Erasmo Carlos: ‘No CTI, com Covid, depois de vencer um câncer, cheguei a pensar que nunca mais faria um show’


O cantor e compositor, um dos melhores do Brasil, relembra o momento difícil e festeja a volta aos palcos. No domingo, no Vivo Rio, ele realiza o terceiro show da turnê O Futuro Pertence À…Jovem Guarda, baseada em álbum homônimo, que vai estar disponível nos streamings a partir de 4 de fevereiro. “Não fui entubado, mas vinha de um câncer no fígado, tenho também problemas de rins e coração, tenho marcapasso. Os médicos tiveram muito cuidado com essas comorbidades para não debilitar nenhum sistema. Agora, já fiquei bom, sou artista de novo”, enfatiza em entrevista exclusiva, que aborda ainda temas como ser bisavô de primeira viagem, legalização da maconha, sexo, cancelamento nas redes sociais e Big Brother Brasil

Erasmo Carlos no show de estreia da turnê O Futuro Pertence à... Jovem Guarda (Foto: Marcelo Curia)

Erasmo Carlos no show de estreia da turnê O Futuro Pertence à… Jovem Guarda (Foto: Marcelo Curia)

* Por Carlos Lima Costa

Depois de enfrentar momentos difíceis em 2021, Erasmo Carlos está na contagem regressiva para realizar no Rio de Janeiro, sua terra natal, o primeiro show desde o início da pandemia, no domingo, dia 23, no Vivo Rio. Nesse período, além do isolamento social, ele conviveu com um carrossel de emoções. Em 5 de junho, data que celebrou 80 anos, recebeu a notícia de que estava curado de um câncer no fígado descoberto quatro anos antes. Em agosto, após ter tomado duas doses da vacina, foi diagnosticado com Covid. Com uma série de comorbidades, o Tremendão passou momentos difíceis no CTI de um hospital e chegou a achar que a carreira seria encerrada. Por isso mesmo é especial cada apresentação da turnê “O Futuro Pertence À… Jovem Guarda – O Show”, baseada em álbum homônimo, que vai estar disponível nos streamings a partir de 4 de fevereiro.

“Fiquei 12 dias no CTI. Graças a Deus, meus médicos, enfermeiros, amigos, colegas, família, mulher, estou aqui. Todos contribuíram para minha melhora, mas foi uma guerra. Não achei propriamente que fosse morrer, mas que iria ficar impossibilitado de exercer a minha profissão. Por dois momentos, eu fraquejei e pensei: ‘Nunca mais vou ser artista, nem fazer show, não terei mais condição.’ Eu me sentia fraco, tive perda muscular, sentia falta de equilíbrio, fôlego. Isso balançou comigo. Fiquei consciente. Não fui entubado, mas vinha de um câncer no fígado, tenho também problemas de rins e coração, tenho marcapasso. Os médicos tiveram muito cuidado com essas comorbidades para não debilitar nenhum sistema. Quando tive alta, parti para a recuperação. Fiz fonoaudiologia, fisioterapia e fui melhorando. Graças a Deus, estou recuperado”, comenta aliviado.

Em entrevista exclusiva, o artista, que já apresentou o novo show em Porto Alegre e São Paulo, relembra a emoção ao retornar ao palco. “Depois da Covid, de tudo que passei reaprendi a ver o público e receber o carinho e os aplausos. Nem lembrava mais como era. Fiquei tanto tempo parado. Dois anos de pandemia. Esqueci que eu era artista, a verdade é essa. Foi uma volta. Agora, já fiquei bom, sou artista de novo”, observa ele, que há uns 20 anos superou ainda um tumor na garganta.

Mesmo após toda turbulência, Erasmo assegura que não teme o fim da vida. “Eu não tenho medo de morrer, mas sim da forma como vou morrer. Quando acontecer, quero morrer de repente. A morte, aliás, é o que me falta entender na vida. É a única interrogação que eu tenho. De onde vim, para onde vou, o que estou fazendo aqui, qual o nome da minha alma, é Erasmo?”, indaga, acrescentando: “Mas continuo vivendo. Na minha vida, só queria ter um teto para morar. Consegui ter um muito mais bonito do que eu imaginava. O resto, tudo foi lucro, bicho”.

O ano de 2021 foi difícil, de superação, mas a preocupação de Erasmo não se restringia a ele. “O ano me deixou a lembrança de enfrentamento de pandemia, de ver o sofrimento das pessoas, o desemprego em geral da população, as necessidades, a miséria, a fome que voltou ao país. Então, essas questões não me deixam ser feliz totalmente. Eu me preocupo com o todo em geral, com a miséria do mundo, a insatisfação das pessoas, os preconceitos, os dogmas que existem. Religiosos, inclusive. Como ser humano, não sou feliz totalmente por conta dessas realidades. Acho que nenhum ser humano é feliz sabendo que existe tanta tristeza, miséria e violência. O mundo é cruel, a morte fica banalizada, sabe, isso é horrível”, pondera.

"Acho que nenhum ser humano é feliz sabendo que existe tanta tristeza, miséria e violência. O mundo é cruel, a morte fica banalizada, sabe, isso é horrível”, avalia Erasmo (Foto: Globo/João Cotta)

“Acho que nenhum ser humano é feliz sabendo que existe tanta tristeza, miséria e violência. O mundo é cruel, a morte fica banalizada, sabe, isso é horrível”, avalia Erasmo (Foto: Globo/João Cotta)

O título do novo álbum, cujo primeiro single, A Volta (composição dele e de Roberto Carlos, sucesso com Os Vips), foi lançado em 17 de dezembro, mostra sua preocupação com o futuro. “Resolvi homenagear a frase ‘O Futuro Pertence à Jovem Guarda’, que deu nome ao programa que mudou o comportamento dos jovens nos anos 60, influenciou a música brasileira pela força da inocência do amor das músicas, mas fiz algo além dessa frase dita pelo Lenin (1870-1924), o político russo. Quem seria a Jovem Guarda? São as novas gerações, os bebezinhos que estão nascendo hoje, amanhã, depois de amanhã. Eles é que formam a Jovem Guarda e ninguém está cuidando deles para que façam um futuro melhor. Como a gente cuidaria melhor deles? Dando educação e saúde como prioridade de tudo. Então, ninguém está investindo nisso. Acho ignorância da cúpula que rege o mundo. O Criador nos deu inteligência, mas não deu asas. Então, não custa nada a gente tentar voar aqui no chão mesmo”, pontua Erasmo, que em 2018, foi homenageado com o Grammy Lifetime Achievement, um Prêmio à Excelência Musical.

As oito músicas do repertório foram definidas a partir de canções que ele ainda não havia gravado. “A Jovem Guarda teve muitos sucessos, mas nem sempre as letras me agradavam. Então, escolhi aquelas cujas letras me diziam algo, que eu acho muito boas, tipo Devolva-Me (hit na voz da dupla Leno e Lilian), que é um primor, e Tijolinho (sucesso na voz de Bobby de Carlo), por exemplo. Todos vão considerar uma música ingênua e brega. E com razão. Por isso, ela é bonita. É um amor muito inocente, igual ao que existia naquela época, sabe, bicho, um amor romanceado. Gosto delas como são e vão ser eternas. Mas, claro, dei uma nova roupagem. Não me prendi aos arranjos da época. Está tudo contemporâneo, como se fossem compostas agora. O amor é o que tenho contra as injustiças do mundo”, explica sobre o repertório que inclui ainda canções como O Bom, maior sucesso de Eduardo Araújo.

E por falar em novas gerações, em termos de música, Erasmo revela alguns artistas que admira. “Gosto muito do Luan Santana como personalidade e cantor. E tem cantoras afinadas, tipo Anitta”, diz.

Antenado com seu tempo, Erasmo está presente nas redes sociais, mas passa longe da cultura de cancelamento, em que as pessoas saem criticando as outras. “Eu sou um cara que dificilmente falo um palavrão e não estou nem aí para esse negócio de cancelamento. Se quiserem me cancelar, me cancelem. Eu não ligo para o que falam de mim. Entra por um ouvido sai pelo outro. Eu só tenho responsabilidade nesse mundo é com a minha música e com minha família. Não quero saber dessas coisas fúteis. Eu ligo para as questões sociais, para o sofrimento do mundo, o ódio reinante na cabeça das pessoas. O ódio é uma praga da humanidade. Não gosto de injustiças e má fé. Desprezo esse tipo de pessoa que cultua coisa fúteis. Jamais faço algo do mal. Tenho pensamento positivo, não tenho inveja de ninguém, durmo tranquilo com o meu travesseiro. Estou cumprindo direito a minha missão na Terra”, relata.

Erasmo Carlos e a mulher, Fernanda Passos (Foto: Reprodução Instagram)

Erasmo Carlos e a mulher, Fernanda Passos (Foto: Reprodução Instagram)

Assegurando que conhece bem as novas tecnologias, ele descreve seu movimento nas redes sociais. “Eu entendo bem. O que me falta, a minha mulher (a pedagoga Fernanda Passos) completa para mim. Eu tenho que saber, porque tenho música toda hora saindo, as pessoas gravam músicas minhas, participo de programas, entrevistas, então, uso as redes realmente para anunciar essas novidades, divulgar o repertório e meus shows. Somente isso. Não entro em detalhes de fofoca, nem faço um diário da minha vida”, comenta.

Mas revela uma novidade. Pai de três filhos (o primogênito, Alexandre Pessoal, morreu em 2014), avô de quatro netos, Erasmo se tornou bisavô. “Há três meses, nasceu Lua, minha primeira bisneta, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Ela é neta do meu filho Leonardo, que casou cedo, aos 19 anos. Ela está longe, eu só vi em fotografia e filminho”, conta.

E opina sobre a questão da vacinação no Brasil, que já ultrapassou os 620 mil mortos. E que no final de 2021, o governo brasileiro relutou em iniciar a imunização da crianças entre cinco e 11 anos. “É lamentável a forma de visão das pessoas que comandam essa parte. Sou contra principalmente, em questões mundiais, em uma época que uma epidemia ameaça toda civilização, que vendam vacinas, que cobrem dinheiro por elas. A cúpula do mundo tinha obrigação de dar vacinas de graça. Quem não tem essa visão geral é um imbecil”, critica. E desaprova o tenista Novak Djokovic, número 1 do mundo, que teve o visto cancelado e foi deportado da Austrália por não estar vacinado contra a Covid. “Ridículo ele. Respeito muito a liberdade das pessoas. Desde que não agrida quem está ao seu lado. Se ele não quer se vacinar, azar o dele. Agora, as pessoas estão no direito de negar a presença dele”.

"Sou contra principalmente, em questões mundiais, em uma época que uma epidemia ameaça toda civilização, que vendam vacinas, que cobrem dinheiro por elas", afirma Erasmo (Foto: Marcelo Curia)

“Sou contra principalmente, em questões mundiais, em uma época que uma epidemia ameaça toda civilização, que vendam vacinas, que cobrem dinheiro por elas”, afirma Erasmo (Foto: Marcelo Curia)

Um dos grandes hits de Erasmo foi Minha Fama de Mau, mas o cantor e compositor passa longe disso. “Aquilo foi uma música e ficou a fama por eu ser um cara grande, o cara de malvado. Sou mais Gigante Gentil (nome de música e álbum lançados, em 2014) do que mau. Eu não sou mau, inclusive”, diverte-se ele.

“Tudo que aconteceu na minha vida foi lucro. Eu ia vivendo, as coisas iam acontecendo e eu dizia ‘oba, realizei esse sonho’. Continua assim. Eu não faço planos. O que procuro é sempre estar atuante, sendo lembrado. Acho importante. Os jovens que me veem fazendo agora um trabalho contemporâneo, se interessam e vão pesquisar o que eu fiz no passado. Nos meus shows tem gente de todas as idades. Os pequenininhos vão levados pelos mais velhos. Claro que o meu grande público é o da minha geração, mas tem também os filhos e netos que sempre me prestigiam”, ressalta.

Nessa etapa da vida, Fernanda, com quem se casou no civil em janeiro de 2019, é a fonte de inspiração e energia. “É claro, meu disco anterior, Amor É Isso, foi todo com poemas que eu escrevi para ela”, recorda. Enquanto ele estava no CTI, ela estava em casa, também com Covid, de forma mais leve, tendo perdido o olfato e o paladar. Nenhum dos dois ficou com nenhuma sequela.

No final do ano, pôde reencontrar o amigo de fé e parceiro de músicas, Roberto Carlos, na gravação do especial da Globo. “A gente se fala só por telefone, aniversários, Ano Novo…”, conta. Faz tempo que não compõe nada juntos. “Nunca mais rolou composição. A gente tem um combinado de uns tempos pra cá que as músicas românticas, as que falam de amor, ele queria fazer sozinho. A gente só faria músicas de outros temas, mas nunca mais fizemos nada. A última acho que foi Furdunço, que ele gravou há mais de cinco anos”, observa.

Erasmo Carlos, Wanderléa e Roberto Carlos se reencontram no especial de fim de ano do Rei (Foto: Globo/Fabio Rocha)

Erasmo Carlos, Wanderléa e Roberto Carlos se reencontram no especial de fim de ano do Rei (Foto: Globo/Fabio Rocha)

Com muitas canções românticas no repertório, em 1981, Erasmo gravou Mulher (Sexo Frágil), com os versos Dizem que a mulher é o sexo frágil/Mas que mentira absurda/Eu que faço parte da rotina de uma delas/Sei que a força está com elas. E explica como vê essa mulher em 2022, em época de empoderamento, em que denuncia assédios e agressões físicas ou verbais. “Acho até uma profecia. Dizem que ela é sexo frágil, mas não é não. Ela é poderosa, luta pelos seus direitos na medida que pode. É um caminho difícil, mas eu que sou antigo, tenho 80 anos, acho que melhorou bastante. Essa questão feminista de poder da mulher ainda tem um caminho longo, mas não pode esmorecer, tem que continuar e ser cada vez mais poderosa. Dou força e torço para isso”, comenta.

Em outra ocasião, quando lançou o CD Sexo, em 2011, disse que o tema ainda era tabu. Acha que, hoje, existe uma exposição excessiva? “Existe uma outra liberdade de existir como quiser. Isso é outra questão. O que eu falo tabu do sexo é o de mente. As crianças pequeninas têm obrigação de saber do corpo humano, onde elas habitam”. Erasmo fala também sobre a questão das drogas, das experiências que teve nos anos 70, quando experimentou maconha, hoje, inclusive, usada para fins medicinais. “Geralmente a pessoa inclui maconha com drogas. Eu não. Eu separaria. Tem muita diferença da maconha para algo mais forte como um ácido, por exemplo. A maconha já deveria há muito tempo ter um olhar mais simpático por intermédio das pessoas que cuidam dessas coisas. Agora, as outras drogas já são um assunto médico, fogem da minha alçada”, analisa.

E revela outras curiosidades. “Acompanho Big Brother, vejo novela. Não tenho preconceitos, não sou metido a besta, sou um cara comum, normal, simples, nascido na Tijuca, no Rio de Janeiro, pobre de nascença, então, não tem frescura comigo. Gosto de Big Brother, porque me fascina o comportamento humano até para usar em músicas e para enriquecer o meu intelecto. Mas não torço por ninguém, não fico ligando, não sou fanático”, explica e aponta o que ainda tem daquele menino criado na Tijuca. “Por incrível que pareça, a inocência”, diz. E acrescenta que não participaria de um programa como o Big Brother. “Nunca. Sou compositor, tenho outras fontes de sobrevivência. Não preciso dessa exposição para a minha arte. Eu preciso da minha mente boa e do meu violão pra fazer música e conquistar o coração das outras pessoas com a arma que tenho: o amor. Só isso”, afirma.

“Acompanho Big Brother, vejo novela. Não tenho preconceitos, não sou metido a besta, sou um cara comum, normal, simples, nascido na Tijuca, pobre de nascença, então, não tem frescura comigo", assegura o cantor (Foto: Marcelo Curia)

“Acompanho Big Brother, vejo novela. Não tenho preconceitos, não sou metido a besta, sou um cara comum, normal, simples, nascido na Tijuca, pobre de nascença, então, não tem frescura comigo”, assegura o cantor (Foto: Marcelo Curia)

Grandes nomes da Jovem Guarda, Erasmo, Roberto e Wanderléa passaram por fortes dramas pessoais ao longo da vida. Além do primogênito de Erasmo, vítima de um acidente de moto, a mãe do rapaz, Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves, a Narinha, então, ex-mulher do cantor, se suicidou em 1995. Por sua vez, Roberto, ano passado chorou a morte do filho Dudu Braga, o Segundinho, vítima de câncer. Em 2011, três dias antes de seu aniversário, ele já havia perdido a filha, Ana Paula, de parada cardíaca. Isso sem falar no grande amor de sua vida, a pedagoga Maria Rita, em 1999, por conta de um câncer. Wanderléa também perdeu o primeiro filho, Leonardo, aos 2 anos, afogado na piscina de casa, em 1984. Sem falar em uma irmã baleada, um irmão vítima de Aids e o ex-marido, Nanato Barbosa (falecido em 2014), que ficou tetraplégico, em 1971, ao mergulhar em uma piscina. “Todo mundo passa por dramas fortes, teve gente morta na família. A vida é longa, cara. Não foi somente o Roberto, eu e a Wanderléa não, bicho. Quem tem a vida longa, logicamente amontoa uma porção de eventos tristes ou alegres. Então, isso é normal na vida de todo mundo”, frisa.

JOGO RÁPIDO COM ERASMO CARLOS

– Uma frase: “Junte-se aos bons que serás um deles”.

– Um disco: Erasmo Carlos Convida I e II.

– Um defeito: Ser perfeccionista. Chega a ser uma doença, porque o mundo não é. Eu dou valor ao detalhe. Na verdade, é uma qualidade, mas geralmente é encarado como defeito.

– Uma bebida: Caldo de cana.

– Um toque: Não tenho nenhum.

– A próxima viagem: Pretendo ir para Angra dos Reis com minha mulher. Acho muito bonito lá. Ela não conhece. É paulista.

– Lugar preferido no mundo: A Disneylândia é o lugar mais maravilhoso que eu já fui na vida. Eu sempre sou criança. Lá eu me senti em casa.

– Quem você gostaria de ser: Walt Disney (1901-1966), Charles Chaplin (1889-1977), Leonardo da Vinci (1452-1519), pessoas assim.

– A doença do século: Falando em Medicina, talvez seja a Aids.

– O desafio na profissão: Tentar sempre o novo. Me fascina.

– O que que mais te perguntam: Como eu conheci o Roberto Carlos? É verdade que você namorou a Wanderléa na Jovem Guarda? Quem fez essa música, foi você ou o Roberto Carlos?

– Um livro: Eram Os Deuses Astronautas.

– O que não deveria ter acontecido na história da humanidade: O 11 de setembro (o ataque terrorista a Nova York), o Muro de Berlim também, o Holocausto, a Bomba de Hiroshima.

– A maior extravagância: Comprar um Rolls-Royce nos anos 60.

– O maior pecado gastronômico: Comer biscoito. Eu sou o rei do biscoito.

– Se pudesse mudar algo em você, o que seria: Se tivesse outra oportunidade para nascer, ia querer nascer mulher para ver como é.

– Se pudesse viver à base de um alimento, qual seria: Eu sou carnívoro, é carne.

– Melhor conselho que já ouviu: Minha avó materna, Maria, dizia que boa romaria faz quem em sua casa fica em paz. Ela era sábia. Tudo que eu faço na vida, eu sigo os conselhos dela.