A obra de Cazuza volta às rádios: 30 anos depois, “Exagerado 3.0” é lançada em homenagem ao cantor que revolucionou o rock brasileiro


Com participação de João Barone e Dado Villa Lobos, a música ganha edição “re-colour”, com nova roupagem e arranjos, para voltar ao topo das paradas

* Com Isabella Pavão

Que atire a primeira pedra quem nunca se declarou para alguém com os versos “Exagerado… Jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado”. Pois bem, os fãs de Cazuza acabam de ganhar um motivo para comemorar: a música, composta em parceria com Leoni e Ezequiel Neves, um dos maiores sucessos da carreira do cantor, ganha edição “re-colour” em homenagem aos 30 anos de lançamento.

 

cazuza-2-credito-divulgacao

Caso você esteja se perguntando o que significa “re-colour”, a gente explica: é um processo que consiste em colocar uma nova roupagem na música, com trilhas e elementos instrumentais inéditos, para imprimir estética e “cores” mais contemporâneas, mas, obviamente, mantendo a voz de Cazuza e a essência original da canção. “Exagerado 3.0” tem produção musical, baixo e violões de Liminha, bateria e pandeirola de João Barone, dos Paralamas do Sucesso, guitarras por conta de Dado Villa-Lobos, ex-Legião Urbana, teclado e programações por Kassin e a mixagem de Liminha e Daniel Alcoforado. O resultado você ouve aqui:

E o processo de produção, capitaneado pela Musickeria CORP, guarda algumas curiosidades: a versão original do fonograma contava com uma risada final de Cazuza, que acabou sendo cortada na primeira vez, mas foi aproveitada na íntegra para a 3.0. “Quando chegou a voz do Cazuza, limpa, sem nenhum instrumento, eu senti uma emoção”, declara Liminha. “Como ele canta bem, como ele interpreta, como a versão é incrível”, completa Villa Lobos. João Barone também não poupa elogios: “Quando a gente ouve a voz solada de Cazuza, sente um arrepio”.

A nova versão do hino de Cazuza já está ecoando em todas as rádios do país. E a homenagem não para por aí: parte dos direitos obtidos com a venda digital de “Exagerado 3.0” será doada à Sociedade Viva Cazuza, que completa 25 anos em 2015, sob comando de Lucinha Araújo, mãe do cantor. A organização dá assistência a crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, assistência social a pacientes adultos em tratamento na rede pública na cidade do Rio e também trabalha na difusão de informações científicas sobre a doença para profissionais de saúde e leigos.