Cauã Reymond não para! No ar como o mocinho justiceiro Juliano em “A regra do jogo”, o ator esteve nessa quarta-feira no Cinépolis Lagoon para o lançamento do filme “Reza a lenda”, em que interpreta o protagonista Ara, líder de uma turma de motoqueiros. O projeto é especial para ele, que também assina a coprodução com sua “Sereno Filmes”, produtora que comanda ao lado do sócio Mario Canivello. Entre um pedido de foto e outro, Cauã ponderou. “Em dia de estreia sou bastante requisitado, graças a Deus. Lido de forma natural com o assédio”, disse, modesto. Embarcar na produção foi um meio de correr atrás para realizar projetos nos quais acredita. Se a intenção era essa, a “Sereno Filmes” vem cumprindo seu papel. “Comecei como produtor associado do ‘Se nada mais der certo’, depois teve o ‘Alemão’ ano passado, o ‘Tim Maia’ e agora o ‘Reza a lenda’. O próximo projeto é ‘Dom Pedro I’, em que faço Dom Pedro. A gente deve começar a filmar no final de 2016, com apoio da Globo Filmes. Estamos seguindo um caminho muito legal”, adiantou.
A produção é também uma forma de lidar com a crise? Para Cauã, a resposta é não. “A crise até dificulta a produção. A postura do ator é passiva, de esperar o papel chegar, quando a gente parte para se produzir tomamos um papel ativo. Mas não é algo de agora, acontece no teatro faz tempo com (Antônio) Fagundes, Fernanda Montenegro. Agora o audiovisual está ocupando um tamanho diferente no mercado, é algo de cada um buscar o projeto que acredita e tirá-lo do sonho para virar realidade”, analisou. De audiovisual, aliás, Cauã entende. Com diversas experiências em cinema e televisão, ele comparou os dois veículos.
“A diferença da TV e do cinema é a velocidade como a dramaturgia acontece. Na televisão tem o contato direto com o público. No cinema as vezes demora um tempo para chegar até o espectador e, mesmo quando é um grande sucesso, se pegar a maior bilheteria não se compara a um dia ruim de novela na visibilidade. Se você for comparar isso é muito louco, uma novela com um ibope ruim tem uma entrada diferente de um filme, mesmo um grande sucesso. Claro que quando a pessoa compra um ingresso está fazendo uma escolha e a televisão às vezes é ligada por hábito, mas é um hábito que ainda entretém o público, que faz com que as pessoas esqueçam problemas, principalmente desse momento difícil que estamos no país. Ficamos mais felizes quando vemos boas histórias na televisão ou no cinema”, disse.
Com “Reza a lenda”, Cauã Reymond fecha 2015 com chave de ouro. “Foi um ano de saúde, amor, de construções, relações familiares até mais do que de trabalho. E ‘Reza a lenda’ que esse é um baita de um filme”, concluiu. Nós mal podemos esperar para vê-lo dia 21 de janeiro nas telas de todo o país.
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