Quebrar tabus. Esse é um dos principais objetivos do fotógrafo peruano Gianfranco Briceño. Por isso ele criou, em 2013, um zine com imagens de nu masculino para ajudar a desmitificar e reposicionar o assunto. O “Snaps” fez tanto sucesso que, de lá para cá, 48 rapazes foram clicados e suas fotos se tornaram um arquivo de quase 300 páginas abraçado pela comunidade internacional – com direito a distribuidora em Nova York e por toda a Europa. O zine, inicialmente publicado via financiamento coletivo e sem o apoio de empresas, conquistou diversos fãs, chegou às prateleiras da livraria Tate Modern, em Londres, e foi exaltado pela publicação londrina “Dazed”, que chegou a afirmar que o zine “quebra o machismo por trás da masculinidade”. De fato, o projeto abriu espaço para muitas outras publicações dedicadas ao nu.
Radicado no Brasil, Gianfranco queria tirar a roupa de rapazes da vida real. Ou seja: os homens das imagens foram todos escolhidos pelas ruas de São Paulo. Com projeto gráfico assinado por Guilherme Falcão Pelegrino, fundador da editora CONTRA e co-fundador do “Zine Parasita” e curadoria de Eduardo Viveiros, jornalista de moda com visão afinada sobre o universo masculino e editor do site “Chic”, o “Snaps” contribuiu para o reposicionamento do retrato nu para o Brasil. Agora, a quinta e última edição, toda clicada em um apartamento no centro de São Paulo, traz nove rapazes espalhados por 68 páginas.
Se o processo é o grande ponto de partida, os homens clicados foram dispostos a ajudar na busca pela faísca do desejo e enfrentar o tabu do registro sexual masculino em uma visão de um nu ainda mais cru e sem subterfúgios. O resultado? O Snaps Fanzine #5, que já em campanha final de crownfunding no Catarse até o dia 8 de abril.
Saiba mais:
http://catarse.me/snapsfanzine5
http://www.instagram.com/snapsfanzine/
https://www.facebook.com/snapszine/
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