BBB22 – Ainda existe reação possível para quem vai sobrar do Lollipop? É possível virar o jogo, mesmo sem vitória?


Prestes a definir seu nono Paredão, a edição que não envolve, segue com boas audiências. Pensando em possíveis reviravoltas que movimentem o programa, conversamos com a terapeuta Maria Rafart sobre reações, com novas alianças, dos participantes que sobraram do grupo que vem sendo eliminado em sequência. Vem saber!

*Por Brunna Condini

O Big Brother Brasil 22 não emociona. Mesmo apesar dos números mostrarem outro cenário: o programa tem boa audiência em dois meses no ar – de 14 a 20 de março o reality show teve média de 24 pontos de audiência e 47% de participação em São Paulo, igualando o recorde de audiência semanal, registrado anteriormente na semana de estreia. A formação do Paredão que aconteceu no último domingo (20), e levou Douglas Silva, Eliezer e Laís à berlinda, se decide nesta terça-feira (22), já apontando através de pesquisas, a saída da médica, com alto índice de rejeição.

Do quarto Lollipop, que inicialmente contava com Rodrigo, Bárbara, Maria, Brunna Gonçalves, Larissa, Jade Picon, Vinícius, Eliezer, Laís e Eslovênia, sobraram apenas os últimos três. Faltou estratégia? A obsessão de Jade e Laís em eliminar Arthur levaram ao tombo? Os integrantes do quarto Grunge não parecem tão unidos quanto os lollipers, mas têm se mostrado mais articulados, tanto que têm escapado da eliminação.

A questão é: a edição está chata, previsível e até desinteressante. Nem o Jogo da Discórdia desta segunda-feira (21) movimentou trazendo algo novo. Fora a dificuldade de interpretação de texto na proposta da dinâmica, e na comunicação entre os participantes. Nas redes pululam muitos comentários de que a atração não engrenou, no entanto, parece que mesmo assim o público continua assistindo, vide a audiência. Mas um jogo sem reviravoltas, surpresas, não empolga, e agora, prestes a ver o grupo Lollipop ficar menor ainda, é de se pensar: será que ainda existe reação possível para quem sobrou? É possível levantar a autoconfiança e virar o jogo?

Eliezer, Eslovênia e Laís: os únicos 'sobreviventes' do quarto Lollipop (Reprodução)

Eliezer, Eslovênia e Laís: os únicos ‘sobreviventes’ do quarto Lollipop (Reprodução)

“A psicologia entende a motivação como uma espécie de força, que aciona um indivíduo e direciona o seu comportamento. Pessoas motivadas realizam, impulsionam os seus sonhos, e os tornam realidade. O BBB é um jogo de julgamentos, internos e externos. Os participantes são julgados pelos demais companheiros, e o público, que assiste a tudo, julga também. Os resultados dos Paredões são como bússolas, que orientam os confinados sobre o direcionamento do jogo. As sucessivas derrotas dos membros do Lollipop fazem com que eles acreditem, cada vez mais, que estão do lado errado. E isto os desmotiva”, analisa a psicóloga Maria Rafart.

O Paredão desta terça-feira será decidido entre Laís, Douglas e Eliezer (Reprodução)

O Paredão desta terça-feira será decidido entre Laís, Douglas e Eliezer (Reprodução)

Se a médica Laís Caldas for mesmo a eliminada no nono Paredão, o grupo será reduzido à dupla Eslovênia e Eliezer, que ou se abate de vez ou se reorganiza para sobreviver por mais algum tempo na atração. Eslô já vem se aproximando mais de Natália, Lina e Jessi. Fato que o favoritismo do público tem estado mais ao lado dos integrantes do quarto Grunge, mas ainda há um mês de programa pela frente. “No BBB, é um erro estratégico concentrar toda a motivação em uma só direção. Edições passadas mostraram que o jogo pode virar a qualquer momento. O momento, para os lollipopers, é de redirecionamento de estratégia, com muita fé e motivação. Alianças ainda podem ser formadas, em especial com o trio avulso Lina – Nati – Jessi. Cada semana a mais dentro da casa já é em si um prêmio – o participante fica mais exposto, e sua marca pode valer mais em sua saída. Por que não fazer novas alianças para ficar mais tempo na casa, mesmo achando que a edição já tem fortes candidatos a vencedor?”, observa a especialista.

Participantes do quarto Grunge, que tem sobrevivido em maior número até aqui (Divulgação)

Participantes do quarto Grunge, que tem sobrevivido em maior número até aqui (Divulgação)

Se antes os integrantes do Lollipop viviam mais fechados no grupo, agora quem ficar vai precisar olhar para fora com mais afinco, e redefinir a rota. Se ficarem mesmo, Eli e Eslô podem fazer caminhos individuais ou até fazerem escolhas juntos para novas parcerias: Natália, Jessi e Lina são um trio admirado que já enfrentou Paredões e voltou. Arthur Aguiar, Douglas Silva, Paulo André e Pedro Scooby são um quarteto forte ali dentro, em alianças e dinâmicas. Já Lucas e Gustavo são os que de fato estão jogando sozinhos até agora, e têm se dado bem. Mesmo que por conta do romance com Laís, Gustavo tenha se perdido um pouco no jogo.

Embora esteja em um ‘grupo’ finalmente, e tenha despontado como ‘queridinho’ na edição, Arthur pode se trair pelo excesso de confiança, entre outros comportamentos. “Ele perde pontos para o público da internet quando cai em contradição em relação ao seu discurso e aos motivos pelos quais foi ‘cancelado’ aqui fora: a exemplo de sua fala sobre o puerpério, que foi muito repercutida com as acusações da própria esposa de que ele não a apoiou depois do nascimento da filha. A internet ferveu”, aponta Maria Rafart.

O excesso de confiança pode tirar Arthur Aguiar da rota que vem traçando firmemente (Divulgação)

O excesso de confiança pode tirar Arthur Aguiar da rota que vem traçando firmemente (Divulgação)

“Mas o BBB é feito também do chamado ‘público do sofá’- para estas pessoas, que avaliam exclusivamente a edição do programa na TV aberta para emitir seus julgamentos, Arthur teria que cometer um deslize muito mais grave – como partir para o descontrole em uma eventual discussão. Ele está perdendo o discurso do jogador ‘isolado’, na medida em que reforça as suas alianças com os sobreviventes da ‘Disney’. Se este núcleo, formado só por homens, tiver comportamentos muito machistas, poderá manchar sua reputação de ‘bom moço’ dentro da casa”.

E aposta em quem poderia hoje competir com o ator disputando a preferência do espectador: “Scooby é aliado de Arthur e um candidato à simpatia geral do público. Se Lina fizer discursos mais breves, sem tanta ‘palestra’, poderá se posicionar melhor, pois, além da representatividade, mostrou coerência no jogo até agora”.