*Por Jeff Lessa
Os 44 anos, completados em julho, ainda não trouxeram maturidade para Curtis James Jackson III, nome artístico do rapper, ator, diretor, roteirista e empresário americano 50 Cent. Na semana passada, o músico fez questão de chamar o cantor de rythm & blues Tank de gay em seu Instagram. Por quê? Porque Tank disse, numa entrevista, que o fato de um homem transar com outro homem não faz de nenhum dos dois gay. (Na verdade ele foi um pouco mais específico e falou sobre sexo oral: “Isso significa apenas que ele fez sexo oral. A arte de ser gay é ser gay”, afirmou Tank, seja lá o que isso queira dizer…).
A observação causou alvoroço entre os fãs do músico, é claro. Como era de se prever, muitos ficaram decepcionados com o astro. Mas a declaração também gerou diálogos bastante interessantes e úteis a respeito de bi-curiosidade e fluidez sexual. Bom, o debate ia razoavelmente bem até 50 Cent resolver participar.
O o rapper, que não perde a oportunidade de “xingar” seus colegas do showbiz de homossexuais, publicou em seu Instagram uma foto de Tank usando um casaco cor de rosa do Orgulho LGBTQ com a seguinte legenda: “Ei, meu camarada Suga Tank disse que você não é gay se faz sexo oral em outro cara (emogi de berinjela) uma ou duas vezes. Que ***** é essa?”. O post recebeu 155 mil likes. Quando um usuário do Insta perguntou ao rapper se ele tinha alguma coisa contra gays, ele respondeu “Não, só estou dizendo que nenhum homem hétero diria uma ***** dessas. LOL.”
Tank, apoiador de longa data da comunidade LGBTQ, aproveitou a confusão para promover seu novo álbum, comentando em cima do post de 50 Cent: “Não deixe de comprar meu álbum de R&B ‘Elevation’, número 1 do mundo! @50 Cent, se ouvir meu álbum, você não vai precisar comprar ****** para transar. Deixe eu ajudar você.” É óbvio que essa não foi a primeira vez que alguém insinuou que 50 Cent seria gay. Ele ficou extremamente irritado com isso e publicou mais observações nas redes sociais.
No ano passado, 50 Cent atacou o rapper Young Buck, chamando-o de gay e confundindo, de propósito, o gênero da mulher com quem Buck estava saindo na época. Em 2015, o rapper reclamou que a série “Empire”, sobre uma gravadora de hip hop conhecida por ser inclusiva na questão LGBTQ, mostrava “muitas coisas extra-gays”. Em 2014, ele sugeriu que Diddy, rapper, ator e produtor musical americano; Rick Ross, trapper (subgênero do rap) também conhecido como Officer Ricky; e Steve Stout, executivo de gravadora, estariam num ménage à trois.
Um tuíte de 2010 ainda está no ar, com os seguintes dizeres: “Se você é homem, tem mais de 25 anos e nunca transou com mulher, mate-se, caramba. O mundo será um lugar melhor. LOL.” (Suavizamos bastante o linguajar para tornar a mensagem publicável…)
A treta mais antiga e “importante” de 50 Cent, porém, não tem nada a ver com a sexualidade alheia. Em seu single de 1999, “How to Rob”, ele já atacava nomes como Jay-Z, Ma $ e DMX. O single “Holla Holla”, do álbum de estreia de Ja Rule, “Venni Vetti Vecci”, já ganhara o disco de platina. Em algum momento, os dois bateram de frente e a briga que se seguiu foi feia. Acontece até hoje.
Para se ter uma ideia, em 2000, 50 Cent deu um soco em Ja Rule durante uma discussão. A resposta veio na forma de uma facada. No mesmo ano, 50 Cent foi atacado por um membro da equipe de Ja Rule, mas saiu ileso, com ferimentos leves. Em meio a esses incidentes, rolaram várias músicas atacando um lado e outro. No ano passado, 50 comprou US$ 3 mil em ingressos para um show do rival. O motivo? Deixar nada menos que 200 lugares vazios. A foto de 50 Cent sentado no meio dos lugares vazios fez um tremendo sucesso e viralizou. Qual será o próximo lance dessa briga?
Ja Rule já declarou que 50 Cent venceu.
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