Em baile com o PIB da paulicéia em peso, Fafá de Belém canta “Vermelho” e manda avisar em alto e bom som: “Não é um posicionamento político”

Na última noite, na mansão do empresário Dinho Diniz no Jardim Europa, em São Paulo, durante o baile de gala da amFAR, Ivete Sangalo, responsável pelo show da noite beneficente, convidou Fafá de Belém para subir ao palco para um dueto. “Venha cá, cigana doida, vamos cantar”, chamou, sendo prontamente atendida. A canção escolhida? “Vermelho” (aquela do “Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão, o velho comunista se aliançou…”). E, às vias do rito do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) ganhar (ou perder) força com votação na Câmara dos Deputados, qualquer alusão a um dos lados da polarização pode ser pano para manga. Sabendo disso, Fafá logo tomou o microfone e disse: “Queria deixar claro que não é um posicionamento político”. Ivete, com aquele seu jeitão, entrou no papo, em tom de brincadeira: “Não é não, ninguém aqui tá preocupado com isso, eu nem entendo dessas coisas. Sou burra”. Ao final da canção, Fafá tornou a falar: “Queria dizer que meu coração é verde e amarelo”. Na sequência, emendou, ao som de um batuque-bom, o hino nacional brasileiro. Ah, e é bom citar que o PIB da paulicéia (com fortes tendências de direita e tucanato) estava em peso na festa vendo tu-do.

Fafá de Belém (Foto: Léo Franco e Denilson Santos/AgNews)