O approach com as crianças vem da sua vida real com os quatro filhos e dos tempos dos programas ‘Gente Inocente’ e ‘Tamanho Família’ . Agora, à frente da sexta edição do ‘The Voice Kids’, ele marca o reencontro como apresentador com um público que lhe é bastante familiar. “A cada eliminação dá vontade de abraçar, beijar e levar as crianças para casa”, afirma em entrevista à Globo.
O apresentador conta: “Já começamos a gravar as “Audições às cegas” e eu tive que me concentrar. Cheguei a lacrimejar, mas me segurei para não chorar muito. A emoção vem, sim. Não tem como, é muito emocionante. O que mais me emociona é olhar para a família. Apesar de, por causa da pandemia, não termos o contato direto, eu vejo os familiares por uma TV, vejo a reação dos pais e vem forte a emoção. A criança cantando é lindo, muita alegria, mas quando você vê os pais, irmãos, todos chorando, acaba embarcando junto. Está sendo uma experiência incrível”.
O ‘The Voice Kids’ estreia dia 6 de junho, com direção artística de Creso Eduardo Macedo e apresentação de Márcio Garcia, com Thalita Rebouças nos bastidores, além de Gaby Amarantos, Michel Teló e Carlinhos Brown como técnicos. O reality irá ao ar aos domingos, após ‘Temperatura Máxima’, com exibição no Gloob às sextas seguintes à exibição na TV Globo, sempre às 22h.
Como recebeu o convite para apresentar o The Voice Kids?
O Boninho me ligou me perguntando se eu teria vontade de apresentar. Eu até brinquei com ele, falei: “Deixa eu pensar e te volto”. Ele perguntou se ia demorar muito. Eu falei: “Só um minutinho. Já pensei. Estou dentro”. Demorei 30 segundos para dar a resposta (risos).
Do ‘Gente Inocente’, que era um programa com pegada infantil, para cá, que aprendizados teve que acha que vai poder usar com essa turma do elenco?
De lá para cá, já pintaram mais três filhos. Até então eu tinha só o Pedro, o mais velho. Aprendi muito durante o ‘Gente Inocente’ e também na vida, criando quatro filhos. Eu hoje tenho filhos de 7, 12, 15 e 17 anos, de todas as idades. É muito aprendizado, inclusive o de escutar. Eu sou de uma geração em que os pais não ouviam muito os filhos. Hoje, por razões óbvias, a gente escuta cada vez mais. É uma obrigação de todos os pais escutarem as crianças. Ter aprendido isso me ajudou muito e com certeza será utilizado no programa.
Como imagina que paternidade vai te ajudar nessa experiência?
A paternidade já está ajudando muito. Eu vivo muito esse conflito de agradar a todos, que têm idades muito distintas. Os meninos têm cinco anos de diferença entre si, menos a Nina, a única menina, que nasceu no dia do meu aniversário – meu maior presente – e tem idade mais próxima do mais velho. A experiência do dia a dia com eles e o gerenciamento de crise que a gente tem que ter por conta dessa diversidade de idade me ajudam muito, com certeza.
Acha que a pandemia atrapalha por não poder dar um abraço em quem é eliminado?
Ah, com certeza. A vontade de dar um abraço é muito grande. A gente se policia. É ruim não ter esse contato, não só com as crianças, mas também com os técnicos; não está sendo fácil. A gente já está habituado e está se contendo bem. Mas, não é mole, não. Na eliminação então… dá vontade de abraçar, beijar e levar para casa, e o máximo que a gente pode dar é um soquinho (gesto comum na pandemia), e olhe lá.
Quem foi o seu maior incentivador na carreira artística?
Meus pais sempre foram incentivadores da minha carreira artística, sempre me apoiaram. Obviamente com aquele resguardo e preocupação inerentes a qualquer pai. Mas, quando viram que começou a dar certo, começaram a me motivar. Sempre paralelamente ao estudo; nunca parei de estudar. Para os pais é sempre muito preocupante essa questão com os estudos por causa de predileção artística, mas eu tive apoio dos meus pais e irmãos e foi muito bacana ter podido contar com esse apoio. Isso faz toda a diferença.
Você acha que tem ou já teve em comum com os candidatos do The Voice Kids? O que seria?
O que eu já tive e ainda tenho em comum é a vontade de estar nos palcos. Eu nunca tive vontade de cantar, apesar de já ter tido uma banda. Disso pouca gente sabe: já cantei, há muitos anos atrás. Eu tocava guitarra e cantava. Mas depois me apaixonei pelo que eu faço hoje quando fui para a MTV, depois fiz uma novela e o ‘Ponto a ponto’, antes do ‘Gente Inocente’. Ali eu vi que era aquilo: estar com o microfone na mão, podendo brincar, criar, falar coisas que não estavam no roteiro, pegando situações inusitadas. Aquilo me encantou muito. Foi no ‘Ponto a ponto’ que eu percebi isso, que ali era a minha praia. O ‘Video Show’ também foi um bom termômetro que me fez ter essa vontade de investir na carreira de apresentador.
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