*Por Jeff Lessa
Quem tem mais de 40 anos certamente se lembra da atriz Lucille Ball, estrela de séries como “I Love Lucy” (1951-1957) e “The Lucy Show” (1962-1968), exibidas e reprisadas na TV brasileira desde os anos 1960 (a última vez em 2015, no SBT).
Na TV, Lucille interpretava uma mulher típica da classe média que vivia se metendo em pequenas confusões. A graça vinha das maneiras que arrumava para sair dos imbróglios que criava. Sempre simpática e sorridente, seu humor era bastante físico e envolvia caretas e expressões engraçadas.
Os amantes dessa adorável jovem senhora que encantou milhões e milhões de fãs ao longo de 70 anos terão uma grande surpresa. O programa “Autopsy, The Last Hours Of…” (“Autópsia, as Últimas Horas de…”) fez um documentário sobre a vida da atriz e descobriu que ela usou poppers nos dois últimos anos de sua vida. Para quem não sabe, poppers é uma droga usada nos Estados Unidos e na Europa para aumentar a libido e a sensibilidade ao toque. Nos anos 1970 foi amplamente utilizada nas discos nova-iorquinas. Andy Warhol não saía de casa sem antes dar usar a droga (poppers vem num vidrinho).
Lucille usava a droga por conta de dores no peito. A atriz sofria de uma doença cardiovascular e tratou de um aneurisma na aorta em 1989. Oito dias depois da cirurgia, a aorta se rompeu e ela faleceu, aos 77 anos.
Lucille Ball é e será sempre lembrada como um ícone da comédia e da TV americanas. Seu lugar na história do entretenimento americano é único: ela foi a primeira atriz a gravar episódios de uma série de TV grávida. Para isso, convenceu os produtores de que sua personagem deveria engravidar. Quando seu filho, Desi Arnaz Jr. nasceu, o filho da personagem da TV também veio ao mundo.
Lucille também foi a primeira mulher a ter sua própria produtora, a Desilu, em sociedade com o marido, Desi Arnaz. Quando o casal se divorciou em 1969, ela comprou a parte dele e tocou os negócios sozinha com grande sucesso. A Desilu foi a produtora de séries conhecidas como “Os Intocáveis”, “Star Trek” e “Missão: Impossível”, até ser vendida para a Paramount Pictures, em 1967. Os episódios de “I Love Lucy”, dos quais a Desilu detinha os direitos, foram vendidos para mais de 80 países e até hoje são exibidos em alguns deles.
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