Curitibano de 30 anos, Gabriel Stauffer é um eterno apaixonado pela sua profissão e busca estímulo nos diferentes obstáculos que o meio artístico ainda enfrenta no país. Formado pela tradicional CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), já trabalhou em séries, teatro, televisão e cinema. Nas telonas, integrou o elenco de “A Costureira e o Cangaceiro”, ao lado de Marjorie Estiano, Nanda Costa e Rômulo Estrela. No teatro, seu maior desafio foi cantar a música “Beatriz” para Edu Lobo, em 2014, quando protagonizou o musical “O Grande Circo Místico”: “Foi uma experiência muito importante. A responsabilidade de cantar ao vivo para o Edu Lobo me deixou muito nervoso. Eu tremia demais. Porém, deu tudo certo. Ele gostou e me elogiou bastante”.
Outro papel de destaque foi Cláudio, em “A Força do Querer”, sucesso de Glória Perez. Na trama, o personagem se apaixonou por Ivana, interpretada por Carol Duarte, que se descobre trans e decide mudar de sexo. Mesmo após a transformação, o amor do casal persistiu. Sobre o trabalho, Gabriel diz que a arte ajuda a levantar questões importantes e promover debates sociais: “Como artista, meu papel é levar luz aos assuntos cotidianos que merecem destaque. Fico feliz quando vejo meu trabalho refletindo a realidade de muitas pessoas e ajudando a sociedade a falar sobre o tema. O papel da arte é provocar mudanças”.
Atualmente, o ator está no horário nobre da TV Globo em O Sétimo Guardião. No folhetim de Aguinaldo Silva, ele dá vida ao Walid, um ex-praticante de Karatê que se vê impossibilitado de lutar após sofrer um acidente. Com isso, o personagem busca agenciar novos talentos dentro do esporte. O envolvimento de Walid e Diana, interpretada pela atriz Laryssa Ayres, é o ponto alto do núcleo em que está inserido. Para o trabalho, a imersão no universo das artes marciais foi necessária: “Eu nunca tinha tido contato com nenhum tipo de luta, o que me trouxe um pouco de dificuldade no início. Comecei a estudar sobre artes marciais, seus movimentos e filosofias. Isso me deu mais segurança para vivenciar o personagem. O Walid é manco por causa do acidente que sofreu. Tive ajuda da minha namorada, que é preparadora de elenco, para encontrar a maneira perfeita de andar sem que pareça falso”.
Com a novela, Gabriel está tendo a oportunidade de contracenar com importantes e consagrados profissionais da televisão brasileira. Entre eles estão Marcelo Serrado, que vive o machista Nicolau, Tony Ramos, Lília Cabral e Carolina Dieckmann. Segundo ele, estar ao lado desses atores e atrizes é uma vantagem imensa: “Poder trabalhar com nomes de peso é um privilégio. Além de ser uma vivência profissional edificante, é uma experiência de vida. Muito bom estar ao lado de pessoas boas e talentosas”.
Apesar do amor pela atuação, o artista também expressou sua mais profunda admiração pela cultura. As artes possuem um impacto muito forte na sua vida e, de acordo com ele, precisam de cuidado e atenção: “A cultura é fundamental para a identidade da nossa sociedade. Além de ser importante para a formação de cada cidadão brasileiro, ela nos ajuda a ter conhecimento da nossa história e atual realidade. Precisamos valorizá-la”. Diante das recentes tentativas de censura que a cultura vem sofrendo, o ator se posicionou: “A cultura e a arte vêm sofrendo ataques preocupantes. Não podemos permitir que elas sejam controladas. Elas jogam luz sobre assuntos e grupos sociais que não recebem o devido valor. O papel do ator é ajudar a transformar a sociedade através da visibilidade. Devemos proteger e cuidar da cultura brasileira”.
Mesmo já tendo trabalhado com teatro, cinema e televisão, Gabriel diz que não pensa em desistir de continuar evoluindo. Quando perguntado sobre os próximos passos e sobre o que gostaria de fazer no futuro, ele respondeu: “Eu amo muito o que eu faço. Quero continuar estudando, trabalhando e melhorando. Quero fazer cada vez mais. Eu me dedico cem por cento em todo trabalho que sou convidado. Gostaria de fazer mais séries, cinema e musicais. Acho que ainda tenho muito o que aprender”.
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