Tenho pontuado que cada vez mais a Indústria Têxtil parte para novas abordagens high tech. Ações que preconizam o conceito de Indústria 4.0 e em sinergia com os avanços na indústria química. E temos visto empresas trabalharem com ciência de materiais, ciência de dados ou nanotecnologia (área que desenvolve e utiliza materiais em escala nanométrica), em um viés de pensar também no processo sustentável para cada objetivo de produção. Venho aqui falar sobre a possibilidade de você mergulhar em novas experiências nesse admirável mundo – que já é uma realidade e onde a tecnologia está em alta potência. Será essencial para o seu presente, futuro e a inserção em um mercado altamente qualificado. O SENAI CETIQT, maior centro latino-americano de produção de conhecimento aplicado à cadeia produtiva têxtil, de confecção e química, e referência em tecnologia, consultoria e formação de profissionais qualificados para a Quarta Revolução Industrial, oferece cursos de pós-graduação em Moda 4.0 e de Tecnologia de Materiais para Têxteis Técnicos, além da pós em Gestão e Planejamento em Modelagem: Moda Praia e Esportiva.
Em 2020, o activewear foi o segmento de mercado com a maior rentabilidade. Em plena pandemia e com as pessoas no isolamento social, em casa, foi essencial a prática de exercícios. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), para este ano é esperado um crescimento de 10,4% na produção de vestiário esportivo, podendo chegar a 5,5 bilhões de peças com uma receita de cerca de R$ 141 bilhões. Pensando em crescimento do setor, a moda fitness representa 20% do mercado de vestuários e a promessa é um aumento muito grande na produção até 2025.
Na moda já podemos consumir a linha dos wearables, dos têxteis inteligentes vestíveis, que possam monitorar os batimentos cardíacos do usuário desse material têxtil, por exemplo. Mais? Roupas com controle de temperatura, com encapsulamento de cosméticos, na qual é possível colocar aloe vera em uma blusa e ela vai tratar a sua pele, além de têxteis com bioestimulação (proporcionando melhora na circulação, produção de colágeno e redução de dores musculares), auto-limpantes, anti-transpirantes e com propriedades de proteção contra a radiação UV + com tecnologia de materiais frescos, requisitadas em regiões que recebem temperaturas mais altas.
Hoje em dia, as roupas para a prática de esportes devem estar aliadas ao conforto, versatilidade e proteção de quem a está vestindo. “Além da beleza que as roupas esportivas oferecem, com cores vibrantes e modelos modernos, é necessário que ela também apresente formato e tecnologia que permitam a boa performance de movimentos, além da proteção contra raios solares e, hoje mais do que nunca, vírus e bactérias”, diz Ana Claudia Lopes, Coordenadora Acadêmica do Curso de Design do SENAI CETIQT.
No mercado já estão presentes tecidos tecnológicos que inibem o suor, previnem a celulite e que sustentam a musculaturas através da compressão. “Os desenvolvimentos em roupas esportivas permitem oferecer um conforto termofisiológico, ou seja, atuam como reguladores da temperatura corporal e permitem a liberação do suor no ambiente, sem deixar o atleta “encharcado”. O contrário também é válido, manter o corpo aquecido quando se trata de esportes em que há exposição à baixas temperaturas.”, comenta Camilla Borelli, especialista do SENAI CETIQT.
É vital ressaltar a forma high tech de funcionalização de tecidos e a importante mudança na fabricação de têxteis aliada à nanotecnologia. Em síntese, o uso da nanotecnologia permite potencializar o desenvolvimento de têxteis multifuncionais e com alto desempenho. O céu é o limite para os tecidos inteligentes. Em sua quarta edição de 2021, online e gratuita, a ‘Revista Design, Inovação e Gestão Estratégica’ (‘REDIGE’) publica artigo sobre a aplicação de Materiais de Mudança de Fase (PCMs) em roupas que têm a funcionalidade de proteger seus usuários do calor e do frio. Há uma grande análise sobre são PCMs. Como podemos defini-los? Uma forma de começar a entendê-los é enxergá-los como termostatos microscópicos. São materiais que, ao serem incorporados aos tecidos, aumentam o efeito de frescor ou aquecimento. Este fenômeno é baseado na troca de fase dos materiais. Sua capacidade de gerenciamento do calor e do frio se deve ao poder de armazenar e liberar energia térmica.
O artigo nos mostra que “quando a temperatura ambiente diminui, os PCMs se solidificam e liberam quantidades de energia sob a forma de calor latente; ou seja, a mudança do estado líquido para o sólido aquece o corpo humano; inversamente, quando a temperatura aumenta, o material se funde e a mesma quantidade de energia é absorvida do ambiente. Esta mudança do estado sólido para o líquido quebra as ligações responsáveis pela estrutura sólida e a temperatura corporal tende a permanecer constante até a mudança completa de fase de líquido para sólido novamente”. São esses processos que fazem com que a temperatura do corpo permaneça constante, sem grandes trocas entre o ambiente e o corpo humano.
Um dos efeitos interessantes – e agradáveis – da aplicação de PCMs em uma roupa é no setor fitness. Quando o treino é muito intenso, os PCMs armazenam calor para o período de repouso. A sensação de frescor pós-exercício é gerada pelo suor em combinação com a circulação de ar. Já em um ambiente frio, eles mantêm o calor corporal, pois não estamos mais em movimento.
O nosso Brasil de tamanho continental, o quinto maior, ocupando uma área de 8.547.403 km² e com 212 milhões de habitantes tem um dos litorais mais lindos do mundo e repleto de diversidade de climas e culturas. Mesmo com o cenário da pandemia no mundo que atinge o nosso país, a moda-praia e fitness ainda é um nicho de mercado crescente. Entre os indicativos da produção têxtil nacional apresentados pela Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), esse setor consome cerca de US$ 1,9 bilhão por ano no mercado interno e, entre tecidos naturais e sintéticos são gastos mais de 1,5 milhão de toneladas. O Brasil é referência mundial em design de moda praia, jeanswear e homewear, tendo crescido também os segmentos de fitness e lingerie. É o segundo maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos e bebidas (juntos). Mesmo com medidas de isolamento social em função do novo coronavírus, o brasileiro não abre mão e usar em áreas abertas a moda-praia e fitness. Portanto, está a um clique de sua mão se inscrever na Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Planejamento de Modelagem: Moda Praia e Esportiva.
As Metodologias Ativas de Aprendizagem, de acordo com o SENAI CETIQT, que desenvolve uma importante política educacional para atender à demanda dos alunos e a sinergia com o mercado de trabalho, coloca o aluno como centro e responsável pela construção do seu conhecimento. As aulas são colaborativas e os participantes estimulados a compartilhar conhecimentos e experiências adquiridas através da mediação de um tutor ou convidados especiais. No decorrer do curso, os conteúdos adquiridos serão discutidos e aplicados na construção de projetos de gestão e desenvolvimento de modelagem de moda praia e esportiva.
A pós-graduação em Gestão e Planejamento em Modelagem: Moda Praia e Esportiva tem como foco a modelagem para que os produtos tenham vestibilidade em diversos tipos de corpos – incluindo o plus size. O aluno aprende a modelar também nos softwares da Audaces e Lectra (e ganham 8 meses de licença gratuita), o que é um passo para a digitalização da produção.
A Quarta Revolução Industrial é o tão aguardado momento de convergência em que as máquinas não apenas levantam dados, mas passam a tomar decisões através de sistemas computacionais em conexão com profissionais, proporcionando que empresas melhorem processos, alavancando negócios. Nesse contexto, empresários e executivos do setor têxtil e de confecção compartilharam ideias, conhecimentos, informações e, hoje, são capazes de elaborar projetos de implantação da Confecção 4.0, gerando processos industriais mais eficientes, produtivos e sustentáveis.
Na pós-graduação em Moda 4.0, os alunos contam com tutores e convidados especiais, que ajudarão na construção de produtos de moda personalizados, sustentáveis e produzidos de forma ágil e enxuta. Os conceitos de inovação e tecnologia permeiam todo o curso, que utilizará a gamificação como estratégia lúdica de aprendizagem. O objetivo é desenvolver a mentalidade startup para aplicabilidade na indústria, de forma a desenvolver produtos de moda de forma mais enxuta e ágil. Os alunos ainda passarão por desafios, tarefas, e acessarão biblioteca exclusiva e videoaulas.
“A Faculdade SENAI CETIQT, referência em educação para a 4ª Revolução Industrial, através da pós-graduação em Moda 4.0, formará profissionais capazes de compreender a moda de forma disruptiva, provocando uma mudança na forma de conceber produtos de moda. O foco é mudar o mindset de todos os profissionais da área de moda, da criatividade até a produção final”, disse, recentemente ao site, o especialista Akihito Hira.
Ele apontou a importância de falar sobre a moda 4.0 em um avançado estágio de evolução tecnológica. Segundo ele, a possibilidade de automação, personalização e customização dos produtos são as principais características dessa nova revolução: “É uma pós-graduação destinada mais para o público dos criativos. Designers de moda, designers de produto, designers de estampa. Mas é adequada também aos profissionais da área de gestão, gestão de produto e produtos de moda também podem fazer essa pós-graduação. A intenção é ter um público completamente democrático”.
E complementou frisando o caráter multidisciplinar que as profissões terão em paralelo com o avanço da inteligência artificial. Dessa forma, a coleta de dados referentes aos consumidores, permitirá que a marca trabalhe em uma coleção específica pautada nos seus gostos e desejos: “Um personal shopper, um personal stylist. De repente, pode ser tudo robotizado por meio de inteligência artificial. A gente entende muito da questão de colorimetria, por exemplo. A gente estuda cor de olhos, cor de cabelos e tom de pele para saber qual é a cor mais adequada para você. E, dependendo do seu biótipo, qual a forma mais adequada em termos de roupa. Acho que isso a gente consegue também programar, criar por meio de algoritmos uma inteligência artificial que possa sugerir a você que aquele tipo de roupa que você escolheu não vai te favorecer”.
Akihito Hira finalizou opinando sobre o futuro da moda e as transformações que a inovação 4.0 vem trazendo. Segundo o curador da pós-graduação em “Moda 4.0”, as máquinas irão trabalhar em cooperação com os seres humanos. Embora a automação seja uma realidade, as importantes decisões tomadas dentro da cadeia produtiva ainda serão viabilizadas por profissionais qualificados. Essa característica já pode ser testemunhada na alfaiataria, por exemplo, onde a tecnologia acelera os processos sem deixar de lado a personalização dos produtos. “Se a gente pensar a alfaiataria como um negócio de personalização, a indústria 4.0 vai vir com os processos de tecnologia e de automação para acelerar o seu desenvolvimento, mas de uma maneira customizada. Hoje, um alfaiate que levaria 30, 60 ou até 90 dias para fazer um blazer, pode, com a indústria 4.0, entregar em um prazo máximo de uma semana”.
Já no curso de Tecnologia de Materiais para Têxteis Técnicos, o aluno encontrará espaço para atuação em empresas de micro, pequeno, médio e grande porte; laboratórios de pesquisa, desenvolvimento e apoio à produção e prestação de serviços; linhas de produção de têxteis técnicos; vendas técnicas, suporte e assistência técnica; instituições de ensino. Assim, o futuro profissional deverá se tornar capaz de prospectar desenvolvimento de produtos inovadores, elaborar projeto de inovação, criar, validar e escalonar protótipo.
Empregando a metodologia SENAI de educação profissional, o curso promove o desenvolvimento de competências, aliando teoria e prática em uma estrutura curricular com conteúdo formativo transdisciplinar. Como diferenciais, o curso oferece sessões de consultoria sobre inovação com especialistas do setor, network com profissionais de diferentes empresas e encontros presenciais com sessões de coaching e mentoria para desenvolvimento de projetos.
“O SENAI CETIQT, um centro de excelência no setor têxtil, têm forte contribuição na inovação nesse mercado, por cumprir sua missão de apoiar a indústria nacional. Por meio das atividades de formação de talentos, desenvolvimento de P&D e implantação de novas tecnologias, explora os temas na fronteira do conhecimento e conduz as empresas nessa expansão”, afirma Camilla Borelli.
Todos os cursos são em formato EAD e mais informações podem ser encontradas no site www.senaicetiqt.com
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