“Os homens querem casar e as mulheres querem sexo 2” estreia com grande expectativa após a primeira versão de sucesso que ficou em cartaz por oito anos

Já pensou em assistir a uma peça e sair noiva? Em “Os homens querem casar e as mulheres querem sexo” isso já aconteceu 16 vezes e a continuação da história promete. “Os homens querem casar e as mulheres querem sexo 2”, texto de Carlos Simões e direção de José Santa Cruz, estreou ontem, 14, no Teatro Vanucci, no Shopping da Gávea. A comédia conta a história de Jonas, vivido por Carlos, um homem romântico que busca uma mulher perfeita – interpretada por Danielle Nino – para começar uma família. O texto, fruto de uma pesquisa de Carlos Simões há dez anos, continua superatual. “Começou com uma pesquisa que fiz sobre sites de relacionamentos. Em seguida, o IBGE publicou um estudo falando sobre a inversão de valores, com a mulher tendo que conquistar seu lugar no mercado e casando cada vez mais tarde. Já os homens, por falta de tempo de se relacionar, queriam compromissos sérios mais cedo”, explicou o autor.

A peça fala sobre os relacionamentos amorosos e os dilemas entre homens e mulheres (Foto: Divulgação)

A partir daí, a comédia com dois atores no palco começou a fazer sucesso e a formar casais na plateia. “As pessoas começaram a ver o espetáculo como forma inusitada de pedir em casamento e isso já aconteceu umas várias vezes. A única coisa que eu posso sentir, como autor e idealizador, é felicidade. Estamos atingindo o propósito. O mais legal é ver o amor de forma bacana. Não se vive sozinho e não existe pessoa perfeita. É compartilhar, somar e ser feliz”, analisou Carlos, que acredita que o mesmo vai acontecer na nova versão. “No primeiro, os homens que chegavam recebiam adesivos. Os solteiros ganhavam um verde e os comprometidos o vermelho. Botamos a galera para ficar”, brincou.

Carlos é o autor e idealizador do projeto e também sobe ao palco para interpretar o protagonista Jonas (Foto: Divulgação)

Nada mais a cara do espetáculo. O protagonista Jonas cresceu com a mãe falando que a pessoa, para ter base na vida, tem que ter uma família e sempre acreditou nisso. “Ele é um retrato dos homens de hoje. A mulher da vida profissional começou a se comportar como homem para conquistar seu espaço e a sua nova postura em relação à vida pessoal é a de casar mais tarde. Fiz uma pesquisa mais profunda e descobri nos anos 70, elas casavam em torno de 20 anos, nos anos 90 era entre 25 e 30 e hoje é entre 35 e 40 anos. Isso é um retrato do mercado que exige mais da mulher, em função dela querer se destacar deixou o casamento pra segundo plano. O título da peça é em referência a essa opção de deixar para depois”, explicou, emendando que a segunda versão fala dos dias atuais: “Ele continua a mesma busca do primeiro e fala sobre essa procura infindável. A maior culpada é a internet, porque chegou para aproximar e hoje afasta. Há muita demanda e as pessoas têm preguiça do processo de conhecer”, analisou.

Para ele, oito anos de sucesso não tem uma fórmula. “Qualquer espetáculo ou filme deve contar uma boa história com que as pessoas se identifiquem, saiam tocadas”, disse. Além das duas montagens, Carlos ainda assina “Minha mulher não é minha chefe” e “Corra que a minha ex-mulher vem aí com os divorciados”, que fala sobre o final de uma história de amor. “O bacana é que as quatro se entrelaçam. Todos os textos são baseados em pesquisas reais, do que está de fato rolando. Logico que, como ficção, eu brinco com o texto, mas eu estudo antes”, disse.

Se “Os homens querem casar e as mulheres querem sexo 1” foi sucesso absoluto, ele espera o mesmo da nova montagem. Carlos, que gosta de interagir com o público tanto ao vivo como pelas redes sociais, contou que as críticas da primeira peça foram muito positivas. “Todo mundo fala que é incrível. Sempre que termina o espetáculo, vou para fora cumprimentar as pessoas, porque acredito que o teatro é minha casa e nada mais natural do que levar as pessoas na porta. Nisso tenho feedback também. Além disso, há cinco anos, criei uma página na internet para escutar o público”, contou.

Estrear a continuação no Rio de Janeiro também tem um gosto especial, já que a primeira ficou quatro anos em cartaz em vários pontos da cidade. “A expectativa é a melhor possível. O título e a temática são atraentes e nós nos comunicamos de forma dinâmica e engraçada com o público feminino”, disse.

“Os homens querem casar e as mulheres querem sexo 2” promete repetir o sucesso da primeira montagem, que ficou em cartaz por oito anos (Foto: Divulgação)

Tem mais: o texto de “Os homens querem casar e as mulheres querem sexo 1” está sendo transformado em longa-metragem. “Já passamos por mais de 150 cidades no Brasil, fomos para Miami, Nova York e Boston. É uma temática que atravessa fronteiras e, agora, estou roteirizando para o cinema”, adiantou. E a continuação não fica para trás: “Queremos que o segundo siga o mesmo caminho. Já estamos agendados para ir à Angola, Japão e Portugal”, contou ele, que acredita que o público sai com uma grande mensagem na cabeça: “É comédia sim, mas faz pensar sobre a felicidade, que às vezes está do nosso lado e não percebemos. Ninguém vive sozinho”, resumiu. É correr para o teatro para conferir!

Serviço:
Texto: Carlos Simões
Direção: José Santa Cruz
Elenco: Carlos Simões e Danielle Nino
Temporada até 30 de janeiro – Sextas e sábados às 23h30
Valor: R$ 60
Local: Teatro Vanucci – Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52 – 3 andar
Telefone: 2274-7246
Duração: 60 minutos
Gênero: comédia
Classificação: 14 anos
Capacidade: 400 lugares
Funcionamento da bilheteria – todos os dias das 14 às 22h