Reinvenção em meio à pandemia: empresária Ana Júlia Ferreira adapta sua label Parafernália e produz máscaras de tecido


Os modelos seguem rigorosamente as especificações de um conjunto de informações sobre a confecção de máscara de proteção alternativa para a população que estão nos manuais técnicos elaborados pelo SENAI CETIQT, a partir de recomendações do Ministério da Saúde. O uso de máscaras caseiras passa a ser um fenômeno internacional no enfrentamento do COVID-19 visando minimizar o aumento de casos. As pesquisas têm apontado que a sua utilização impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Vem conferir os modelos lindos!!!

Estampas que fogem do lugar-comum são a identidade da Parafernália (Foto: Reprodução Instagram)

*Por Simone Gondim

A pandemia da Covid-19 mexeu com a rotina do mundo inteiro. Por causa do isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a propagação do coronavírus, os estabelecimentos comerciais considerados não essenciais foram obrigados a fechar as portas por tempo indeterminado. Com isso, muita gente precisou se reinventar, a fim de manter seus negócios funcionando dentro dessa nova realidade. A empresária Ana Júlia Ferreira, da Parafernália, não teve dúvida: incluiu à  produção dos charmosíssimos artigos totalmente autorais em tecido, como bolsas, chaveiros,  e capas de notebook e celular, a confecção de máscaras reutilizáveis igualmente encantadoras para homens, mulheres, adolescentes e bebês, marcadores de livros para a gente mergulhar na leitura, porta frascos para álcool em gel 70%, capas para canudos individuais. Os modelos seguem rigorosamente as especificações de um conjunto de informações sobre a confecção de máscara de proteção alternativa para a população que estão nos manuais técnicos elaborados pelo SENAI CETIQT, a partir de recomendações do Ministério da Saúde.

O uso de máscaras caseiras passa a ser um fenômeno internacional no enfrentamento do COVID-19 visando minimizar o aumento de casos. As pesquisas têm apontado que a sua utilização impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que vem auxiliando na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Nesse sentido, sugere-se que a população possa produzir as suas próprias máscaras caseiras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

“Uma cliente da Parafernália pediu, fiz o molde e mandei foto para ela. A partir daí, a divulgação aconteceu na base do boca a boca. É uma demanda gigantesca, faço de 60 a 80 peças por dia e estou enviando para o Brasil de Norte a Sul”, conta a empresária.

Ana Júlia e suas criações com um handmade que conquista a todos também participa das edições da Babilônia Feira Hype, que teve a edição de março adiada (Foto: Álbum Pessoal)

As máscaras de tecido, que já estavam em alta por serem uma barreira física e medida de prevenção contra o coronavírus, se tornaram item indispensável no Rio de Janeiro e em Niterói, depois que os prefeitos de ambas as cidades decretaram que era proibido circular pelas ruas sem máscara. Trabalhando com a ajuda da família, Ana Júlia está há quase um mês em função das encomendas recebidas via WhatsApp e Direct no Instagram @parafernaliaaj. “As peças, feitas em tecido duplo 100% algodão, são dupla face. De um lado, a estampa principal. Do outro, poá. Assim, não dá para enjoar”, diz ela.

Tecidos charmosos se transformam em máscaras pelas mãos de Ana Júlia Ferreira (Foto: Reprodução Instagram)

Assim como os acessórios que, há seis anos, começaram fazendo sucesso na Babilônia Feira Hype, case de sucesso organizado há décadas por Robert Guimarães e Fernando Molinari ao descobrir novos talentos, as máscaras de pano produzidas por Ana Júlia atraem quem procura personalidade, identidade e alto astral. “A Parafernália nunca teve aqueles tecidos mais basiquinhos. Nossas peças chamam a atenção pelas estampas e cores. Com as máscaras é a mesma tônica”, explica a empresária.

Estampas com olho grego, fitinhas do Bonfim e mini Frida Kahlo

Ana Júlia ressalta a importância de seguir as recomendações das autoridades de saúde para a higienização das máscaras, mas frisa que as peças da Parafernália não devem ficar de molho em água sanitária, porque podem desbotar ou manchar. “Após o uso, que não pode ultrapassar duas horas, lave a máscara imediatamente com sabão neutro, em barra ou em pó. Depois que secar, ela está pronta para ser reutilizada”, ensina.

Estampas que fogem do lugar-comum são a marca da Parafernália (Foto: Reprodução Instagram)

Em média, cada cliente compra máscaras para uso próprio e dos familiares que moram na mesma casa. Segundo Ana Júlia, o pedido mínimo tem sido de duas máscaras por pessoa, mas há encomendas maiores. “Percebo que as pessoas estão muito conscientes. Uma cliente levou 30 peças, a fim de distribuir entre os parentes”, observa a empresária. “Recebo encomendas para modelagem feminina, masculina e infantil”, reafirma.

O universo masculino em máscaras divertidas

Com o auxílio do marido, Egidio, e da filha, Julia, a empresária pede a compreensão de quem entrar em contato com a Parafernália. “Respondo o mais rápido possível. Apesar da demanda alta, quase sempre consigo seguir o cronograma de entrega”, garante. E Ana Júlia ainda preparou uma promoção especial: clientes que comprarem máscaras ou outra peça, de 1º de abril até o fim do período de isolamento social, terão desconto que será válido até 30 dias depois da reabertura das lojas físicas.