Novas oportunidades de formação para quem gosta do universo de moda e design surgem nesse segundo semestre de 2015 no Rio de Janeiro. A Escola Brasileira de Joalheria inaugura uma nova oficina enquanto a universidade Cândido Mendes cria sua Escola de Design, ambas em Ipanema. A Escola de Design entra em atividade contando com um núcleo desenvolvido especialmente para promover a integração entre os alunos dos cursos de Desenho Industrial, Design de Interiores e Design de Moda. De acordo com a universidade, a Escola não tem o objetivo de unificar os cursos, que, embora já tenham matérias comuns, principalmente instrumentais, como História da Arte, História do Design, História do Design Brasileiro, Desenho de Observação, Desenho Técnico e Ecologia e Design, seguem separados.
A ideia, de acordo com a coordenadora do Núcleo Comum, Simone Figueiredo, é aumentar a troca de experiências e vivência entre os alunos dos três cursos e ampliar seus horizontes junto aos professores de todas as áreas. “É interessante para o aluno estar em uma sala com colegas de interesses distintos. Amplia a visão do design como um todo, dá noções das outras áreas, o aluno se envolve em um outro universo, há uma troca muito rica. Para o professor também é muito frutífero já que ele pode, ao apresentar determinado conteúdo, dar exemplos e pincelar suas aulas com aspectos do desenho industrial, de moda e de interiores”, explica. A universidade sempre teve a integração das artes como um dos seus valores principais. Em 1970, ao criar o Centro Cultural Cândido Mendes, se tornou ponto de referência da cultura carioca e foi pioneira de uma série de iniciativas nas áreas de teatro, artes, poesia, cinema e vídeo. Atualmente, com a Escola de Design, tem o objetivo de integrar ainda mais os profissionais dessa área.
Já a Escola Brasileira de Joalheria é focada apenas no ramo de joias, que vão desde a liga de metal à venda. A EBJ já está em funcionamento desde o começo de julho, inaugurada por Livi Pires, que tem 13 anos de experiência em empresas como H. Stern e Amsterdam Sauer, e Luana Moss, formada pela Central San Martin, em Londres. Ambas são ourives e desenhistas industriais e contam que a Escola foi projetada com o intuito de incentivar a joalheria artesanal. “Ensinaremos ao aluno todo procedimento para fabricação de suas joias, que, através de uma base forte de ensinamento, vai aprender desde criação das coleções ao posicionamento de sua marca, passando por embalagens, logo, carimbo para suas peças, sites e lojas virtuais”, explicou Livi Pires. A ourives, que vende suas peças em um e-commerce, ainda tem um blog, aonde fala sobre a história da joalheria e divide um pouco do processo de fabricação, pesquisas e desenvolvimento na área.
A EBJ funciona de segunda a sábado e conta com cursos e workshops como Ourivesaria Básica e Avançada, Cera, Fundição, Cravação, Fotografia e Desenhos em Joias. A ideia é ensinar ao aluno a confeccionar peças e também prepará-lo para abrir o próprio negócio. “Juntas vamos ajudar o aluno com todo suporte técnico necessário pra produção de seus projetos, assim como incentivá-los a participarem de eventos do setor, como o Joialerismo Expo, organizado por nós duas para fomentar a joalheria no Rio de Janeiro”, diz Luana Moss. O Joialerismo Expo é um evento criado para que os pequenos designers de joias da cidade possam apresentar seu trabalho ao público. O evento acontecerá duas vezes por ano e contará com uma estrutura completa, ambientes com tecnologia avançada e um ourives disponível para consultas e pequenos reparos. Os 23 profissionais selecionados trabalham com ouro e prata e apresentam um produto autoral. O projeto serve como impulso para que mais pessoas cresçam no ramo. A primeira edição ocorreu em maio, no Jardim Botânico e a segunda já tem data marcada: 28 de novembro e promete colocar alunos da EBJ em contato direto com o mercado.
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