Janis Joplin é um ícone. Reverenciada como uma rainha e referência do universo da música mundial, ela sempre é celebrada e homenageada. E foi exatamente esse amor de fãs que impulsionou para que estreasse no Centro Cultural Oi Futuro, no Rio de Janeiro, um musical só sobre ela. Idealizado e protagonizado por Carol Fazu, o espetáculo oferece uma narrativa atemporal da vida da cantora sendo ilustrado com catorze músicas clássicas de seu repertório como Cry Baby, Little Girl Blue, Kozmic Blues, Maybe, Me and Bobby McGee, Piece of my Heart, Mover Over, Mercedez Benz, Tell Mama e Try (Just a Little Bit Harder). Tudo isso acompanhado por uma banda que a ajuda a alcançar as notas mais altas. “Como convivo com a arte dela há tantos anos, o trabalho vem sendo feito há anos. Tento sentir as músicas para entender o que a letra está dizendo, para ter uma proximidade com a forma dela ver o mundo. É um caminho que vai mais pelo sentimento. A peça traz a relação com o humano, com a família, amigos, dor, sucesso, dinheiro e solidão. Mostramos a busca dela por reconhecimento e amor”, contou a atriz. A ideia é tentar trazer os sentimentos de Janis e seu som para os palcos. O ícone faleceu com apenas 27 anos por causa de uma overdose, mas teve dois discos lançados durante a carreira. Suas melodias tinham influências do blues e jazz acompanhado de uma voz marcante.
Foi o timbre da cantora que, talvez, tenha sido uma das ferramentas que fez a atriz se apaixonar pela carreira. Carol sempre quis soltar a voz para alcançar notas que só Janis conseguia. “No início, escutava os discos dela na minha casa e tentava alcançar as notas, para comparar a minha voz com a dela. Tive banda na adolescência na qual cantava as músicas da Janis, porque foi através dela que consegui entender que eu tinha uma possibilidade de cantar. O que foi algo muito parecido com o que rolou com ela. Na sua biografia, ela diz que cantarolava muito e os amigos indicaram que ela poderia ter sucesso. Cantei muito em bares e eventos a música mais conhecida dela, Me and Bobby McGee”, relembrou. Apesar da atriz não conseguir escolher apenas uma canção para ser sua favorita, afirmou que esta é uma das mais importantes, por marcar uma época de sua vida.
Apesar de todo o carinho e admiração que carrega pela cantora, o trabalho de Carol Fazu não deixou de ser sério. Para compor o personagem, ela precisou se dedicar muito, como em qualquer outro papel. “Não deixa de ser um trabalho de atriz de estudo de texto para entender como é esse ser humano que sentia e via o mundo dessa forma. Naturalmente, tenho uma leitura de como acho que ela era, mas não temos como ter certeza. Com o roteiro em mãos, busco me assemelhar ao máximo dela através dos estereótipos que tenho dessa pessoa”, complementou.
O texto foi escrito especialmente para a peça pelo autor Diogo Liberano. A encomenda foi, claramente, feita pela atriz que encontrou nele um grande parceiro que abraçou o projeto. Na dramaturgia, podemos encontrar, até mesmo, uma frase dita pela cantora. “Fizemos muitas reuniões para falar sobre o assunto, porque eu sempre quis falar sobre a vida da Janis. Levei para ele coisas que li e informações da minha vida onde senti que fui influenciada por ela. Queria que o Diogo estivesse interessado assim como eu em falar dela, para ir além de fatos e dados. Porque a essência de Janis é muito grande, sempre foi uma pessoa puro sentimento e emoção. Mas ele embarcou nessa comigo e fez um trabalho fantástico de autor de criação exclusiva dele”, informou Carol.
No entanto, a peça não tem intenção de ser um trabalho biográfico, com um compromisso de se guiar exatamente pelo o que aconteceu. “Temos algumas partes fictícias, por isso não contamos a história de forma linear. Falamos da relação dela com a família, com a cidade onde nasceu, com o sucesso e a solidão e, tudo isso, baseado em uma trilha sonora”, explicou.
Segundo ela, a escolha da equipe não poderia ser melhor para o monólogo já que o diretor Sergio Módena é seu grande aliado do projeto, ao lado da banda que a acompanha. As histórias são dançadas e cantadas dando um ritmo completamente diferente à peça. “Música e dramaturgia estão interligadas e, para mim, ambas têm uma unidade. A história é fragmentada, mas existe uma complexidade muito boa dela”, completou.
Um dos pontos mais importantes da peça é trazer toda a complexidade de Janis. A mesma é lembrada por sua atitude rebelde da geração beat, pelas emoções que experimentou e suas reflexões sobre solidão, ambição, sucesso, amor, sexo, culpa, rejeição e família. “O que ela fazia naquela época era ser verdadeira. Tudo que dizia era parte de sua realidade que não conseguia ver de outra forma. Ela teve a coragem de viver, porque nunca mentiu para si mesma. O que queria era poder se expressar como mulher, artista e sexualmente. Acho isso muito importe para o público, pois devemos respeitar nossas vontades e lutar por elas, independente da época”, vangloriou a atriz.
Para ela, não é necessário que exista uma Janis que conteste a vida, mesmo com o mundo turbulento que temos atualmente. Se todos expuserem sua opinião, já estaria de bom tamanho. “Temos várias pessoas hoje se expressando de acordo com seus pensamentos. Com isso, geram as mudanças que querem. O importante é fazer com que as coisas tenham um sentido. O ícone do momento, talvez, seja a união dos povos”, sugeriu.
Filme
As aventuras de Ozzy – Ozzy é um Beagle que mora com a família Martins, porém é deixando em um spa para cachorros quando seus donos viajam. No entanto, o local é uma forma do administrador raptar os cachorros. Para voltar para casa, ele precisa se livrar da prisão ao lado dos amigos.
Mulher-Maravilha – Diana Prince (Gal Gadot) foi treinada para ser uma guerreira mas nunca saiu da ilha onde nasceu e foi criada. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) cai numa praia do local, ela descobre que há uma guerra fora do local onde vive e decide sair de suas origens para lutar pelo bem e, com isso, descobre sua verdadeira missão.
Amor.com – O filme finalmente entrou no circuito nacional. Katrina (Isis Valverde) é uma blogueira de moda e se apaixona pelo produtor de conteúdo nerd para a internet Fernando (Gil Coelho). O romance vira uma febre on-line, o que dificulta o relacionamento dos dois.
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Teatro
O maravilhoso Marcus Majella está de volta aos palcos com a peça “Desesperados”, estrelada por ele, Pablo Sanábio e Pedroca Monteiro, que estreia nesta sexta-feira, no teatro Oi Casa Grande, no Leblon. A peça gira em torno de três personagens principais: Bia, Marcondes e Ricardo, todos sofrem de solidão e carência. De tão problemáticos que são, cada situação vivida se torna, claro, uma comédia. Ao todo, o trio interpreta mais de 40 personagens que se esbarram e ganham vida em diferentes situações na mesma história. A peça ficará em cartaz no teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, até o dia 9 de julho, com apresentações às sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h. Com longa trajetória no gênero, os três artistas garantem como resultado final uma apresentação para lá de engraçada com direção do mestre João Fonseca.
Controle Remoto – Dirigido por Luis Lobianco, o show reúne várias drag queens cariocas famosas buscando garantir seu espaço na TV, em uma disputa pelo controle remoto. Karina Karão, Suzy Brasil, Samara Rios e Desiree passam o dia vendo televisão e fofocando sobre a vida. Tudo isso nesta terça, no Teatro Rival Petrobras E Rivalzinho.
Brimas – A comédia, que foi indicada ao Prêmio Shell por melhor texto, reestreia no Teatro Candido Mendes dia 2 de junho, 20h. A produção fala sobre um dos temas mais explorados no momento: os imigrantes. Na história, duas mulheres vindas do Egito e do Líbano para o Brasil, no início do século XX. O texto são das atrizes que interpretam as próprias refugiadas, Beth Zalcman e Simone Kalil.
Yank! – O Musical – Estreando quinta, dia 8, no teatro Serrador do Rio de Janeiro, o espetáculo conta a história de um correspondente de guerra, interpretado por Hugo Bonemer, que acaba se apaixonando por um soldado durante a 2ª Guerra Mundial. A produção faz parte do Off-Broadway, de autoria de Joseph e David Zellnik, e será a primeira vez que a peça é traduzida para outra língua.
Eventos
10.000 MANIACS – O grupo americano lança novo disco Playing Favorites, com direito a passagem pelo Brasil. Serão exibidos mais de quatorze clássicos do grupo no Vivo Rio, nesta sexta. A banda é muito influente no mercado de música pop e está em uma turnê pelo mundo. O show acontecerá também em São Paulo e Porto Alegre, com distribuição da Top Cat Series.
Vinhos de Portugal no Rio de Janeiro – Mais de 70 produtores se reúnem no Casa Shopping, na Barra da Tijuca, para oferecer provas e degustações no Mercado de Vinhos. O evento acontecerá de sexta a domingo até as 22 horas. Além dos vinhos, há uma área de convivência, loja de doces, lounges, loja de vinhos, entre outras comodidades.
Festival Experia – Reúne grandes nomes da música independente na Caixa Cultural Do Rio De Janeiro. De 02 a 11 de junho, shows de sexta a domingo prestigiam a Posada e o Clã, Mariana Aydar, Lirinha, Juçara Marçal, Gui Amabis, Siba, Juliana Perdigão, Lucas Santtana, Mihay, Anelis Assumpção, Duda Brack e Otto. Depois do sucesso de Brasília, o festival de música independente promete conquistar os cariocas.
Pedro Miranda apresenta ‘Samba Original’- Nesta sexta, no Teatro Rival Petrobras E Rivalzinho, o cantor Pedro Miranda lança seu novo álbum mostrando um pouco do que podemos esperar da nova geração do samba. Unindo seus antigos CDs com este, o show será acompanhado de uma grande equipe de som como Luís Filipe de Lima, Alex Caldi, Luís Barcelos, Alberto Continentino, Domenico Lancellotti e Beto Cazes.
Feira Multicultural do Rival – Neste sábado, no Teatro Rival Petrobras E Rivalzinho, o evento alternativo traz o trabalho de novos artistas, de diversas áreas da economia criativa ao lado de vário produtos de moda, arte, design, artistas de rua, shows, djs, decoração, food trucks, economia criativa.
Papagaio Sabido – O grupo lança seu álbum ‘Revoada’ que reúne grandes ritmos brasileiros como samba, chorinho e MPB. Desde 2013, a banda formada por Alan de Deus, Diego Moreira, Guilherme Pimenta, Pedro Santos e Thiago Gama, reinventa as rodas de samba com uma mescla de cavaquinho, bandolim, violino e vocais refinadíssimos. Ano passado, o conjunto criou seu primeiro EP “Curupaco” e, agora, chegou o momento de mostrarem seu disco no Teatro Rival Petrobras E Rivalzinho, nesta quarta-feira.
Projeto Gigantes da Vila – Nesta sexta-feira, na quadra da Vila Isabel, chega a primeira edição do evento que reúne grandes nomes do pagode como Belo, Dilsinho e o grupo Imagina Samba. Entre os intervalos, alguns djs vão animar a casa com vários hits.
Budweiser Basement – Nesta quinta-feira, o projeto de uma das cervejarias mais famosas do mundo chegou ao Rio de Janeiro para oferecer experiências para quem gosta de cerveja, esportes internacionais e night life. Nesta primeira semana, a programação consiste em noites de UFC e NBA. Além de festas com Madureira Disco Clube, Puff Puff Bass, Just Follow, Kode e Magma e de hip hop Duto durante todo o fim de semana.
Leblon Gastronômico – Neste sábado e domingo, a Praça do Batalhão Leblon, na Bartolomeu Mitre, será palco de um evento que reúne gastronomia, música e cervejarias artesanais. Idealizado pela Fala Entretenimento, a festa no sábado receberá show de Be Ritto, com muito pop e sertanejo. Já no domingo, as crianças vão poder assistir um teatro de bonecos Papa Vento e, um pouco mais tarde, o Trio Ventura vai comemorar a chegada do mês de Junho para uma tradicional festa junina.
Pique Nique no Downtown – Alimentos orgânicos e veganos fazem parte da feira de alimentação saudável que vai acontecer neste sábado e domingo no shopping da Barra. O evento é organizado pela agência Buzzinae que promete trazer música, arte, esporte e diversão em um só lugar. O objetivo da Pique Nique é desmistificar o conceito de “alimentação saudável”, que não precisa ser cara e pode sim, ser prática e gostosa.
Lançamento do disco de Débora Watts – O espaço Semente recebe o lançamento do primeiro disco autoral da cantora ‘Um samba ao contrário’ que acontecerá no dia 6 de junho. A trilha traz uma mistura de samba, maxixe e bolero. Ela mora nos Estados Unidos desde 93 e, por isso, já se apresentou no Brooklyn Museum e o Flushing Town Hall.
Paellero – Projeto do chef Giancarlo Junyent que participa do quadro ‘Fecha a Conta Massas’, na Ana Maria Braga, propõe paella a 6 mãos no Pesqueiro, na Praia da Reserva. Neste domingo, Giancarlo juntamente com o chef Rodrigo Mendes e chef Monique Gabiatti, dona do local onde o evento acontece. Começando as 11h, a galera será embalada pela trilha sonora dos DJ’s Dukka Calliery, Luis Schmeisser e Eduardo Bonitz.
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