Com uma carreira promissora na televisão brasileira, Léo Rosa começa a colher os frutos do sucesso de seu trabalho em “Escrava Mãe”. No folhetim, que reabriu o horário das 19 horas para obras de ficção na Rede Record, o ator de 32 anos dá vida ao visionário Átila, que, em meio aos percalços da era imperialista no Brasil, luta para defender os direitos dos escravos em uma época em que o preconceito contra os negros era praticamente obrigatório em nossa sociedade. Sem medo de falar o que pensa, o ator comemora a oportunidade de dar luz a um assunto que, infelizmente, ainda segue tão atual. “Átila foi um desafio imenso. Estava há dois anos sem fazer novela, sem o ritmo de decorar de um dia para o outro. Estava fazendo teatro, que exige um outro ritmo. Ele é um idealista, sonhador e um romântico inveterado. Me perdi e me achei muito nele. Confundo-me nas suas vontades de mudanças do mundo, na sua capacidade de se deixar levar pela emoções mais genuínas e pela profunda crença no amor como força transformadora”, revelou o ator, em um bate-papo exclusivo com o HT.
Mas as comparações entre criador e criatura não param por aí. Assim como seu personagem, Léo Rosa também se arrisca como escritor. Tanto que, muito em breve, pretende lançar o livro “Poema a Caminho – A Jornada do Verso até seu Reverso”. E, segundo o ator, material é o que não falta. Já que o trabalho será uma construção a partir de uma coletânea daquilo que vem produzindo desde sua adolescência. “Eu escrevo poesia e vou inclusive lançar esse ano meu primeiro livro, e ainda agora estou me aventurando na escrita para teatro. Mas Átila é o grande responsável por eu acreditar que posso tirar 15 anos de escritos da gaveta. Talvez alguém goste”, brincou ele.
Já para o folhetim da Record, o ator foi convidado pelos diretores Leonardo Miranda e Ivan Zettel de última hora para integrar o elenco da novela. Apesar de na época estar passando uma temporada morando em Nova York, Léo não poderia recusar essa grande oportunidade. “O personagem é um sonho. Tem alguns discursos dele que sempre sonhei em dizer, como na cena em que ele diz para Urraca (Jussara Freire) e Rosalinda (Luiza Tomé) algo como ‘olhem para estas senhoras (escravas)… São mães, irmãs, filhas e avós como vocês’. Me arrepio só de lembrar. Ser o arauto destes discursos foi talvez a maior responsabilidade que tive em cena, e agradeço ao Gustavo Reiz (autor) por toda a poesia que pude degustar”, entregou ele, que ainda comentou os tempos de ódio contra a população negra.
“Os paralelos estão todos aí, basta olhar com olhos de quem quer ver. Como pode o trabalhador comum, por exemplo, passar até cinco horas no deslocamento para o seu trabalho, saindo de casa às 5h da manhã e voltando para os filhos às 22h? Como pode, em pleno 2016, pessoas como uma ‘secretária do lar’ se alimentar de uma comida diferente, em um ambiente diferente do patrão, pelo simples fato de ser a empregada? Como pode um país majoritariamente negro e indígena ver estas populações dizimadas, nas periferias de grandes cidades ou nas suas terras ancestrais, acabando assim com a história original desta nação? Não é a mesma história da colonização? Minha avó, mãe do meu pai, era doméstica. Fui criado visitando a casa dos patrões, onde ela morava durante a semana. Eu ficava brincando com os filhos deles, mas sabia que não poderia pular na piscina, tocar o piano de cauda da sala, nem ficar sentado no sofá assistindo TV”, recordou o ator.
Agora, voltando aos trabalhos de Léo Rosa, o ator segue imerso em personagens que além de grande destaque, buscam também refletir sobre preconceitos e cicatrizes profundas em nossa sociedade. Prova disso será a estreia do ator na peça “Bruta Flor”, na qual dará vida ao preconceituoso Lucas, que, em determinado momento, se rende aos encantos de um amigo. “Ele é casado com uma mulher e está à espera do primeiro filho. Só que nesse meio tempo se reencontra por acaso com um amigo da época de adolescência com quem teve uma noite de amor naquela época (bêbados?). Este reencontro traz à tona fantasmas que ele estava fazendo questão de esconder há anos dentro de si. E aí começa um árdua jornada, a da aceitação. Como se permitir nas suas pulsões mais genuínas depois de criar para si um personagem completamente avesso a tudo o que deseja? Esse é o grande desafio do Lucas e de muitas pessoas”, adiantou ele.
Já no cinema, Léo dará vida ao seu primeiro vilão em “Por Trás do Céu”. Na trama, protagonizada por Nathalia Dill e Emílio Orciollo Neto, o casal vive na extrema pobreza do sertão e vê na cidade grande sua grande oportunidade para mudar de vida. “Cabe a mim o papel mais duro da história. Patrão é um senhor de terras da região, um grande fazendeiro, que mesmo carismático e aparentemente gentil no trato com seus empregados, comete uma atrocidade com Aparecida. A partir daí temos o ‘leitmotiv’ principal dos protagonistas: fugir. Ele é um destes grandes abusadores. Um destes senhores do capital que se sente no direito de usufruir de tudo, inclusive do amor de uma mulher que não a sua”, adiantou.
Atento aos movimento políticos do país, Léo Rosa não apoiou o processo de impeachment sofrido pela ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com o ator, os 54 milhões de votos aplicados a ela deveriam ser respeitados, já que não houve crime de responsabilidade. “Acredito na democracia, mesmo sabendo que somos dominados pela falsa ilusão democrática, comandada por um grupo de alguns senhores detentores de 90% do capital planetário. E sabendo também que quem manda na roda são eles. O que muda na maioria das vezes são as figurinhas. Mas vamos ao impeachment… 54 milhões de pessoas votaram nesta candidata. Temos um processo conduzido inicialmente por um motivo (conduta fiscal imprópria) em que ela foi inocentada. Então, digo: Primeiramente…”, completou o ator.
Confira na íntegra a entrevista com o ator Léo Rosa:
HT: Como e quando você descobriu que queria ser ator? Conta um pouco da sua formação?
LR: Minha primeira impressão da profissão de ator foi em Porto Alegre. Eu tinha uns 13 anos, treinava futebol no Grêmio e passava na Rua dos Andradas todos os dias, onde lá pelos idos da década de 90 existia um artista de rua que era conhecido com “O Homem Do Gato”. Este artista fazia um número maravilhoso, com um apito debaixo da língua, que ele soprava enquanto fazia uma cena em que, supostamente, tentava tirar seu gato arredio de um saco de batatas… Ele era o dono da rua e fazia uma onda de calor e alegria em volta, mesmo no inverno gaúcho. Eu sempre assistia, vi mais de 100 vezes esse espetáculo! Ao final da apresentação, ele vendia estes apitinhos e uns chicletes que coloriam a língua ao mastigar. Era um vendedor! “O Homem Do Gato” foi o primeiro grande ator que eu vi pessoalmente! Depois, já aos 15, fui com a turma do colégio e a professora Márcia, de língua portuguesa, assistir a ópera “Carmen”, de Bizet. Fiquei impressionado com a emoção que senti, com aquela expressão artística, em outra língua, mas que mesmo assim que comovia profundamente!! Acho que ali passei a deixar de ser atleta.
HT: Eu li que você é de Porto Alegre e em 2003 se mudou para o Rio. A adaptação foi complicada ou você sempre teve um espírito mais aventureiro?
LR: Sou, sim, de Porto Alegre e desde muito novo minha família, por morar de aluguel, me ensinou sobre andanças e mudanças. Moramos em umas nove casas até os meus 18 anos, estudei em cinco escolas e tive muitas trocas de melhores amigos na adolescência. Talvez aí eu tenha ganhado uma capacidade de chegar a lugares novos… Aos 19 anos fui para o Rio de Janeiro sem conhecer uma pessoa sequer… Cheguei com R$800 reais na cidade, para fazer um teste para uma participação no filme “Dom” baseado no “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Cheguei um dia antes de um grande traficante que estava preso ser transferido da cidade. O Rio estava em alerta, sitiado, exército nas ruas, um caminhão com 20 ou mais soldados do exército em cada esquina de Copacabana! Essa foi minha recepção. Um clima super ameno. Mesmo assim fiquei! Então acho que devo ser aventureiro sim.
HT: O seu primeiro trabalho na TV foi em “Vidas Opostas” e você já estreou como protagonista. Você sentiu a pressão de já chegar como galã de uma produção? Deu aquele frio na barriga?
LR: Sim. “Vidas Opostas” foi a minha estreia, nunca tinha entrado em cena na TV pra nada! Eram 30 cenas para decorar por dia, duas ou três frentes de gravação no mesmo dia (duas externas e uma estúdio ou vice e versa) e escalando montanha. Mas a montanha mais difícil era não ficar admirando a Lucinha Lins em cena, lembrar que tinha que contracenar (risos). Eu tinha o disco dos “Saltimbancos” em casa, já era apaixonado pela obra do Chico Buarque graças a iniciação que tive no timbre dela… E então tive a honra de ser recebido por ela na televisão! Até hoje não acredito nesta sorte. A mesma sorte de ter iniciado no teatro pelos braços do Benvindo Siqueira em uma peça dele, quando estava começando no ofício. A novela foi um sucesso estrondoso! Ganhei prêmios, fui muito felicitado, mas confesso que só entendi a dimensão dela, politicamente inclusive, depois de um tempo… Era uma linda trama, da saga de um casal de classes sociais muito distintas lutando para viver o seu amor e que nos mostrava as feridas abertas da corrupção policial, do tráfico de drogas, das práticas ilícitas no grande escalão de empresas e na política…Tudo isso embalado pelo quê? Por uma trilha sonora inteira de Chico Buarque! E Olha que curiosidade maravilhosa: a canção tema do casal que fazíamos era “O Meu Amor”, cantada pela Tetê Espíndola, que é mãe de um dos meus maiores amigos hoje, o Dani Black. E eu nem os conhecia ainda… olha como é a vida! Até hoje sou chamado de Miguel na rua. Esse personagem que era um intelectual, professor de matemática, mas que escalava montanhas (assim como o Marcílio de Moraes, autor da novela que pratica a modalidade). Foi a primeira página de um sonho, a chance de viver desta profissão. Só tenho a agradecer ao Marcílio, Avancini e Luiz Antônio Rocha, que acreditaram que eu era capaz de encarar aquele grande desafio.
HT: Em “Escrava Mãe”, você interpreta Átila, um cara que é escritor (assim como você) e luta pelos direitos dos escravos. Gostaria que você me falasse um pouco mais dessa personagem e fizesse um contraponto onde você e ele se confundem e se diferenciam a nível de caráter.
LR: Recebi o convite do Leonardo Miranda, diretor que admiro profundamente e que junto do Ivan Zettel, diretor geral, quis muito que eu fizesse a novela. Eu não tinha mais contrato com a Record, então fechei um contrato apenas por esta obra e começamos. Eu estava em Nova Iorque, passando um mês lá estudando. Fiquei até o fim, enquanto alguns atores faziam preparação de elenco por aqui. Já cheguei direto para gravar em Paulínia, sem escala no Rio. Átila foi um desafio imenso! Estava há dois anos sem fazer novela, sem o ritmo de decorar de um dia para o outro; estava fazendo teatro, outro ritmo, outra dinâmica… A TV tem aquele ritmo mais imediato, então fiz um trabalho de diminuição profunda da expressão, baseado no livro do Harold Guskin, “Como parar de atuar”. Lembro-me do Ivan dizendo “Leia, mas com cuidado!” (risos). Comecei a pensar neste boêmio, ativista, abolicionista, poeta, professor, nesta mente inquieta e vibrante e fui a partir daí traçando as bases da composição. O medo do julgamento está se tornando uma esperança de acolhimento. Confundo-me nas suas vontades de mudanças do mundo, na sua capacidade de se deixar levar pela emoções mais genuínas e pela profunda crença no amor como força transformadora.
HT: Falando sobre cinema: no filme “Por Trás do Céu”, você interpreta um vilão, né? Como foi essa experiência? Pode nos contar um pouco sobre o enredo do filme e de sua personagem?
LR: Este texto é um sonho antigo meu como ator. Desde que o conheci, ainda como peça de teatro, e cheguei a ensaiar fazendo outro papel. Já no cinema, com roteiro e direção do Caio Sóh, ele me chamou para fazer o Patrão, o vilão do filme, a sombra na vida dos protagonistas. O filme é uma fábula sertaneja, um sopro de poesia em uma terra árida, uma chance de encontros no mais ermo dos ambientes. Aparecida (Nathália Dill) é uma personagem mítica, uma alma quixotesca pregada na cruz das perdas que possui na vida. Mas segue sonhando, e transformando sobras de coisas encontradas pelo marido no caminho da sua dor em objetos mirabolantes, dentre eles a própria casa. Patrão é um destes empregadores hierárquicos, autoritários, se valendo do poder que tem para satisfazer seus prazeres mesquinhos. É um grande personagem. Uma maravilha que o Caio, amorosamente, me ofertou. Sou muito realizado por estar neste filme e louco para saber a recepção do público nos cinemas! Estreia no início de 2017.
HT: Aproveitando o gancho, recentemente tivemos o impeachment de Dilma Rousseff e a queda do Cunha. Você acha que toda essa movimentação foi importante para país? Você é do grupo de artistas que levantam a bandeira “Fora Temer”?
LR: Acredito na democracia, mesmo sabendo que somos dominados pela falsa ilusão democrática, comandada por um grupo de alguns senhores detentores de 90% do capital planetário. E sabendo também que quem manda na roda são eles. O que muda na maioria das vezes são as figurinhas. Mas vamos ao impeachment… 54 milhões de pessoas votaram nesta candidata. Temos um processo conduzido inicialmente por um motivo (conduta fiscal imprópria) em que ela foi inocentada! E mesmo inocente foi condenada? Pelo quê? Qual crime ela cometeu? Quer dizer que se eu for acusado de um crime, o simples fato da acusação já me torna condenado? E o espaço que eu tenho por direito para me defender? Não existe? E provando que sou inocente, sou considerado culpado mesmo assim e afastado da minha atividade? Porque não se fez um plebiscito? Porque o povo não teve o direito de tirá-la? “Ah, mas o povo foi pra rua de verde e amarelo e gritou: ‘Tchau, Querida’, ‘Pretalhas’ e coisas mais”, alguns vão dizer. Mas peraí… não é democracia? Não é um regime presidencialista? Gostaria de ter tido a chance de tirá-la, mas se assim achasse por bem. E de ter votado pela saída de seu vice também, que sendo aliado político dela, deveria deixar de governar também, o que nos abriria a necessidade de eleições diretas emergenciais. Mas quem a retirou? O congresso e o senado. Ou seja… Tempos difíceis. Tempos para reler Brecht. Tempos de silêncio, mas tempos mais ainda de grito, como este que dou aqui. Então digo: Primeiramente…
HT: Já no teatro, em “Bruta Flor”, você dará vida a um rapaz que tem relações sexuais com um amigo, né? Esse assunto vem em um momento muito oportuno em que falamos sobre preconceitos e até em machismo. Como se dá essa “paixão” na peça? Está preparado para ficar nu em cena? Acredita que toda forma de amor seja justa?
LR: “Bruta Flor” me pegou em vários aspectos: no tema, na forma como a direção do Márcio Rosário pretende conduzir a narrativa, na forma como percebo o amor se manifestar nas pessoas ao redor, na falta de amor que se apresenta através de todas as formas de preconceito… E que aqui, na história, se dá internamente. Lucas, meu personagem, é muitíssimo preconceituoso. É alguém que jamais aceitaria a homossexualidade do filho, que carrega um discurso da família tradicional, dos moldes corretos para a vida em sociedade, enfim… O discurso da extrema direita conservadora. Mas veja que ironia. Ele, casado, com a mulher à espera do primeiro filho, se reencontra por acaso com um amigo da época de adolescência com quem teve uma noite de amor naquela época (bêbados?). Este reencontro traz à tona fantasmas que ele estava fazendo questão de esconder há anos dentro de si. E aí começa um árdua jornada, a da aceitação. Como se permitir nas suas pulsões mais genuínas depois de criar para si um personagem completamente avesso a tudo o que deseja? Esse é o grande desafio do Lucas, meu personagem, e de muitas pessoas. Como seguir os próprios desejos? Como deixar de lado os desejos que o mundo tem para você e assumir: eu desejo isto! Lucas está na travessia para a própria liberdade! Eu também, mas em outro sentido. Decidi me apresentar nas minhas múltiplas expressões de arte! Quero aprender cada vez mais, fazendo e errando… E expondo o erro. E me permitindo tentar de novo. Algumas coisas que já fiz como artista quero compartilhar com quem queira me ouvir. Tem sido esta força que tem me conduzido! Quanto ao nu, sim, temos nudez na peça. Mas está sendo tratado como deve: mais uma cena na peça, tão trabalhada quanto as outras. A peça é LGBT? No meu ponto de vista, não. É uma história de amores! Dos vividos e dos tantos amores proibidos espalhados por aí, que mesmo proibidos acontecem. Porque amor é a força criadora. Ele não aceita amarras! Ele varre tudo! Mas abordamos, sim, temas profundamente relevantes nestes nossos tempos. Preconceito, desejo, violência, opressão. É uma peça para falarmos do que está debaixo do tapete da sala dos senhores da moral e dos bons costumes.
HT: Me fala um pouco sobre o seu livro de poesias? O que contam as estrofes? Quando surgiu essa paixão pela escrita? Eu li também que você tem projetos de composições Gugu Peixoto e Leandro Léo. Pensa em seguir carreira na música também?
LR: Escrevo desde antes de ser ator! Escrever foi a primeira forma de eu me comunicar com os meus silêncios. “Ser poeta não é uma ambição minha… É a minha maneira de estar sozinho”, disse definitivamente o Fernando Pessoa. Estou agora na fase final da junção do material, tentando encontrar a melhor organização de temas. Quero estar com o livro lançado até o meu aniversário. É um presente que vou me dar. De aniversário e Natal. Falo de amor, de desejo, de caminhos percorridos. Vai se chamar “Poema a caminho – A jornada do verso até seu reverso”. Estou fazendo experiências na internet, através do @poetador, um perfil que criei no Instagram. Ali eu testo estéticas, tempos e sons, mas é limitado pelo imediatismo, que pede textos curtos e objetivos. Estou neste exercício lá. Mas no livro vem também coisas maiores, textos elaborados na folha, à moda antiga, na levada do Átila, de “Escrava Mãe”. Quanto a músicas, tenho amigos generosos e muito talentosos, que por puro amor musicaram coisas que escrevi (e escrevo) e que mandei pra eles, para ter a sua opinião. Mas quero cada vez mais o musical no poema. Quem sabe esse não seja o caminho de um músico nascendo aqui? Vai saber… Ainda estou muito novo na arte pra saber por quais labirintos ela ainda irá me conduzir! Que esta grande dama me permita seguir nela o meu caminho, me dedicando cada vez mais neste meu trajeto de depurar e lapidar.
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