Na década de 80, no auge d’Os Trapalhões, Dedé Santana sempre ouvia que era o único do grupo – ainda formado por Renato Aragão, Mussum e Zacarias – que não era engraçado. E ele tinha ciência disso. “Mas eu estava ali para preparar a piada e não para fazer a graça”, esclareceu em entrevista ao “Programa do Jô”. No mesmo passo, apesar de achar Mussum “um cara maravilhoso” e rasgar elogios aos colegas, Dedé sempre se viu meio que à parte ao processo: “Nunca me senti um dos Trapalhões, sempre me senti um fã do Mussum, Zacarias e Didi”.
Palhaço de circo antes de fazer sucesso na TV, Dedé Santana contou que, na realidade, “Os Trapalhões” nasceu de uma dupla dele com Renato Aragão. “Os Trapalhões é uma coisa que veio depois. O Mussum fui eu quem trouxe e o Zacarias foi o Renato (Aragão)”. E mesmo com a sintonia que transparecia aos telespectadores, discussões não faltavam. “O Didi e o Mussum brigavam muito na brincadeira, mas brigavam. Era muito engraçada essa confusão dos dois, eu me divertia”, entregou.
Habitué dos espetáculos de comédia, Dedé agora está nos teatros com “A última vida de um gato”. Dirigido por Tadeu Aguiar, o ator vive um senhor que está em busca do suicídio. O motivo? Ele perdeu a mulher, o filho e o gato, último dos seres com o qual ele se relacionava. A comédia, que fala de fraternidade e solidão, vai entrar em turnê a partir do mês de novembro.
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