*Por João Ker
Você pode não ter escutado nenhuma música da cantora Banks ainda, mas bem que deveria. A menina natural de Los Angeles foi a aposta do prêmio Sound of 2o14 da BBC, já teve sua música em comercial da Victoria’s Secret, foi trilha para um episódio da série Grey’s Anatomy, ganhou destaque na edição especial da V Magazine sobre música e tem na sua linha de fãs nomes como Lily Allen e Chloë Grace Moretz. Isso tudo apenas com a força do seu EP “London”, lançado no ano passado. Agora, na manhã da última segunda-feira, Banks lançou pelo site da revista i-D o vídeo para a faixa “Drowning”, single retirado do seu álbum de estreia “Goddess”, marcado para setembro.
A música tem o som característico de Banks, que é descrito pela própria como uma “música noturna e sinistra”, carregada de emoções e vulnerabilidades. Seu som é como uma mistura de produções instrumentais da Lorde com melancolia típica de Lana Del Rey; manobras vocais que se assemelham ao The Weeknd (banda para a qual a artista já abriu vários shows em turnê do ano passado) e um ódio vingativo que evoca Fiona Apple em sua melhor forma, com sussurros e composições próprias que fazem Banks ser mais do que uma multi-mistura de outros talentos.
No vídeo dirigido por Mike Piscitelli, a cantora aparece amargurada enquanto amaldiçoa seu ex com um carma pesado e joga na cara as coisas que já fez para ele. Quem foi à exibição “Infinita Obsessão” de Yayoi Kusama no Rio (onde foi recorde de visitação) ou em São Paulo (onde está agora), reconhecerá muito bem a sala espelhada em que Banks fica se esfregando durante os 4 minutos de vídeo. Apesar de nem ela e nem o diretor terem se pronunciado sobre o assunto, a inspiração para as bolinhas de luzes é óbvia. Mas ei, sem muito alarde, porque esse tipo de plágio é normal no mundo da música: quem não lembra de Rihanna sendo processada por David LaChapelle pro causa do vídeo de “S&M”?
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