19º Brazilian Film Festival of Miami: foi dada a largada para uma das mais importantes maratonas do cinema brasileiro no exterior


Promovido pela Inffinito, das irmãs Adriana e Cláudia Dutra + a sócia Viviane Spinelli, que já levou nossa produção audiovisual para polos culturais como Londres, Nova York, Montevidéu e Buenos Aires, tem público previsto de 5.000 pessoas, com programação que vai de comédias, como “Loucas pra casar”, a documentários, como “Últimas conversas”

Um dos destinos preferidos dos brasileiros que rumam à Terra do Tio Sam, Miami Beach se torna até o dia 19 uma das principais vitrines para o que tem sido feito de melhor na indústria audiovisual do Brasil, graças à 19ª edição do Brazilian Film Festival of Miami. Organizado pelas irmãs e Adriana e Cláudia Dutra + a sócia Viviane Spinelli, através da Inffinito Produções, o evento já é uma referência no que diz respeito à divulgação do cinema nacional para o mundo, promovendo o melhor da nossa produção e fomentando a indústria à nível global.

Em 2015, o BRAFF conta com a curadoria de Luiz Dolino, artista plástico e ex-diretor do CCBB-RJ; Ricardo Cota, jornalista e vice-presidente da Associação de Críticos de Cinema do Estado do Rio de Janeiro; Sérgio Sá Leitão, ex-diretor-presidente da Rio Filmes e ex-secretário municipal de Cultura do Rio; além de Walter Lima Júnior, cineasta premiado e jornalista especializado em cinema, TV e teatro.

A abertura teve como cenário o New World Symphony Soundscape, com a exibição do filme “Trinta”, protagonizado por Matheus Nachtergaele na pele do carnavalesco Joãozinho Trinta, e com a presença aqui, em Miami do ator Fabrício Boliveira. Lançado em 1995, o festival ainda conta com uma leva de programações paralelas às exibições oficiais no Colony Theatre, que incluem festas após as exibições e até um desfile de moda, na Neiman Marcus do Bal Harbour, na quinta-feira.

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Como parte do Circuito Inffinito de Festivais, o evento integra uma lista de outras mostras que já levaram a excelência audiovisual brasileira para Nova York, Vancouver, Londres, Roma, Barcelona, Madri, Buenos Aires e Montevidéu, o qual você acompanhou aqui. É importante frisar que o trabalho realizado pelas irmãs Adriana e Cláudia Dutra e por Viviane Spinelli tem ajudado tanto a promover a cultura brasileira no exterior, desconstruindo a ideia de quem ainda acredita que o país só produz futebol e samba, mas também do próprio público nacional que mora fora do Brasil e, a ao ver o prestígio com que nossos títulos são recebidos na gringa, começa a enxergar a própria arte com outros olhos, mais receptivos e curiosos. Afinal, a estimativa é de que 5.000 pessoas passem pelo evento. A estimativa é de que 40% são brasileiros e 60% de americanos, latinos e europeus.

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Para isso, é indispensável a programação extensa e eclética que o BRAFF oferece. De domingo a terça-feira, por exemplo, a Mostra Paralela exibe, na Miami Beach Cinemathèque, documentários ainda inéditos em Miami e que mostram um panorama da dimensão política e cultural do nosso país, como “Democracia em preto e branco”, de Pedro Asbeg, “Samba & Jazz”, de Jefferson Mello, “Dominguinhos”, de Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro, “Cássia Eller”, de Paulo Henrique Fontenelle, e “Últimas conversas”, última obra realizada pelo cineasta Eduardo Coutinho.

A Mostra Competitiva rola entre quarta-feira e sábado, no Colony Theater, trazendo também um leque de gêneros que mostra a versatilidade e a qualidade do cinema nacional. Entre os destaques, “Boa sorte”, drama de Carolina Jabor no qual Deborah Secco interpreta uma soropositiva que encontra o amor no fim de sua vida; a comédia “Loucas pra casar”, sucesso de bilheteria dirigido por Roberto Santucci que conta com Suzana Pires no elenco e será apresentado pela própria atriz durante o festival, assim como “Casa grande”, de Fellipe Barbosa. Haverá ainda um bate-papo com Vicente Ferraz, diretor de “A estrada 47”, que também participa do circuito.

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O filme vencedor do prêmio “Lente de cristal”,  escolhido pelo público, será anunciado no sábado, mesmo dia que marca o encerramento do BRAFF 2015. Na ocasião, um brinde final (por ora) ao cinema brasileiro, com a exibição de “Que horas elas volta?”, que contará ainda com a presença da diretora Anna Muylaert. E, para quem ainda não sabe, o longa foi o escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro esse ano. Um viva à sétima arte! E, enquanto não conhecemos os vencedores, você confere no vídeo abaixo como se deu a abertura da Mostra Competitiva do festival: