Aramà canta as histórias de muitas mulheres: ‘São tristes, repletas de ciúmes, abusos físicos e psicológicos’


Intensa, forte e necessária, a artista italiana, com a faixa ‘Medusa’, antecipa seu novo disco previsto para janeiro de 2022, o hit, um feat com Chibatinha, do Àttøøxxá, traz o tempero do norte/ caribe na produção musical de Felipe Cordeiro. Junto com a ativista Rita Teixeira, a cantora realiza uma campanha de arrecadação para o Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense, organização de acolhimento responsável por incentivar o empoderamento, ensinar conceitos de economia solidária e saúde feminina, auxiliar no resgate da autoestima e outras iniciativas que contribuem para o rompimento com as situações de vulnerabilidade

Aramà canta as histórias de muitas mulheres: 'São tristes, repletas de ciúmes, abusos físicos e psicológicos'

A cantora Aramà apresenta ‘Medusa’, um feat efervescente com Chibatinha, do Àttøøxxá (Foto: Rodolfo Magalhães)

*Por Rafael Moura

Depois de parcerias muito bem sucedidas com Luê, Boss in Drama, Dj Cia e Eduardo Brechó, vocalista e líder do bando Aláfia, Aramà apresenta ‘Medusa’, um feat efervescente com Chibatinha, do Àttøøxxá. A faixa já está disponível em todas as plataformas digitais e com visualizer no YouTube e o projeto se conecta com a mitologia grega e reflete sobre luz, sombras, amor e aprendizado. “Essa é a história de uma mulher triste, vítima de ciúmes, abusos físicos e psicológicos. Falar sobre essas questões, diretamente associadas ao machismo e como ele nos afeta dia após dia. É sempre uma pauta importante e urgente. Acho que, no final das contas, sempre que uma de nós sofre, todas nós sofremos um pouco também… E aí surge esse trabalho, com um jeito bem brasileiro, contrapondo toda a densidade do tema com uma sonoridade alegre, muito para cima e feita para as pistas do mundo todo”.

A faixa mergulha na força da mitologia grega, transformando dores e feridas em movimentos de autocura, tem a produção musical assinada por Felipe Cordeiro, uma dos grandes nomes da cena contemporânea brasileira, pioneiro na fusão de estilos populares amazônicos com a vanguarda pop, que emprestou suas guitarradas, com tempero paraense, apostando em um beat dançante, quente e tropical. A letra é uma composição da própria Aramà ao lado de Marianna Eis, parte do time da gravadora Som Livre.

Medusa, de Aramà é composição junto com Marianna Eis e tem produção musical de Felipe Cordeiro (Foto: Rodolfo Magalhães)

Essa faixa faz um link com as narrativas construídas pela cantora ao longo de sua carreira que realiza, junto com a ativista Rita Teixeira, uma campanha de arrecadação para o Movimento de Mulheres do Nordeste Paraense, organização de acolhimento responsável por incentivar o empoderamento, ensinar conceitos de economia solidária e saúde feminina, auxiliar no resgate da autoestima e outras iniciativas que contribuem para o rompimento com as situações de vulnerabilidade.

A italiana Aramà em seus discos mescla sempre faixas em português, italiano e inglês (Foto: Rodolfo Magalhães)

A artista italiana, com um público fiel e cativo em seu país, começou a vislumbrar, em 2015, uma aproximação com o Brasil, marcada por uma série de feats em singles, como La Verità, ao lado de Walmir Borges, e É com Você, em parceria com Ivo Mozart. Dois anos depois, essa musa que exala tropicalidade divulgou o álbum ‘La Verità’ e, em 2019, ‘As Luas de Wesak’. Ambos os projetos trazem por canções em português, italiano e inglês. No último ano, a cantora apresentou a faixa ‘Sente’, em parceria com Thiago Adorno, e também ‘Pandora’, com produção musical de Felipe Cordeiro. A estreia de Aramà une suas origens com a paixão que sente pela cultura brasileira. O resultado é uma sonoridade plural, de energia explosiva, identidade marcante e personalidade criativa.

Aramà em sua sonoridade une suas origens com a paixão que sente pela cultura brasileira (Foto: Rodolfo Magalhães)