Não foi dessa vez que o Brasil ganhou mais um prêmio principal no Festival de Cinema de Cannes. O longa brasileiro “Aquarius”, do diretor Kleber Mendonça Filho, apesar de muito bem cotado e apontado por publicações especializadas como um dos favoritos da noite de entrega das Palmas de Ouro, volta para o país sem nenhum prêmio na bagagem, depois de perder para o longa “I, Daniel Blake”, do diretor Ken Loach. Já Sonia Braga, também muito elogiada e forte concorrente ao prêmio de Melhor Atriz da 69ª edição do Festival de Cannes, foi preterida pelo júri em detrimento da atriz filipina Jaclyn Jose, pelo longa “Ma’Rosa”.
Por conta disso, o diretor fez um balanço pós-premiação em sua página no Facebook, em que diz que o longa cumpriu o que precisava ser cumprido na Croisette. “Tivemos 9 dias indescritíveis no FESTIVAL DE CANNES apresentando AQUARIUS em première mundial e em competição. Prêmios não são matemáticos, por mais que a imprensa, a crítica e cinéfilos defendam seus filmes amados. Fica uma experiência intensa de repercussão, imprensa espetacular, discussão emotiva e política em torno do filme e do Brasil, do amor e da história. E esse filme pernambucano em parceria com a França e rodado na praia do Pina começa uma longa carreira até agora programada em 18 países (Sydney, Austrália, daqui a 2 semanas). E começa também o percurso até o Brasil, em especial ao Recife. Obrigado a todos! AQUARIUS. PS: estou jantando nesse momento com Paul Verhoeven, parcialmente responsável por eu fazer filmes hoje é que teve belo filme na competição de Cannes 2016. Que incrível”.
Em tempo: apesar da derrota de “Aquarius”, o Brasil não volta de mãos abanando. No sábado (21), o documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, ganhou o “Olho de Ouro” do Festival de Cannes, enquanto, “A Moça Que Dançou Com o Diabo”, concorrente na categoria curta-metragem, não ganhou o prêmio, mas levou uma distinção do júri.
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