Curta brasileiro vai disputar a Semana da Crítica de Cannes e engrossa boa fase do audiovisual brasileiro no cenário gringo


“O delírio é a redenção dos aflitos” é o único representante da América Latina na mostra e disputará com obras da Espanha, Turquia, Líbano, Índia, França, Camboja e Israel

Mais uma boa nova para a sétima arte brasuca: o curta “O delírio é a redenção dos aflitos”, do diretor Fellipe Fernandes, foi selecionado para a mostra competitiva da Semana da Crítica do 69º Festival de Cannes, que acontece entre os dias 11 e 22 de maio na cidade francesa de mesmo nome. Uma prévia avaliação do curta, dada por um diretor artístico dessa mostra paralela à competição principal, indicou a produção  como “maravilhosa” e de “de surpreendente delicadeza poética”. “O delírio é a redenção dos aflitos” é o único representante da América Latina na mostra e disputará com obras da Espanha, Turquia, Líbano, Índia, França, Camboja e Israel. Os premiados serão anunciados no dia 20 de maio.

Cena de "O delírio é a redenção dos aflitos"

Cena de “O delírio é a redenção dos aflitos”

*Vale lembrar que o “O delírio é a redenção dos aflito” não é a nossa única exportação para Cannes nessa temporada. Como contamos“Aquarius” vai disputar a Palma de Ouro. O filme do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho tem Sônia Braga no papel principal como Clara, escritora e crítica de música aposentada. Na história, a personagem moradora do bairro de Boa Viagem, no Recife, é viúva, mãe de três filhos adultos, e tem o dom de viajar no tempo.

Cena de "Aquarius" com Sônia Braga (Foto: Divulgação)

Cena de “Aquarius” com Sônia Braga (Foto: Divulgação)

*O reconhecimento internacional de produções do nosso audiovisual não vem de agora, bom citar.  “O menino e o mundo”, longa metragem do paulista Alê Abreu (de “Espantalho” e “Passo”), por exemplo, foi indicado ao Oscar de Melhor Animação. O filme, de 85 minutos, já foi vendido para mais de 90 países e figurava na lista dos 16 filmes apresentados na disputa à indicação ao Oscar de melhor filme de animação da edição de 2016.

Take de "O menino e o mundo" (Foto: Reprodução)

Take de “O menino e o mundo” (Foto: Reprodução)

*E não só: o drama “Que Horas Ela Volta?” com Regina Casé e Camila Márdila, foi premiado no Festival de Sundance, nos EUA, na categoria atuação. Regina foi sagrada como a melhor atriz. Val, sua personagem no filme, é uma pernambucana que vive na casa dos patrões em São Paulo, onde também ajudou a criar o filho deles. Tudo sai da rotina quando sua filha, Jéssica, decide sair de Pernambuco e passar uns tempos com a mãe para prestar vestibular. Inteligente, a menina começa a questionar as regras impostas pelos patrões na casa.

Cena de "Que horas ela volta?". O filme consta no abaixo-assinado, como justificativa de que o cinema brasileiro vem dando certo (Foto: Divulgação)

Cena de “Que horas ela volta?” (Foto: Divulgação)