*Por Jeff Lessa
Aos 97 anos, a cantora e atriz americana Doris Day morreu nesta segunda-feira (13) de uma pneumonia grave. Conhecida como A Queridinha da América por conta dos papéis cômicos e românticos que interpretou entre as décadas de 1950 e 1960, ela estava com excelente saúde para alguém de sua idade, mas não resistiu a uma pneumonia muito forte no final de semana, segundo comunicado da Doris Day Animal Foundation.
Discreta, a atriz deixou orem de que não queria ser velada e não ter uma lápide com informações sobre a sua vida, informou sua fundação em prol dos animais.
Destinada a ser uma bailarina, sua grande paixão, Doris teve seus planos interrompidos por um acidente de carro, que a deixou inabilitada para a função. Tornou-se cantora de pop e jazz até estrelar seu primeiro filme, “Romance em Alto Mar”, em 1948, pelos estúdios Warner Bros. Ao longo da carreira foi a protagonista em mais de 40 filmes, como “O Homem que Sabia Demais” (1956), em que foi dirigida por Alfred Hitchcock, e “Confidências à Meia-Noite (1959), pelo qual recebeu a única indicação ao Oscar de melhor atriz. No entanto, a canção “Whatever Will Be, Will Be”, interpretada por ela em “O Homem que Sabia Demais”, ganhou o Oscar em 1957.
Entre os anos 1950 e 1960, Doris estrelou comédias românticas e musicais que estavam sempre no topo das bilheterias americanas. Seus parceiros costumavam ser Rock Hudson (com quem manteve uma amizade pela vida toda), Cary Grant e James Garner, os atores mais populares dos Estados Unidos na época. Os papéis de mocinha virginal criaram uma imagem fora da tela que, conforme ela revelou anos depois, não correspondia à realidade.
Apesar de não se sentir confortável no papel de eterna virgem, a atriz teve a oportunidade de mudar essa situação ao ser convidada pelo diretor Mike Nicholls a estrelar “A Primeira Noite de Um Homem” em 1967. No entanto, não aceitou o papel da mulher mais velha que seduz um homem muito mais jovem, pois não conseguia se ver na pele da personagem. Mrs. Robinson acabou consagrando Anne Bancroft.
No ano seguinte, estrelou seu último filme, “Tem um Homem na Cama da Mamãe” e ganhou sua própria sitcom “The Doris Day Show” (1968-1973). Aposentada, passou a se dedicar à causa dos animais, mas voltou à ativa com o talk show “Doris Day’s Best Friends”, em 1975, ano em que lançou sua autobiografia, em que falava, para surpresa de seu público fiel, de seus casamentos atribulados e, por vezes, abusivos.
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