Canção de Roberta Campos, ‘De Janeiro a Janeiro’, cria clima amoroso da campanha da Ortobom para Dia das Mães


Comemorando a internacionalização de sua carreira, cantora e compositora acaba de voltar de uma turnê por Cabo Verde, na África, e Portugal, onde se apresentou em Lisboa, Coimbra e Porto e fala com exclusividade ao site HT

Em 1981, Milton Nascimento lançou o disco “Caçador de Mim”, um dos maiores sucessos de sua carreira até hoje. Entre as faixas, “Nos Bailes da Vida” dava uma aula de como alguns artistas batalhavam para começar suas carreiras, tocando em bailes e bares, viajando na boleia de caminhões. Foi mais ou menos dessa forma que a cantora e compositora Roberta Campos deu o start em sua vida de artista e conquistou repercussão nacional e internacional.

Roberta Campos: reconhecimento nacional e internacional (Foto: Divulgação)

Roberta Campos: reconhecimento nacional e internacional (Foto: Divulgação)

Mineira de Caetanópolis – onde também nasceu Clara Nunes (1942-1983), na época em que a cidade ainda era o distrito do Cedro e pertencia a Paraopeba -, Roberta Cristina Campos Martins tem paixão por música desde muito menina.

– Com nove anos, eu pedi ao meu pai para me inscrever numa escolinha de música, mas ele tinha medo de que me atrapalhasse na escola – conta a artista. – Quando eu tinha 11 anos, ele e minha mãe se separaram. Minha tia estava me achando muito triste e pagou aulas de violão com um vizinho. Foi ali que tive as primeiras noções. Hoje, Roberta Campos contabiliza mais de 500 canções e sua carreira ao fazer uma simbiose entre o pop, MPB, folk e indie ganhou projeção internacional.

O site HT conversou com exclusividade com a cantora que acaba de chegar de uma turnê internacional e aceitou o convite da Ortobom para embalar com sua voz e sua canção icônica, “De Janeiro a Janeiro”, a campanha do Dia das Mães com que a marca tem emocionado muitas famílias. A síntese da empresa foi tocante: “Não existe amor maior do que o amor de mãe. Mães são capazes de amar de uma maneira única e especial, um amor que dura de janeiro a janeiro, a vida toda”.

– Fiquei bem feliz com esse convite. É uma marca muito conhecida e confiável e vai levar minha música para dentro das casas das pessoas em uma data marcada pela emoção. E acho que a canção representa o amor de mãe e filhos. Já recebi vários vídeos de crianças cantando para suas mães. É é bem o espírito – diz Roberta.

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A história por trás da canção é interessante. Ela foi composta há 20 anos, numa época em que Roberta ainda se apresentava em bares em cidadezinhas mineiras próximas a Caetanópolis.

– Compus em 1999. Eu tinha uma banda e, sempre que a gente chegava para tocar em determinado lugar, o povo pedia “De Janeiro a Janeiro”. Era bastante sucesso na área – observa a cantora apaixonada pelas harmonias do violão acústico e que sempre ouviu Beatles e os mineiros do Clube da Esquina, capitaneado por Milton Nascimento, os irmãos Borges (Marilton, Márcio e ), Flávio Venturini, Tavinho Moura, Toninho Horta, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Murilo Antunes, Vermelho, entre nomes que fizeram história na música nacional.

A canção “De Janeiro a Janeiro”, de Roberta Campos, até hoje está no topo de singles no iTunes (Foto: Divulgação)

– Depois fui para São Paulo, a carreira foi se desenvolvendo e “De Janeiro a Janeiro” que integrou o primeiro álbum “Para aquelas perguntas tortas“, lançado em 2008, de forma independente, foi regravada para o segundo álbum, “Varrendo a rua“, lançado por gravadora e com a colaboração de Nando Reis. Acabou que essa canção já esteve na trilha sonora de quatro novelas.

A artista relembra que enviou a canção para Nando Reis, acreditando que não daria em nada. Recebeu uma resposta “no momento estou ocupado com outros projetos, mas assim que tiver a oportunidade…”. E Nando cumpriu a palavra e realmente entrou com contato com ela. Então, a dupla gravou “De Janeiro a Janeiro” para o disco de Roberta. O clipe bateu a marca de mais de 40 milhões de visualizações no YouTube.

– Cantamos juntos ao vivo no Recife e foi inesquecível – frisa Roberta. E nesses anos de estrada, ela já compôs músicas com muita gente boa, como  Fernanda Takai, do Pato Fu, Erasmo Carlos, Guilherme Arantes, Beto Guedes, Humberto Gessinger, John Ulhôa, Renato Teixeira, Fagner e Paulo Mendonça, entre outros grandes nomes.

Seu primeiro DVD, “Todo Caminho é Sorte – Ao Vivo”, celebra 10 anos da trajetória profissional de Roberta e suas músicas reverberam pelo mundo. Ela acaba de voltar de uma turnê por Cabo Verde, na África, e Portugal, onde se apresentou em Lisboa, Coimbra e Porto:

– Fui convidada a participar do Kriol Jazz Festival, na cidade de Praia, capital de Cabo Verde. Descobri que sou muito popular no país. E também sou conhecida em Angola, veja só! Tenho fãs por lá. Em Cabo Verde, eu conheci a cantora Elida Almeida e, juntas, compusemos uma canção. Ela veio ao Brasil e fizemos a voz. Eu fui a Cabo Verde e gravamos o clipe. Acho que o resultado vai ficar excelente. Em Portugal, eu dei entrevistas para jornais e revistas. Foi muito interessante cantar pela primeira vez fora do Brasil e nesses lugares. É como se tivesse ido buscar as raízes brasileira na África e em Portugal.

Roberta Campos acaba de retornar ao Brasil de uma turnê internacional por Cabo Verde e Portugal (Foto: Divulgação)

A profundidade das letras das canções de Roberta Campos ultrapassaram as fronteiras do nosso país e se estendeu por outros continentes, mas Roberta revela que só no terceiro disco usou uma foto na capa do CD. Os outros, ela optpou por desenhos. Para chegar a esse ponto atual, ela batalhou muito – e, aqui, a gente reencontra a canção de Milton: “Pra cantar nada era longe, tudo tão bom / Até estrada de terra na boleia de caminhão / Era sim”.

– Trabalhei com a minha tia em depósito de material de construção. Cheguei a dar aulas de violão mesmo sem ter formação. Eu me virei. Quando me mudei para São Paulo, vendi músicas minhas e recebi três mil reais. Comprei um equipamento muito básico, mas que tinha tudo para se produzir um disco, e vendia pelo Orkut. Levei à Rádio Nova Brasil FM, que tocou uma faixa que produzi em casa, relembra com orgulho.

Da pequena Caetanópolis, cidade mineira com pouco mais de 11 mil habitantes, para o mundo foi um caminho longo, mas Roberta soube colher os louros. Foi contratada pela gravadora Deckdisc e indicada ao Grammy Latino de Melhor Álbum de MPB pelo disco “Todo Caminho é Sorte”, de 2015.

E São Paulo se rendeu aos encantos da cantora e compositora assim como o Brasil de Norte a Sul. Para você, leitor, ter uma ideia, são inúmeras as músicas assinadas por Roberta que integraram e integram trilhas sonoras de telenovelas.

– Eu morei em Campinas durante um ano. O lado bom é que fica perto de São Paulo! Como gosto de estar aqui. Amo essa cidade, não consigo me ver em nenhum outro lugar – revela a moradora de Perdizes.

Com a campanha da Ortobom a voz de Roberta Campos estará nos lares de  milhões de brasileiros, em todos os estados, em todos os cantos. Foi pensando no cotidiano amoroso de mães e filhos que a marca buscou inspiração para homenagear as mamães. Criou também em uma ação repleta de empatia e interação.

Ao acessar o site diasdasmaes.ortobom.com.br, os participantes poderão criar um vídeo personalizado com uma foto e uma mensagem embalados pelo som de “De Janeiro a Janeiro”. A marca também oferece produtos com até 40% de desconto e parcelamento em 12 vezes sem juros. O frete é grátis para todo o país nas compras em lojas físicas e pelo site. As promoções estão disponíveis até 12 de maio.

Com mais de 500 canções compostas por ela – incluindo também parcerias com grandes nomes da música – Roberta foi indicada ao Grammy Latino (Foto: Divulgação)