Endereço nobre na Zona Sul do Rio de Janeiro vira destino recorrente da Polícia Federal depois dos desdobramentos da Lava-Jato


Em um breve intervalo, agentes da PF já realizaram duas vezes operações em um edifício da Lagoa Rodrigo de Freitas. Na primeira ocasião, para conduzir a ex-mulher de Sérgio Cabral para depor e, na segunda, o empresário Gustavo Estellita Cavalcanti Pessoa

Os moradores de um prédio discreto mas muito cobiçado na Lagoa Rodrigo de Freitas estão desconfortáveis com a fama repentina do endereço – que se deu pelos piores motivos. No intervalo de apenas alguns meses, o prédio recebeu nada menos que duas visitas inesperadas da Polícia Federal por conta de desdobramentos da Lava-Jato. Na primeira, foi para levar coercitivamente a depor a ex-mulher de Sérgio Cabral, Susana Neves Cabral. Na última, esta semana, para prender o empresário Gustavo Estellita Cavalcanti Pessoa, ligado ao ex-secretário de Saúde Sérgio Cortes.

Susana Neves, a ex-mulher de Sérgio Cabral (Foto: Divulgação)

O prédio já viveu dias mais gloriosos. Nos anos 70, serviu de residência para o então jovem casal Marieta Severo e Chico Buarque – de quem, por coincidência, o empresário agora preso se tornara inquilino segundo informações dos moradores.

Ressabiados, os outros moradores rezam para que as visitas da Federal ao edifício tenham parado por ali.