O longa infantil “Rio 2″ teve pré-lançamento bombástico depois do sucesso estrondoso da versão numero um. No dia seguinte após a coletiva de imprensa com jornalistas prestigiando a animação toda trabalhada na brasilidade, foi a vez da première com celebridades colocando o pezinho no red carpet, ou melhor, tapete azul em homenagem a ararinha Blue, protagonista do filme. Sem as celebrities internacionais que fizeram parte da produção, como Anne Hathaway e Jamie Foxx, foi a vez dos brasileiros mostrarem, através dos looks, o ziriguidum que a gente tem, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca.
A dulcíssisma Bruna Linzmeyer chegou na base do turbantão na cabeça para esconder o cabelo rosa, mais “soteropolitana” do que Carlinhos Brown que, desta vez, baianizou só na guia do pescoço e ao tirar foto com o óculos 3D decorado com araras. Já Nicole Bahls mostrou o que todo gringo quer ver: curvas brazucas capazes de emocionar araras azuis, vermelhas, tamanduás e capivaras.
Com um vestido vermelho passion – tipo arara vermelha, ou melhor, flamingo que comeu morango -, todo trabalhado em rendas e transparências, ela mostrou tudo e causou na noite de estreia do longa infantil. O ambiente estava repleto de crianças loucas para ver a ararinha azul, mas que acabaram tendo uma aula de anatomia com a tigresa gente boa. As araras e passarinhos passavam despercebidos ao lado de Bahls, que chegava com sua comissão de frente, sem sutiã, próxima aos repórteres que só queriam falar com ela sobre a sua lingerie ‘invisível’. “Não ando sem calcinha, amor. Estou usando um truque que faço para ela não aparecer, já ensinei para imprensa anteriormente como se faz, procurem lá!”, explicava a moça sem sucesso. Assim, os fotógrafos e jornalistas incorporaram um pássaro muito menos charmoso que as tais ararinhas em perigo de extinção: o típico urubu que voa em cima da carne seca, sedentos e à procura do último bife do deserto. Eles perguntavam sobre o sutiã também, e ela respondia: “Acho que não precisa, né? (risos), você está vendo alguma coisa?”, ataca e desconversa. “Toda mulher quer ser vista pela sua beleza”, completa.
Rodrigo Santoro, Carlos Sandanha, Sergio Mendes e Milton Nascimento estavam bem mais minimalistas que Nicole e só deram o ar graça pelo belo trabalho feito. Mas, também… Como ser mais maximalista que Nicole, não é mesmo? Só dá para ser minimal, no caso. Os visitantes Gregório Duvivier e José Bonifácio de Oliveira Sobrinho também chegaram de mansinho, e a top Cintia Diker, toda basiquinha ao lado da a atriz Bruna Linzmeyer, nem parecia ser a representante do mundinho fashion, já que a atriz deu um banho de estilo, mesmo resolvendo se aliar a Brown e assumir a baianidade moral de vez. Ela foi toda de branco, com chinelinho e um turbante estampado. Mas, apesar de mostrar atitude e estilo, ela estava mesmo era cumprindo uma determinação da produção da nova novela das seis da rede Globo, “Meu Pedacinho de Chão”, de esconder seu look rosa-papel-crepom-chiclete-sonho de valsa, muito mais estranho do alguns costumeiros badulaques de Carlinhos Brown. “Meu cabelo está rosa. Não posso mostrar ainda a pedidos da direção da novela, mas é um visual impactante”, conta tudo a bonitinha.
Já o nosso Brown de sempre estava até mais enxutinho dessa vez. Em se tratando dele, o resultado parecia quase monástico. Todo trabalhado no brilho do cetim, a soteropolitice que costuma mostrar acabou ficando só a cargo do torso na cabeça e na guia do pescoço, afinal, o moço há de se proteger, já que está com tudo ao lado de Sergio Mendes. A trilha sonora da dupla concorreu ao Oscar de melhor canção original com a música “Real in Rio”, em 2012, mas acabou perdendo para “Man or Muppet”, de “Os Muppets” (de James Bobin, 2011). A veia musical é poderosa, e tanto Brown, quanto Mendes afirmam que está mais completa e impressionante do que no primeiro filme. “A música brasileira é mundial, mas dessa vez revelamos um Brasil até para os brasileiros, levamos as araras para o interior do Brasil e mostramos o maracatu, ciranda, ritmos de Pernambuco e até carimbó. Depois tem Barbatuque, Uakti e Milton Nascimento que, na Floresta Amazônica, revela a voz do Brasil”, conta Brown. O filme promete ser um dos grandes orgulhos dos brasileiros, sobretudo do cariocas, pelo respeito na reprodução das referências do cenário e cultura brasileira, e o sucesso que isto faz fora do país. A trilha também faz um mix com grandes intérpretes internacionais como Janelle Monáe, Bruno Mars e Will.i.am, mas o que se espera mesmo é um verdadeiro ode à música brasileira longe da ótica dos gringos que não a conhecem.
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