Ana Beatriz Nogueira rouba cena em ‘Um lugar ao sol’: “Minhas personagens são mulheres fora da curva”


A atriz comemora 35 anos de carreira e está roubando a cena como a fútil e trambiqueira Elenice, de ‘Um Lugar ao sol’. O sucesso tem sido tamanho que o site Heloisa Tolipan fez um recap dessa brilhante trajetória e listou sete personagens da carreira da artista que os noveleiros amaram odiar. Vem saber!

Ana Beatriz Nogueira (Foto: Reprodução/Instagram)

*Por Rafah Moura

A relação entre amor e ódio são duas faces de uma mesma moeda. O que Ana Beatriz Nogueira conhece muito bem em seus 35 anos de carreira. A atriz, que vem roubando a cena no horário nobre, em ‘Um Lugar ao sol’, com a fútil e trambiqueira Elenice, coleciona ao longo dos anos um portfólio de mulheres bem contraditórias. “As minhas personagens geralmente são mulheres fora da curva, mas sempre com uma pitada de humor. Deve ser por isso que caem nas graças do público”, revela a artista.

Para ela, a mãe adotiva de Renato, interpretado por Cauã Reymond, não pensa muito nas consequências de seus atos. “Vira e mexe tem uma dose humor nas cenas que vêm de situações em que ela se mete. Chega a beirar o absurdo. É um caso a ser estudado. Elenice improvisa perigosamente em sua vida. Ela mesma cria algumas artimanhas em alguns momentos, que são pensados até a página dois, mas depois é improviso”, comenta Ana Beatriz em recente entrevista ao GShow. E acrescenta: “Mesmo sendo uma mãe adotiva, ela tem Renato como um objeto e acha que o filho pertence a ela. E pensa que tem o direito de conduzir a vida do filho. Isso acontece muito na realidade!”.

Ana Beatriz Nogueira vive a fútil e trambiqueira Elenice em ‘Um lugar ao sol’. (Foto: Globo Fábio Rocha)

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Ana Beatriz e a autora da novela, Lícia Manzo, tem uma amizade de longa data, por isso a atriz sabe que a escritora não é adepta de ‘núcleos de humor’, em seus textos. “A Lícia traz uma com grande experiência em humorísticos, por isso ela sabe muito bem incluir o humor de maneira orgânica em suas tramas, que quase sempre vêm carregadas de dramas e um clima denso. Elenice acaba sendo um desses momentos de pura descontração”, pontua.

Em 2012, em ‘A Vida da Gente’, uma outra novela da mesma autora, Ana Beatriz viveu a narcisista Eva, que também era uma mãe controladora. “Eu vejo a Eva como uma personagem distante da Elenice, apesar de as duas compartilharem defeitos muito parecidos. As duas são mulheres fora da curva, com o egoísmo em comum. Elas não veem o outro, projetam os próprios desejos nos filhos. Essa comparação é normal, porque ‘A Vida da Gente‘ reprisou tem pouco tempo, então, essa lembrança está bem fresca para o público. Pessoas com características semelhantes podem ser totalmente diferentes”.

Fernanda Vasconcellos (Ana) e Ana Beatriz Nogueira (Eva), em ‘A vida da gente’ (Foto: Globo/ Renato Rocha Miranda)

Recentemente, a atriz e produtora teatral fez um desabafo sobre o diagnóstico que recebeu, há doze anos, de esclerose múltipla. “A doença me trouxe urgência de não perder tempo. Eu sofri muito por causa da falta de informação, então ela junto com a arte são os meus grandes remédios ao longo desses 12 anos. Eu sou super regrada no tratamento dessa inflamação, por isso consigo viver normalmente”, disse. A artista recebeu o diagnóstico em 2009, em meio às gravações de ‘Caminho das Índias’, de Glória Perez, enquanto interpretava a avarenta Ilana.

Em Caminho das Índias, de Glória Perez, Ana Beatriz Nogueira interpretou a avarenta Ilana

Suas outras mulheres polêmicas na telinhas foram a invejosa Ana Paula Diniz Moutinho, em ‘Celebridade’, 2003, escrita por Gilberto Braga. Depois foi a vez da fofoqueira, Maria Aparadeira, no remake de ‘Saramandaia’, 2013, escrita por Ricardo Linhares. A amargurada Emília Beraldini, em ‘Além do Tempo’, de 2015, folhetim de Elizabeth Jhin. E a controladora Néia, em Rock Story’, 2016, que era uma matrona suburbana, que virou milionária com o sucesso do filho, Léo Régis, Rafael Vitti. Morava com ele, para controlar sua vida e suas finanças e, principalmente, a vida amorosa.

“Eu tenho carinho por todas as minhas personagens. Agradeço a cada um dos autores por esses presentes, mas eu sou zero saudosista. Não quero voltar nem um segundo. O aqui e agora está ótimo. O trabalho não vem dissociado do momento em que você está vivendo, por isso cada um deles foi muito importante na minha carreira”, destaca.

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