Corpo falante: Tove Lo chega ao Rio de Janeiro e fala sobre vulnerabilidade, músicas intimistas, feminismo e igualdade de gênero


Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (25) no Sofitel, a cantora sueca ainda falou sobre sua música preferida do novo álbum e como nunca desistiu de seus sonhos

Tove Lo durante coletiva de imprensa no Sofitel, na tarde desta terça-feira (25) (Foto: João Ker)

Tove Lo durante coletiva de imprensa no Sofitel, na tarde desta terça-feira (25) (Foto: João Ker)

Como você já viu aqui, Tove Lo está no Brasil para lançar o app “TIMmusic by Deezer” e, de quebra, realizar um show private no Morro da Urca. A sueca, que já está no Brasil, passou a tarde dessa terça-feira no Sofitel, em Copacabana, onde participou de uma coletiva intimista com a imprensa e o Site HT, claro, não poderia deixar de comparecer.

Esbanjando bom humor entre piadas com a tradutora e a imprensa, falando de maneira rápida e sendo atenciosa com os jornalistas, Tove Lo comentou desde a exposição dos seus sentimentos através das músicas de Queen of the clouds” até à igualdade de gêneros e o movimento Free The Niple”. Além de declarar várias vezes que já ama o Rio de Janeiro e que sempre quis visitar o Brasil – “Preciso ir naquela estátua de Jesus Cristo que esqueci o nome!” -, a dona do hit “Habits (Stay High)” ainda comentou que quer tempo para turistar pela cidade e hoje ainda deve marcar presença em alguma festa pela capital. Abaixo, você confere os melhores momentos dessa tarde antes do show de sexta. Vem com a gente!

 

Sobre suas músicas serem pessoais: “Quando eu escrevi esse álbum, não imaginei que tantas pessoas fossem ouví-lo. Para mim, compor é como uma terapia e, agora, eu não me sinto mais sozinha com esses sentimentos, porque sei que meus fãs também se relacionam com as letras”.

A música que mais gosta em “Queen of the clouds” e porquê: “A primeira vez que escutei meu disco completo comecei a chorar, porque estava exausta e lembrei de muitas coisas do passado. Então pensei: ‘C***, vou dividir isso com todo mundo?’. Mas hoje vejo que fiz. Acredito que ‘Moments’ seja a música com a qual eu mais me identifico, porque é a que eu mais mostro a minha vulnerabilidade”. [A faixa fala sobre não ser o ‘tipo ideal e perfeito’, mas ainda assim ‘ter seus momentos’].

Envolvimento com o cinema e filme preferido: “Foi uma honra ter sido convidada para a trilha de ‘Jogos Vorazes’, espero que surjam mais convites. Pessoal do cinema, cadê vocês? (risos). ‘O quinto elemento’ (‘The fifth element’, de Luc Besson, lançado em 1997) é um filme que eu adoraria ter participado. Sempre que vejo algo no cinema com o qual eu possa me identificar é como se fosse um catalizador para o que estou sentindo. Se eu pudesse fazer o mesmo que a Lorde fez em ‘Jogos Vorazes’ e ser a curadora de uma trilha sonora, escolheria um drama adolescente, porque sou boa nisso”.

Tove Lo mostra um dos seios durante show e comenta: "Por que sempre que a mulher mostra um mamilo ou tira a camisa tem que ser algo sexual?"

Tove Lo mostra um dos seios durante show e comenta: “Por que sempre que a mulher mostra um mamilo ou tira a camisa tem que ser algo sexual?”

“Free The Niple”, mostrar os seios em shows, feminismo e igualdade de gêneros: “Eu fico chocada quando percebo o quão provocativo você pode ser simplesmente por mostrar um mamilo. Por que o homem pode ficar sem camisa e sempre que a mulher quer fazer isso é tornado em algo puramente sexual? Não chega nem a ser justo essa questão entre homens e mulheres. Então, quando faço isso, quero mostrar que o corpo é meu e deveria ser a minha escolha se eu quero mostrá-lo ou não”.

Colaborações que gostaria de fazer: “Se eu pudesse escolher três cantoras, elas seriam Sia, porque eu adoro a sua voz e a maneira como ela compõe; Lorde, porque ela é mais nova que eu mas tem muita experiência e é muito inteligente, chega até a me intimidar; e Banks, que apesar de não ser tão mainstrean quanto as outras duas, mas escreve do coração e tem uma sonoridade que eu gosto muito!”.

Perseverança: “Nunca desista dos seus sonhos. Esse é o principal conselho que eu posso te dar. Eu fui pobre por muito tempo e já vivi comendo mingau em uma barraquinha, mas era feliz porque estava trabalhando com a minha música. Hoje, estou aqui no Brasil, conhecendo o mundo, algo que sempre foi meu sonho. Sou muito agradecida por tudo”.