. A nosso convite, a psicóloga Luiza Scarpa comenta a ciência destes temperamentos, que é simbólica e estuda a relação entre as pessoas, promovendo também autoconhecimento. O que será que os tipos de temperamentos podem dizer dos participantes?
“Vai ser tiro, porrada e bomba”, disse Tadeu Schmidt, anunciando a prova que fez os participantes se digladiarem como entretenimento. O jogo brincou com ‘verdades e consequências’: um participante escolhia outro para dizer ‘verdades’ que este precisaria ouvir, colocando-o literalmente em um ‘alvo’. Depois, essa mesma pessoa que recebeu o ‘alvo’, também levava uma consequência escolhida entre um ‘tiro’ de fumaça, uma ‘porrada’ de travesseiro ou uma ‘bomba’ gosmenta. Baixaria pura ou proposta do jogo? Fato é, que em momentos assim, as características dos temperamentos humanos ficam mais evidentes. E nós aqui do site, estamos de olho é nisso. Vamos observar?
Na dinâmica, as rivalidades se escancararam, entre Cezar Black e Cara de Sapato (ambos disputam o Paredão ao lado de Fred Nicácio); Cezar e Ricardo Alface; Mc Guimê e Key Alves; Domitila e Aline Wirley; e Bruna Griphao e Fred Nicácio. As diferenças antes não declaradas abertamente entre Larissa e Key também vieram à luz ou melhor, ao alvo. É preciso dizer que Larissa não tem decepcionado nas dinâmicas de confronto. Ela deu seu nome e escolheu Key Alves para dar um papo reto: mencionou que a jogadora ‘tentou sentar na janelinha’ no conflito entre Ricardo e Bruna, além de ter apontado que Key falava sobre Nicácio, seu aliado, pela casa. Larissa também expôs a jogadora de vôlei falando do ciúmes dela com Gustavo. Várias sementes de discórdia foram plantadas (e regadas) e cada um vai lidar de uma forma com isso daqui para frente.
“O mais interessante nessa edição do reality, é a quebra dos estereótipos e a clareza de que as aparências enganam a quem quer se enganar – caso da participante Key Alves que tem deixado toda sua irritação e sentimentos (que geralmente eram mais camuflados), virem à tona após a eliminação de Gustavo, e tem sido colocada em algumas situações em que precisa confrontar diretamente seus oponentes, coisa que praticamente não fazia antes. Dentro dessa luta de forças, a platéia ávida se comove, se identifica e se escandaliza com todos os aspectos humanos que habitam aqueles participantes e os próprios espectadores. E em como todo jogo, quem não se posiciona e quem é demasiadamente passional, acaba dançando. Cada um usa as armas que tem, e no caso das participantes Key e Domitila, parece que a máscara da solicitude e bondade, que muitas vezes massacra pelas costas e manipula aqueles ainda sem posicionamento, é a escolhida. Fred Nicácio se alia a elas e oscila em suas posições, sempre com muita vaidade envolvida. Do outro lado, Guimê, Cara de Sapato (que vem aparecendo mais no jogo pós Paredão), Bruna, Larissa, Fred Bruno, Ricardo, Amanda e Aline são muito diferentes em seus posicionamentos, mas têm optado pela honestidade e coragem de encarar o jogo como ele realmente deve ser: de frente”, conclui.
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