Nadja Winits, mãe da atriz Danielle Winits, é a estrela da campanha de Dia das Mães da Duloren

Qual o limite de idade para uma mulher posar de calcinha e sutiã para uma campanha de lingerie? O limite que cada mulher tiver e quiser. O de Nadja Winits, por exemplo, mãe de Danielle Winits, do alto de seus 62 anos muito bem vividos ainda não chegou. Sorte a dela que, agora, é a estrela da campanha da Duloren para o Dia das Mães, com o mote “Mãe aos 48 e daí?” criada pela X-Tudo Comunicação Completa. Para quem não entendeu, a gente explica: além de ter dado à luz Dani Winits quando ela tinha só 18 anos, ela foi mãe, de novo, aos 48, de Victor Winits Delano, de seu relacionamento com Delano Avelar.

“O convite veio do André Luib, que estava procurando uma mulher que tivesse sido mãe aos quase 50 anos. Uma amiga dele falou de mim, já que, na época minha gravidez saiu bastante na mídia. Eu tinha introduzido o Power Yoga na academia Estação do Corpo. Era uma prática desconhecida no Brasil e que Madonna já fazia também nos EUA”, explicou Nadja.

A marca, como todo mundo sabe, não tem medo de uma polêmica e, com essa campanha, deu um passo além na história de que uma mulher passou da idade de ter um filho. “A escolha foi perfeita, já que esse é um tema global, pois as mulheres estão deixando cada vez mais a maternidade para depois, por isso convidamos Nadja, pois ela é o retrato da mulher contemporânea, moderna e real, que é a essência da mulher Duloren”, explicou Denise Areal, diretora de Marketing da marca.

A gente, claro, não ia perder a oportunidade de trocar uma ideia com Nadja sobre a campanha, feminismo e como encarar o passar dos anos.

HT: Madonna disse que precisa, diariamente, se impor diante da sociedade como uma mulher de mais de 50 anos que ainda tem vida sexual, é bonita e atraente. Você sente que entrou nessa luta também?

NW: Adorei o conceito da campanha, não demorei em aceitar. Achei que era uma chance de mostrar a importância da saúde na maturidade. Não sinto que procurar permanecer saudável e atraente seja uma questão de ter que me impor. Busco manter a qualidade de vida pensando na idade que avança, pensando em plantar hoje para colher bem-estar e saúde na longevidade. Não temo envelhecer, o que mais desejo é permanecer com entusiasmo pela vida. Não acho uma luta ter disciplina para me manter ativa. Para mim, quebrar regras faz parte do desenvolvimento e da minha busca, sempre procurando ter ideias próprias para me reinventar. A mesmice é paralisante bem como o perfeccionismo. Busco ser quem eu sou com verdade.

HT: O que acha de procedimentos estéticos? É a favor, contra? Vale tudo para ficar bonita?

NW: Não sou a favor dos exageros nos procedimentos estéticos. Aprovo alguns retoques com moderação e bom senso. O que acho mais importante é sentir autoconfiança em qualquer idade.

HT: Existe alguma coisa que uma mulher de 62 anos não pode fazer?

NW: Uma mulher de 62 anos não pode parar de se ocupar e preferencialmente procurar atividades prazerosas e cuidar da saúde.

HT: Você vai virar um ícone para mulheres mais experientes. Quem são os seus?

NW: Minha busca sempre foi pensando em viver com saúde física, mental e espiritual. Acredito ter conquistado alguns sonhos e se conseguir transmitir como a disciplina e a determinação ajudam nas conquistas, gostaria de poder representar esta mulher real. Meus ícones são mulheres verdadeiras resilientes, que atingem além da maturidade, a sabedoria.

HT: O que seus filhos disseram quando você contou do convite?

NW: Meus filhos vibraram!