Após o “Dança dos Famosos”, Rainer Cadete se prepara para viver promotor no longa “PF – A Lei É Para Todo”: “Poderia ser ficção, mas infelizmente não é”


O ator vê a discussão sobre a Operação Lava Jato, abordada no filme, com muito mais amplitude e descarta posicionamentos ideológicos de direita ou esquerda. “Eu me identifico com a forma de pensamento dos participantes da operação. A questão não é partidária e sim um problema de sistema favorável à corrupção e com um alto nível de impunidade”

Rainer Cadete ficou com a terceira posição no quadro “Dança dos Famosos”, do “Domingão do Faustão”, mas isso, no entanto, está longe de significar uma derrota para o ator. Entre os participantes mais elogiados da competição, que teve Felipe Simas como grande vencedor, ele acredita que os benefícios do exercício se mostram cada vez mais aparentes em sua performance em cena. “O maior desafio foi aprender um estilo de dança diferente a cada semana e apresentá-lo brilhantemente ao vivo e ser avaliado pelos jurados e plateia”, ressaltou. E, esse resultado poderá ser visto muito em breve no filme “Polícia Federal: A Lei É Para Todos”. No thriller investigativo que se aprofunda nas manobras da Operação Lava Jato, Rainer dará vida ao promotor Deltan Dallagnol, responsável pelas investigações de crimes de corrupção dentro da Petrobras. Em uma entrevista exclusiva ao HT, o ator adiantou detalhes sobre sua preparação para o longa que promete ser um verdadeiro campeão de bilheteria.

Rainer Cadete (Foto: Divulgação)

Rainer Cadete (Foto: Divulgação)

“É uma história inspirada em fatos reais. Poderia ser ficção, mas infelizmente não é. O laboratório para o filme foi uma imersão no tema com uma visita a Curitiba, junto  das pessoas que estão fazendo essa história acontecer. Me debrucei nas entrevistas de todas as fases da operação Lava Jato, li o livro e conversei com as pessoas que inspiram os personagens. Estou muito feliz em aprofundar neste tema que é tão importante para o país” ressaltou o ator, que vê a discussão do tema com muito mais amplitude e descarta posicionamentos ideológicos de direita ou esquerda. “Eu me identifico com a forma de pensamento dos participantes da operação. A questão não é partidária e sim um problema de sistema favorável à corrupção e com um alto nível de impunidade. A credibilidade política precisa ser restabelecida e é muito mais fácil prevenir do que remediar, nos casos de corrupção. Os brasileiros merecem ter transparência no caminho para onde vai o dinheiro dos seus impostos. O mais legal do filme é provocar o debate desse assunto, que é tão importante para o país”, apontou.

O ator e a bailarina Juliana Valcézia (Foto: Divulgação)

O ator e a bailarina Juliana Valcézia (Foto: Divulgação)

Assim como propõe o título do filme, Rainer Cadete tem observado com bons olhos a evolução das leis no Brasil, decorrente de tantas prisões no último ano. Mesmo em tempos de cólera para a classe artística, o ator acredita que a cultura sempre teve e continua tendo um papel fundamental para o debate sobre as amarras políticas. “Claramente vivemos no país da impunidade, mas eu acredito que estamos dando passos em direção a um país mais justo, onde poderemos escolher representantes qualificados e que realmente tenham um compromisso com o desenvolvimento do Brasil. É interessante observar que a arte está se colocando à disposição, também, desse tipo de movimentação política e histórica. A MPB teve um papel fundamental durante a ditadura, o rock nacional através de várias bandas levantou debates no período pós-ditadura – início da democracia. E agora eu acho muito interessante colocar a sétima arte a disposição desse momento histórico do país”, avaliou.

Rainer Cadete (Foto: Divulgação)

Rainer Cadete (Foto: Divulgação)

Porém, não é apenas sobre a Lava Jato que o brasiliense tem opiniões pertinentes. Atento também aos movimentos estudantis, Rainer não se aprofunda muito sobre o sistema de redução de gastos através da PEC 241/55, mas acredita em uma reforma quando se trata na valorização da educação no Brasil. “O Brasil deveria dar mais valor ao sistema educacional. Os professores devem ter salários melhores porque o futuro do nosso país está nas mãos desses profissionais. Eles que vão desenvolver as habilidades das nossas crianças”, ressaltou.

Agora, voltando a falar sobre os trabalhos do galã na Rede Globo, é impossível olhar para Rainer e não se lembrar do icônico Visky, de “Verdades Secretas”. A trama, que recentemente, foi coroada com o Emmy internacional de Melhor Novela, de fato, se tornou um grande marco na carreira do ator. “Sem sombra de dúvidas foi um fato que marcou minha vida profissional e pessoal. Foi um grande aprendizado. Eu pude trabalhar com pessoas que eu admiro muito e desenvolver um personagem que caiu nas graças do público, que pode observar o ator entregue que eu sou e que não poupa esforços para contar uma história. Foi um grande desafio e um trabalho que eu me orgulho muito. Acho que o Emmy de melhor novela foi muito merecido”, comemorou.

Rainer cadete como o extrovertido Vicky de "Verdades Secretas" (Foto: Divulgação)

Rainer cadete como o extrovertido Vicky de “Verdades Secretas” (Foto: Divulgação)

O sucesso foi tanto que, logo após o folhetim, suas redes sociais ganharam um número considerável de novos fãs. Fato que se repetiria novamente com sua brilhante atuação como Celso, de “Êta Mundo Bom”. “Eu gosto muito de ficar ligado nas redes sociais e é um caminho aberto para trocar ideias com as pessoas. Eu posso ter uma relação mais próxima com os meus fãs e eu adoro isso porque faço meu trabalho com muito carinho para eles. Tenho Instagram, Snapchat, Facebook e gosto de mantê-los próximos. Apesar de não conseguir responder, eu vejo tudo e estou sempre ligado”, completou o carismático ator.

rainer cadete