“A internet brasileira precisa melhorar muito”, diz Fabio Porchat que estreia temporada de ‘Que história é essa?’


O apresentador se desdobra na segunda temporada, com participações virtuais, do Que História É Essa, Porchat?, que estreou ontem, no GNT, e revela também suas participações “dos sonhos” no programa com Roberto Carlos e Faustão, entre outros. Além disso, Porchat conta para nós sua história de quarentena: “Gente, minha mulher passou pelada atrás de mim e foi notícia até no mundo árabe (risos). Ah, espera, tenho uma história bonitinha. Não conheço nenhum vizinho, mas comprei um kit de doces, para apoiar os pequenos produtores, e distribui no prédio. E, desde esse dia, rolou uma rede do bem. As pessoas têm trocado presentes, isso conforta, é bom. Cantamos parabéns até para uma vizinha nossa que ia fazer 90 anos, dona Nilda”

*Por Brunna Condini

Fabio Porchat tem trabalhado como nunca durante esta pandemia. E a estreia da nova temporada de Que História é Essa, Porchat?, evidencia bem isso. O programa retornou ontem à grade do GNT, com episódios sempre às terças, 22h30, com histórias inéditas, que, por conta do cenário atual, estão sendo contadas à distância e com os devidos cuidados sendo tomados para combater a transmissão da Covid-19.

A atração ganha um cenário com projeções que reúne, de forma virtual, convidados e plateia para ouvir e compartilhar as histórias que são a estrela do programa. “Ele foi feito sob o guarda-chuva do ‘novo normal’, mas a essência dele, que é contar histórias, está ali. Elas funcionam presencialmente ou à distância, então é o programa versão isolamento social dando resultado”, comenta Porchat. “No cenário, como está todo mundo cansado de ficar “no seu quadrado”, fizemos redondo, até onde os convidados aparecem virtualmente. Além disso, usamos na transmissão um super zoom, e as pessoas recebem um kit de equipamentos higienizado em casa. Outra questão é que antes os convidados só chegavam na hora, para participar, mas agora não tem jeito, eles ficam o dia todo em função do programa. Desta experiência, a única certeza que temos é que a internet brasileira ainda precisa melhorar muito”.

“O programa foi feito sob o guarda-chuva do ‘novo normal’, mas a essência dele, que é contar histórias, está ali. Elas funcionam presencialmente ou à distância” (Foto: Juliana Coutinho)

Na segunda temporada, serão 17 episódios inéditos, que trazem as experiências vividas por Sandra Annenberg, Marcelo Médici, Monique Alfradique, Antônio Fagundes, Sheron Menezes, Luis Miranda, Grazi Massafera, Wagner Santiesteban, Leilane Neubarth, George Sauma, Andreia Horta, Tom Cavalcanti, Nelson Motta, Armando Babaioff e Alexandre Nero, entre outros convidados. Já na estreia, Porchat bate um papo com Rodrigo Hilbert, que conta como seu dedo ficou torto; Fafá de Belém, que relembra o dia em que invadiu um casamento vestida de noiva, e Leandro Hassum, que fingiu ser o ator Otávio Muller em um parque. “Hoje gravamos um programa por dia, antes conseguíamos gravar dois. Agora precisamos coordenar as telas, os áudios com delay, dá um cansaço maior, desgaste grande no fim das gravações. Mas o mais importante é que a essência do programa está lá. Sem plateia ao vivo, me desdobro, ficou exausto, mas não tem jeito”.

“Agora precisamos coordenar as telas, os áudios com delay, dá um cansaço maior, desgaste grande no fim das gravações” (Foto: Juliana Coutinho)

Adaptação e reinvenção

Porchat conta que os primeiros convidados a gravar, Sandra Annenberg – definida por Porchat como a melhor pessoa do mundo – Marcelo Médici e Monique Alfradique “sofreram” com os ajustes do novo formato. “Mas mandei um presente para cada um deles, pedindo para continuarem me amando”, brinca. “O programa de estreia é com Leandro Hassum, Rodrigo Hilbert e Fafá de Belém. A Fafá me ligou e disse que tinha a história perfeita. Chamei, claro! Fui no programa do Rodrigo e já aproveitei para chamá-lo para vir no meu. Ele vai revelar o real motivo de um dos dedos dele ser torto”. E adianta: “Em outros programas também teremos ótimas histórias, como a da lombriga da Grazi Massafera. A do Antonio Fagundes foi uma história emocionante sobre o teatro. Entre as histórias da plateia virtual, teve a da moça que ia enviar nudes para o peguete e acabou enviando para o seu marceneiro. E uma de um motorista de aplicativo, que ajudou uma moça a encontrar o pai dela”.

O apresentador revela também a lista de participações dos sonhos na atração: “Já fiz contato com o empresário do Roberto Carlos, e ele disse que em setembro do ano que vem pode rolar (risos). Também quero muito o Faustão, o William Bonner, Fabio Jr., Zeca Pagodinho, tem muita gente com história para contar”.

“A Sandra Annenberg, Marcelo Médici e Monique Alfradique gravaram o primeiro programa, e “sofreram” com os ajustes do novo formato” (Foto: Juliana Coutinho)

Perguntado sobre suas histórias desta quarentena, ele diz, bem-humorado: “Gente, minha mulher passou pelada atrás de mim e foi notícia até no mundo árabe (risos). Ah, espera, tenho uma história bonitinha. Não conheço nenhum vizinho, mas comprei um kit de doces, para apoiar os pequenos produtores, e distribui no prédio. E, desde esse dia, rolou uma rede do bem. As pessoas têm trocado presentes, isso conforta e é bom. Cantamos parabéns até para uma vizinha nossa que ia fazer 90 anos, dona Nilda”.

Além dos inéditos no GNT, a partir de outubro, o público também poderá relembrar a primeira temporada do “Que História É Essa, Porchat”?”, na Globo.

“A Fafá disse que tinha a história perfeita. O Rodrigo Hilbert vai revelar o real motivo de um dos dedos dele ser torto” (Foto: Juliana Coutinho)