*Por Simone Gondim
A pandemia da Covid-19 mexeu com a rotina do mundo inteiro. Por causa do isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a propagação do coronavírus, os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais foram obrigados a fechar as portas por tempo indeterminado. Com isso, muita gente precisou se reinventar, a fim de manter seus negócios funcionando dentro dessa nova realidade. A empresária Ana Júlia Ferreira, da Parafernália, não teve dúvida: incluiu à produção dos charmosíssimos artigos totalmente autorais em tecido, como bolsas, chaveiros, e capas de notebook e celular, a confecção de máscaras reutilizáveis igualmente encantadoras para homens, mulheres, adolescentes e bebês, marcadores de livros para a gente mergulhar na leitura, porta frascos para álcool em gel 70%, capas para canudos individuais. Os modelos seguem rigorosamente as especificações de um conjunto de informações sobre a confecção de máscara de proteção alternativa para a população que estão nos manuais técnicos elaborados pelo SENAI CETIQT, a partir de recomendações do Ministério da Saúde.
O uso de máscaras caseiras passa a ser um fenômeno internacional no enfrentamento do COVID-19 visando minimizar o aumento de casos. As pesquisas têm apontado que a sua utilização impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras caseiras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
“Uma cliente da Parafernália pediu, fiz o molde e mandei foto para ela. A partir daí, a divulgação aconteceu na base do boca a boca. É uma demanda gigantesca, faço de 60 a 80 peças por dia e estou enviando para o Brasil de Norte a Sul”, conta a empresária.
As máscaras de tecido, que já estavam em alta por serem uma barreira física e medida de prevenção contra o coronavírus, se tornaram item indispensável no Rio de Janeiro e em Niterói, depois que os prefeitos de ambas as cidades decretaram que era proibido circular pelas ruas sem máscara. Trabalhando com a ajuda da família, Ana Júlia está há quase um mês em função das encomendas recebidas via WhatsApp e Direct no Instagram @parafernaliaaj. “As peças, feitas em tecido duplo 100% algodão, são dupla face. De um lado, a estampa principal. Do outro, poá. Assim, não dá para enjoar”, diz ela.
Assim como os acessórios que, há seis anos, começaram fazendo sucesso na Babilônia Feira Hype, case de sucesso organizado há décadas por Robert Guimarães e Fernando Molinari ao descobrir novos talentos, as máscaras de pano produzidas por Ana Júlia atraem quem procura personalidade, identidade e alto astral. “A Parafernália nunca teve aqueles tecidos mais basiquinhos. Nossas peças chamam a atenção pelas estampas e cores. Com as máscaras é a mesma tônica”, explica a empresária.
Ana Júlia ressalta a importância de seguir as recomendações das autoridades de saúde para a higienização das máscaras, mas frisa que as peças da Parafernália não devem ficar de molho em água sanitária, porque podem desbotar ou manchar. “Após o uso, que não pode ultrapassar duas horas, lave a máscara imediatamente com sabão neutro, em barra ou em pó. Depois que secar, ela está pronta para ser reutilizada”, ensina.
Em média, cada cliente compra máscaras para uso próprio e dos familiares que moram na mesma casa. Segundo Ana Júlia, o pedido mínimo tem sido de duas máscaras por pessoa, mas há encomendas maiores. “Percebo que as pessoas estão muito conscientes. Uma cliente levou 30 peças, a fim de distribuir entre os parentes”, observa a empresária. “Recebo encomendas para modelagem feminina, masculina e infantil”, reafirma.
Com o auxílio do marido, Egidio, e da filha, Julia, a empresária pede a compreensão de quem entrar em contato com a Parafernália. “Respondo o mais rápido possível. Apesar da demanda alta, quase sempre consigo seguir o cronograma de entrega”, garante. E Ana Júlia ainda preparou uma promoção especial: clientes que comprarem máscaras ou outra peça, de 1º de abril até o fim do período de isolamento social, terão desconto que será válido até 30 dias depois da reabertura das lojas físicas.
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