*Por Brunna Condini
Na noite de domingo, mais um paredão se formou no Big Brother Brasil 20. E não é qualquer paredão, já que três participantes de peso e influencia dentro da casa estão na berlinda: Pyong Lee, Babu Santana e Rafaela Kalimann.
O líder Felipe Prior indicou Pyong, e por conta de uma regra na Prova do Líder, o primeiro e o penúltimo eliminados já estariam no paredão, respectivamente, Babu e Rafa. Ainda tivemos a sortuda Flayslane, que mesmo sendo a mais votada da casa, escapou da berlinda após participar da Prova Bate e Volta.
Desde o início do jogo, o comportamento de Pyong tem chamado à atenção. O hipnólogo demonstra ser um jogador competitivo, atento, estratégico, e para muitos, extremamente manipulador. Mas segundo o próprio, ele joga abertamente e com as cartas na mesa. Muito criticam seu “estilo” no game, dizendo que além da manipulação do grupo que faz parte, a “comunidade hippie”, o mágico também tenta fazer com que os outros participantes se movam no jogo de acordo com suas estratégias.
Pyong Lee só ignorou uma das regras da competição, que é evitar ao máximo o paredão. Ao que parece, em conversa com Marcela e Daniel, Pyong afirmou que caso a preferência do público fique com o tipo de perfil de Babu, ele acha melhor já sair logo, e se poupar. Isso, embora o mágico demostre estar confiante. Para Pyong, Rafa não está no centro da disputa. E segundo enquetes de preferência do público, não está mesmo: parecem disputar a permanência na casa Pyong e Babu. E nas mesmas enquetes, Babu tem levado a melhor até agora.
Será que a leitura de Pyong está errada? Será que ele jogou alto demais e se superestimou? Foi arrogante, como Prior e Babu acreditam? Ou ainda, estaria o mágico prevendo que o jogo teria virado, e que Felipe Prior e Babu, teriam agora a simpatia do público? Ou teria Prior colocado seu amigo Babu em uma situação arriscada ao indicar Pyong?
Este paredão vem dando o que falar e movimentando até os famosos nas redes. Fernanda Paes Leme, que testou positivo para o Coronavírus, e está em isolamento, tem acompanhado o reality e publicou em sua conta no Twitter: “Eu acho que tirar o Pyong seria perfeito p/o jogo. A peça chave da comunidade hippie saindo, eles vendo que Babu também é forte. Iam ter que jogar sem ter alguém ali mostrando o que fazer”.
Além da atriz, demostraram publicamente seu apoio ao ator Babu Santana, Marina Ruy Barbosa, Heloisa Périssé, Ingrid Guimarães, e até Felipe Neto, que convocou os fãs para fazerem mutirão de 48h para manter Babu e Rafa na casa.
Buscando a memória de acontecimentos desta edição do reality, lembramos que Pyong foi acusado por internautas de assédio no início do jogo, após tentar beijar Marcela e ir para cima de Flayslane em festas. E Babu, criticado por sua personalidade, foi acusado nas redes de fazer comentários considerados preconceituosos. O fato, é que neste paredão não vemos os tradicionais papéis de “mocinho e vilão”. Aliás, nesta edição do programa estes papéis têm se misturado, humanizando os personagens/participantes.
Quem vai ter a preferência do público? Quem tem agradado mais? A disputa teria ficado só mais entre os dois mesmo? Só saberemos na noite desta terça-feira, após o resultado da votação e anúncio de Tiago Leifert.
Este BBB tem pautado muitos temas relevantes em discussão social, e falando mais uma vez em um dos grandes jogadores desta edição, Pyong, muito se comentou dentro e fora da casa, que talvez se ele fosse mais “humilde”, teria chances de ganhar, já que sua inteligência e habilidades no jogo se destacam. Será?
Aproveitando o tema, quisemos saber: que linha tênue é esta que separa a autoconfiança da arrogância? A psicóloga Luiza Martins, esclarece. “A autoconfiança, é uma segurança que temos de algo que é nosso, nos pertencente, nossos pontos fortes, habilidades. Já a arrogância, perpassa a autoconfiança, porque demonstra uma atitude, por vezes, até ofensiva em relação ao outro. Ela deixa de ser só sua, para passar a ser algo que você destina ao outro, que demonstra prepotência, e até um desprezo em relação ao outro”, diferencia. “A autoconfiança quando é algo funcional para nós, é positiva, porque conseguimos nos empoderar do que nos sentimos seguros conosco. Desde um conhecimento à um comportamento positivo no mundo, por exemplo”.
Estes programas colocam os participantes em situações de exposição completa (consentida). E todos se sentem um pouco “juízes” das atitudes e vidas alheias. O que este comportamento diz sobre os nossos tempos? “Ao mesmo tempo que é um período onde se aponta e julga muito, também são tempos de empatia. De se colocar no lugar do outro, de se permitir ver a situação por outros ângulos. De pensarmos também, que o outro só está agindo desta forma, porque eram estes os recursos de que dispunha”, detalha a psicóloga. “Ao mesmo tempo que tem o julgamento abertamente mais ferrenho, acho que o Big Brother Brasil é um programa que tem trazido para a discussão vários temas para olharmos de uma forma mais empática as diferenças”.
A psicoterapeuta Shirley Magnólia, completa: “A projeção psicológica é um mecanismo de defesa no qual o ego humano se defende contra impulsos ou qualidades inconscientes (positivas ou negativas), negando sua existência em si e atribuindo-os a outros”.
Ela também comenta, que embora a proposta deste reality seja ser um jogo, em que quem conseguir ficar até o fim, levando a preferência do público, ganha 1,5 milhão de reais, não é possível manter por muito tempo uma “máscara”, caso a intenção seja viver um personagem diferente de si. “Não tem como vestir um personagem o tempo todo. Em algum momento a pessoa esquece que está sendo filmada, monitorada, e a “máscara cai”. Além disso, a realidade que um programa deste propõe, não é exatamente uma realidade precisa, já que os participantes são expostos a muitas situações artificiais, além de existir uma edição para o público do que vivenciam”.
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