Após assinar contrato com a Globo, Marco Luque conversa com HT: ” Existe uma patrulha do humor que parece não entender o que é piada e o que não é”


Marco contou que assinou contrato de um ano com o canal para, a priori, participar do “Altar Horas”. Nesse papo, ele falou sobre os tolimentos que sua arte vem sofrendo com o tempo: “Quando você faz uma piada que não ofende ninguém, não penso que deveria haver censura”

Após anos como apresentador e repórter do “Custe o que custar” (Band) e ter embarcado em “O formigueiro” no mesmo canal, Marco Luque assinou contrato de um ano com a Rede Globo. Até o momento, para participar do “Altar horas”, a atração dos sábados à noite comandada por Serginho Groisman. Detalhes ainda não foram fechados, mas boatos já sugiram, como  que ele atuará em uma série a lado da ex-colega de “CQC” Mônica Iozzi. Em conversa exclusiva com HT, Marco é franco: “Ainda não existe nada de concreto, mas adoraria que fosse verdade. Essa informação que anda circulando, de que eu teria acertado minha participação na série, não procede”. Pelo sim ou pelo não, o que importa é que ele está em ótimo momento, sorrindo à toa.

(Foto: Gustavo Arrais)

(Foto: Gustavo Arrais)

“Acho que, na carreira, devemos sempre ficar antenados e procurar sempre evoluir. Um dos pontos altos foi a minha participação no ‘CQC’ e, consequentemente, o desenrolar do meu trabalho, tanto no teatro quanto no stand up. Agora, tenho uma nova oportunidade de fazer algo diferente, e de crescer também. Estou muito feliz por ter firmado contrato com a maior emissora do país”, diz. Expert em fazer graça – e muito provavelmente explorará essa verve no “Altas Horas” – Marco é daqueles que acha que, “infelizmente, o mundo está mais conservador”. Ele analisa: “Existe uma patrulha do humor que parece não entender o que é piada e o que não é, e quando uma piada não deve ser levada a sério. Quando você faz uma piada que não ofende ninguém, não penso que deveria haver censura”.

É aí que entra aquele antigo, mas sempre em voga, papo sobre o limite do humor. “Penso que cada um deve saber qual é o seu limite. E deve sair em busca disso. Cada um deve arcar com as consequências de cruzar essa linha ou não. Vai de cada ator ou humorista manter o seu estilo, a sua pegada. Uns são mais ácidos, outros, não. Mas todos eles têm a intenção de fazer a galera rachar o bico”. O de Luque, por exemplo, tem suas concessões. “Eu não faço piadas sobre política e religião porque, na verdade, a minha intenção é de que as pessoas que vão ao teatro (ele roda o país com o texto ‘Tamo Junto’) possam curtir e esquecer os momentos tristes da vida, que se desliguem do dia a dia e possam aproveitar de forma divertida o tempo em que estarão juntos comigo”.

Em tempo: questionado sobre a verdade ou não de que o “CQC” passa apenas por um ano sabático – versão da Rede Bandeirantes -, Luque diz que acha que “não tem nada definido sobre o retorno e, caso ele retorne, provavelmente voltará com um novo formato, com um elenco renovado”. Para o humorista, “é um programa muito forte e muito bom”. “Torço para que volte um dia”, finaliza.