Claudia Raia relembra Tancinha, personagem icônica de “Sassaricando”, disponível agora no Globoplay. No entanto, a atriz está ainda em novelas como A Favorita, Torre de Babel e Terra Nostra, que foram disponibilizadas pela plataforma. Hit dos anos de 1980, “Sassaricando” chega para ficar no Globoplay como parte do projeto de resgate de novelas clássicas. A novela foi escrita por Silvio de Abreu e narra a trajetória de Aparício Varela (Paulo Autran), um rico sessentão que, ao ficar viúvo, passa a levar uma vida cheia de aventuras e rolos amorosos.
Entre as histórias paralelas destaca-se a de Tancinha, vivida por Claudia Raia. A história ganhou remake batizado ‘Haja Coração’ com Mariana Ximenes no papel e acaba de ser reprisada na faixa das 19h da Globo. Na versão dos 80’s, a filha mais velha de Aldonza (Lolita Rodrigues), com quem trabalha como feirante ao lado das outras irmãs, fala quase tudo errado e com sotaque “italianado”, herdado da família do pai. Tão provinciana quanto atraente, Tancinha vive um romance com o vizinho Apolo (Alexandre Frota), que a sufoca com seus ciúmes, e também com o mauricinho Beto (Marcos Frota), que lhe mostra um mundo novo.
Sobre as principais lembranças da época de Sassaricando, Claudia Raia afirma; “Tancinha foi a minha primeira grande personagem e o primeiro trabalho com meu querido Silvio de Abreu, que a fez para mim. Tenho um carinho enorme. Lembro muito da recepção do público, que adorava. Até hoje as pessoas falam comigo sobre ela”. E segundo a atriz, Sassaricando representa muito em sua carreira: “Tancinha foi a grande explosão da minha carreira. Foi em “Sassaricando” que o público me conheceu. Tancinha era uma mulher ingênua naquele corpo de mulherão, falava errado, tinha um jeito muito desinibido e espontâneo. Tudo isso cativou o público. O jeito de ela falar era imitado pelas pessoas, ela foi uma das capas do disco da novela, tamanha era a repercussão. Um dos grandes mistérios da novela era com quem ela ia ficar no final, se com Beto ou Apolo”.
A atriz diz que tem em comum com a personagem o jeito divertido e espontâneo. “Além de olhar o copo sempre meio cheio. Mas Tancinha tem um temperamento mais explosivo que o meu”, pontua, acrescentando: “A novela toda foi um aprendizado enorme. Aprendi que a gente não pode levar a sério a fama. O que conta é o trabalho que a gente realiza, então, é sempre importante ter os dois pés bem fincados no chão para que a fama não suba à cabeça. Eu sempre fui uma operária da arte, muito disciplinada, nada deslumbrada. Tancinha foi a prova de fogo para isso. Entendi claramente que meu caminho era continuar me dedicando, indo atrás das minhas personagens e que o sucesso e a fama eram uma consequência do trabalho bem feito, da dedicação”.
Sobre ainda estar na Globoplay em obras como A Favorita, Torre de Babel, Terra Nostra, que foram recentemente disponibilizadas pela plataforma, ela analisa o retorno do público ao ver e rever essas novelas quando e onde quiser? “Tem sido maravilhoso. As pessoas, nas redes sociais, me marcam nas cenas e eu me divirto relembrando tantos personagens. Em casa, a repercussão também está ótima (risos). A gente assiste todas as novelas. Jarbas (Homem de Mello, marido de Claudia) ficava morrendo de pena da Donatela, em “A Favorita”. Ele sofria junto com ela. Era muito engraçado de ver. Para mim, também é maravilhoso poder rever todas essas obras agora, com calma, quando eu quiser. Normalmente, quando a novela está no ar, não consigo acompanhar os capítulos por causa do ritmo das gravações. Agora, com o Globoplay, posso rever tudo. Estou amando!”
Claudia acredita que as novas gerações estão tendo acesso a obras marcantes e que mostra o poder que a novela ainda exerce na sociedade: “Muitos jovens falam comigo das novelas que estão vendo pela primeira vez no Globoplay. Isso é muito legal. Acho interessante porque mostra como novelas ainda têm força, o que me deixa muito feliz. Muito se fala das séries e se questiona se esse formato mais curto e com temporadas acabaria com as novelas, por exemplo. Eu não acredito que acabe e a prova disso é o sucesso que as novelas fazem no Globoplay. Nossas novelas são muito únicas, é uma narrativa muito brasileira, que dialoga muito bem com o público vasto que temos no Brasil. Eu adoro!”
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