Valesca Popozuda perece mesmo ter caído nas graças de uma turma e tanto. Pessoas que nunca imaginadas ouvindo o gênero musical adoram a funkeira e até seu beijinho no ombro. Está certo que a expressão já era comum no meio LGBT e a diva do funk só pegou uma carona no seu fusquinha turbinado, explodindo neste verão como uma bomba. Ela passou a ser mencionada na mídia em números, depois do clipe de R$ 473 mil e 2,6 milhões de acessos em 20 dias. Por isso, nada mais justo que a Prefeitura do Rio também pegar carona e lançar a campanha “Rio Carnaval sem Preconceito”, da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, com a musa dando beijinho no ombro para a homofobia. Genial!
O animadíssimo vídeo “Beijinho no Ombro & Rala Preconceito” chegou ao público nesta quarta-feira (26) e já tem mais de 130 mil visualizações. É uma delícia ver nomes como Lucinha Araújo, David Brasil, Lorena Simpson, Nicole Nandes, Clarisse Miranda e a própria Valesca dando beijinho no ombro para a homofobia, a intolerância, o racismo, o preconceito, a discriminação, a indiferença, a desigualdade, a transfobia, o moralismo, a injustiça, o machismo, a rejeição, a xenofobia, a exclusão, a segregação, a violência e o bullying. Só faltou beijinho no ombro para desafetos, porque, meu amor, as inimigas também merecem essa acrobacia com o pescoço.
O melhor foi David Brasil, que além do beijo, deu um “bate-cabelo” power para o preconceito, tipo garota do Fantástico. Já Valesca aparece naquela sua pose de durona, de menina-malvadeza que “tá te esperando lá fora” e se você não gostar, vai logo dizendo “Beijinho no Ombro e Rala Preconceito, meu amor”, cruzando os braços em seguida, bem nasty girl. Quero ver machão preconceituoso encarar a moça lá fora e sair sem hematoma!
A título de informação, o “Rio: Carnaval sem Preconceito”, existente na cidade há três anos, procura orientar e informar cariocas e turistas contra os mais diversos tipos de preconceito (religioso, racial, de gênero, por orientação sexual, etc.), dando o bizou sobre as formas de denúncia e os direitos dos cidadãos e cidadãs. O que se faz muito necessário, já que a intolerância cresce a olhos vistos no país. Segundo dados do Governo Federal, a cada 90 minutos uma mulher é assassinada e a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada (IPEA).
A campanha começa oficialmente hoje e vai até 09 de março (domingo). Para isso, o órgão lança mão das famosas ventarolas de carnaval com informações para combate ao preconceito distribuídas na orla, nos blocos, bandas, no Sambódromo e até no Terreirão do Samba, informando à população que, na cidade do Rio, nenhum estabelecimento comercial ou repartição pública do município pode discriminar pessoas em virtude de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
E para quem não entender a mensagem, beijinho no ombro!
Veja o vídeo:
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